Ações da Casas Bahia (BHIA3) saltam 25% após companhia voltar a dar lucro, mas XP ainda considera o balanço da varejista ‘fraco’
A companhia registrou lucro líquido de R$ 37 milhões no segundo trimestre, revertendo as perdas de R$ 492 milhões vistas no mesmo período do ano anterior

Depois de enfrentarem pregões difíceis na bolsa, as ações da Casas Bahia (BHIA3) viveram um dia de glória nesta quinta-feira (8). Por volta das 11h30, os papéis estavam entre as maiores altas da bolsa brasileira hoje com um salto de 19,91%, a R$ 5,12, e terminaram o dia com um ganho ainda maior: +24,36%, a R$ 5,31.
O desempenho ocorre em reação ao balanço publicado ontem, que mostra que o resultado financeiro da varejista enfim voltou a ficar no azul. A companhia registrou lucro líquido de R$ 37 milhões no segundo trimestre, revertendo as perdas de R$ 492 milhões vistas no mesmo período do ano anterior.
O resultado veio bastante acima das expectativas dos analistas, que previam um prejuízo líquido ajustado na casa dos R$ 293,5 milhões, de acordo com as perspectivas compiladas pelo consenso Bloomberg.
Apesar disso, a XP ainda avaliou o balanço como "fraco". De acordo com a corretora, a reestruturação continua "a prejudicar o crescimento das receitas e pressionar o lucro".
A receita líquida caiu 13,5% frente a igual intervalo de 2023, encerrando o segundo trimestre a R$ 6,47 bilhões. Ainda assim, superou levemente acima das estimativas, de R$ 6,46 bilhões.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado — usado pelo mercado para mensurar a geração de caixa de uma empresa – chegou a R$ 452 milhões, recuo de 3,5% no comparativo anual.
Leia Também
O indicador continuou a sofrer pressão do processo de desalavancagem operacional da varejista. No fim do trimestre, a alavancagem, medida pela relação entre caixa líquido sobre Ebitda ajustado dos últimos 12 meses, foi negativa em 1,1 vez.
Rentabilidade da Casas Bahia (BHIA3) é destaque para a XP
Apesar de criticar os números, a XP reconhecou que a rentabilidade da Casas Bahia está melhorando e foi o grande destaque do balanço, na visão dos analistas.
"Iniciativas de reestruturação, como a otimização de estoques e mix de produtos, ainda sustentam a melhora da margem bruta, embora a margem Ebitda ajustada tenha aumentado em menor escala devido à desalavancagem operacional", afirma a corretora.
Vale lembrar que desde o ano passado, a companhia atravessa um processo de reestruturação financeira iniciado em agosto de 2023.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
A Casas Bahia tem em torno de R$ 4,1 bilhões em dívidas renegociadas com seus principais credores até agora. Com a reestruturação, o prazo de vencimento dos débitos foi alongado de 22 meses para até 78 meses.
O processo, no entanto, penaliza as ações da companhia na bolsa. Apesar da alta de hoje, os papéis ainda registram um tombo de cerca de 53% em 2024.
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar?
Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Vale (VALE3) volta ao azul no primeiro trimestre de 2025, mas tem lucro 17% menor na comparação anual; confira os números da mineradora
A mineradora explica que os maiores volumes de vendas e custos menores, combinados com o melhor desempenho da Vale Base Metals, compensaram parcialmente o impacto dos preços mais baixos de minério e níquel
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles