🔴 É HOJE: COPOM DECIDE PATAMAR DA SELIC; SAIBA ONDE INVESTIR DEPOIS DO RESULTADO – INSCREVA-SE

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
QUEM SÃO ELES?

Grupo Wagner: a força mercenária recrutada por Yevgeny Prigozhin que lutou pela Rússia e ousou desafiar Putin

O empresário que liderava a facção estaria a bordo de um avião que caiu nesta quarta-feira (23), dois meses após liderar um motim contra Vladimir Putin

Carolina Gama
23 de agosto de 2023
16:48
líder grupo wagner russo
Yevgeny Prigozhin, líder do grupo paramilitar Wagner - Imagem: Lula Marques/Agência Brasil

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, a ideia era dominar o país com uma invasão rápida e incontestável. Mais de um ano depois, o que se vê é Kiev resistindo com o apoio do Ocidente e o presidente russo, Vladimir Putin, se desdobrando no front da guerra.

Uma das estratégias usadas pelo chefe do Kremlin para manter a supremacia russa foi recrutar reservistas — um plano que provocou uma fuga em massa do país, já que os cidadãos em idade de combate temeram a convocação. 

Não foi suficiente, e Putin teve que lançar mão de forças paralelas para enfrentar uma Ucrânia armada pelos EUA, pela Europa e outros aliados. Foi aí que o grupo Wagner, uma força liderada por mercenários que contava com o apoio do empresário russo Yevgeny Prigozhin, entrou em cena.

O grupo atua recrutando imigrantes ilegais, especialmente os vindos da África, e presos, com a promessa de cidadania e liberdade caso sobrevivam aos confrontos mortais na Ucrânia. 

  • Como construir patrimônio em dólar? Estratégia de investimento desenvolvida por físico da USP possibilita lucros na moeda americana; conheça aqui

Wagner entra em ação

Desde que a guerra começou, o grupo Wagner passou a vasculhar os centros penitenciários russos em busca de centenas de prisioneiros nacionais ou estrangeiros — muitas vezes com o próprio Prigozhin recrutando os combatentes.

Antes de ir ao front, essas pessoas são recrutadas. Em poucas semanas, elas aprendem métodos de combate comuns, que são extremamente resumidos, o que torna a missão na guerra ainda mais perigosa.

A ação do Wagner é tão intensa que chegou a impactar a população carcerária na Rússia. Um levantamento feito em novembro pelo site Mediazona revelou que, em dois meses, o número de homens nas prisões do país teve uma queda de 23 mil, de um total de 349 mil.

A DINHEIRISTA — Pensão alimentícia: valor estabelecido é injusto! O que preciso para provar isso na justiça?

O tiro pela culatra de Putin

O plano de Putin parecia perfeito: trocar sentenças e ilegalidade por liberdade e cidadania após a luta na guerra da Ucrânia — mas o tiro saiu pela culatra. 

O homem forte do Kremlin não contava com dois entraves: os recrutados estavam morrendo em massa no front de batalha, desencorajando outros presos a se alistarem, e o Wagner começou a ficar poderoso demais.

O grupo ficou tão poderoso que, em junho deste ano, Prigozhin se rebelou contra o governo russo e liderou uma insurgência, que ameaçou lançar Moscou em uma guerra civil e derrubar Putin. O empresário, no entanto, recuou, acabou exilado em Belarus e foi visto poucas vezes em público desde então.

Putin, claro, manifestou sua indignação na ocasião do motim fracassado e prometeu punir todos os envolvidos na "rebelião armada", acusando-os de traição ao estilo "facada nas costas".

Nesta quarta-feira (23), a imprensa internacional repercute a notícia de que o nome de Prigozhin constaria na lista de passageiros de uma aeronave da Embraer que caiu durante um voo entre Moscou e São Petersburgo com sete passageiros e três tripulantes a bordo.

Putin e Prigozhin: anjos e demônios

 A atuação do Wagner na Ucrânia trouxe à cena a figura de Prigozhin, oligarca que controlava várias empresas russas. Elogiado e demonizado, era crescente o debate sobre o quão perto ele realmente estaria de Putin quando liderava os mercenário, de quais privilégios desfrutava e até mesmo se ele nutria ambições presidenciais.

Prigozhin agia como pessoa física — sua relação com o Estado era informal e, portanto, frágil, e poderia terminar sem aviso prévio. Ele nunca esteve perto o suficiente de Putin para ser confiável em nível governamental.

A notoriedade do empresário começou após a anexação da Crimeia. Os conflitos em Donbass, como é conhecida a região leste da Ucrânia, mais o impasse da Rússia com o Ocidente abriram espaço para táticas geopolíticas cinzentas que as instituições oficiais teriam dificuldade em oferecer. 

O oligarca começou a usar ferramentas informais de influência — mercenários e mecanismos de mídia — que eram novas na Rússia e permitiam que o país operasse fora de vista e sem ser responsabilizado.

Prigozhin atingiu o alvo: se o governo fosse incapaz de resolver certas tarefas — ou não quisesse ser visto na execução delas —, essas ferramentas quase estatais poderiam preencher a lacuna. Putin gostou da abordagem, que também está sendo usada na guerra na Ucrânia.

O chefe do Kremlin concordou em terceirizar certas funções do governo, mas não legitimou Prigozhin. Pelo contrário, o presidente russo, vislumbrando a ascensão do empresário, começou a ordenar, nos meses antes da insurreição, que o Wagner tirasse o pé do acelerador no front de batalha. 

Foi então que os problemas entre o governo russo e Prigozhin se acentuaram, com o empresário criticando decisões do Ministério da Defesa e liderando um motim contra Moscou.

Compartilhe

ELA FINALMENTE FALOU

“Odeio Trump”, diz Stormy Daniels — o depoimento da pivô do caso que pode levar Trump à prisão

7 de maio de 2024 - 19:57

A estrela pornô testemunhou nesta terça-feira (7) sobre a relação com o ex-presidente norte-americano e disse que quer ele seja preso se for condenado no julgamento criminal

NEGÓCIOS EM ALTA

Javier Milei é “buy”? Elon Musk recomenda investimento na Argentina e bolsa local sobe mais de 3%

7 de maio de 2024 - 13:03

Após um encontro com o presidente argentino e a secretária geral da presidência, Karina Milei, o bilionário postou uma foto, comentando na sequência: “eu recomendo investir na Argentina”

CEDEU AOS ENCANTOS DE PARIS?

O recado da China à Europa: o que o presidente Xi Jinping foi fazer na França após cinco anos — e não é só comércio

6 de maio de 2024 - 19:08

Ainda esta semana, o presidente chinês fará escalas na Sérvia e na Hungria, aliados da Rússia que cortejaram o investimento chinês

EM NEGOCIAÇÃO

Fim da guerra em Gaza? Hamas concorda com cessar-fogo, mas trégua ainda não está garantida. Veja a resposta de Israel

6 de maio de 2024 - 16:05

O cessar-fogo está sendo articulado em um momento em que Netanyahu planeja a invasão por terra da na cidade de Rafah, no sul de Gaza — em uma ofensiva prometida há semanas

O FUTURO DOS JUROS

Por que o dado negativo de emprego nos EUA anima os mercados e pode fazer você ganhar dinheiro na bolsa

3 de maio de 2024 - 13:22

A economia norte-americana abriu menos vagas do que o esperado em abril e a taxa de desemprego subiu no período — isso pode ser uma boa notícia para os investidores; descubra as razões

TEMPOS DE ELEIÇÃO

Paciência no limite? Biden solta o verbo e não perdoa nem mesmo um grande aliado dos EUA

2 de maio de 2024 - 20:00

O presidente norte-americano comparou o aliado à China e à Rússia; saiba o que ele disse e a razão para isso

O CAMINHO É LONGO, HERMANOS

O milagre de Milei será adiado? A Via Sacra da Argentina até o crescimento econômico na visão da OCDE

2 de maio de 2024 - 17:03

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta, no relatório Perspectiva Econômica divulgado nesta quinta-feira (2), que o PIB da Argentina sofrerá contração de 3,3% em 2024

A MENSAGEM TELEGRAFADA DO FED

Os juros não sobem mais nos EUA? A declaração de Powell que animou os investidores — e os dois fatores determinantes para a taxa começar a cair

1 de maio de 2024 - 16:28

Na decisão desta quarta-feira (1), o comitê de política monetária do Fed manteve a taxa de juros inalterada como era amplamente esperado; foi Powell o encarregado de dar os sinais ao mercado

MAR CALMO NÃO FAZ BOM MARINHEIRO

Juros nos EUA não caíram, mas decisão do Fed traz uma mudança importante para o mercado

1 de maio de 2024 - 15:16

Com amplamente esperado, o banco central norte-americano manteve os juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas a autoridade monetária marcou uma data para mudar uma das políticas mais importantes em vigor desde a pandemia

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O impacto da decisão do Fed: como os juros americanos afetam o Brasil e o futuro da Selic

30 de abril de 2024 - 8:16

Fed comandado por Jerome Powell deve mostrar postura cautelosa sobre os cortes nas taxas de juros, sem previsões imediatas de redução

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar