Analistas elogiam resultado da Cielo (CIEL3), mas questionam capacidade da ação subir mais ainda
Balanço da Cielo (CIEL3) divulgado na quinta-feira (26) mostrou aumento de 78,6% do lucro em 2022
O balanço da Cielo (CIEL3), divulgado ontem após o fechamento da bolsa, foi bem recebido pelos analistas, de maneira geral.
Alguns destacaram que os resultados vieram acima do esperado, mas paira uma dúvida quanto à capacidade da ação se valorizar além do que ela já subiu. Nesta sexta-feira, o papel lidera as quedas no Ibovespa, recuando mais de 3%. No ano passado, CIEL3 acumulou rentabilidade de 140%.
No resultado publicado ontem, a Cielo informou lucro líquido recorrente de R$ 1,5 bilhão no ano passado inteiro, um avanço de 78,6% em relação a 2021. No último trimestre de 2022, o lucro foi de R$ 490,1 milhões, 63,3% maior do que o mesmo período do ano anterior.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também avançou 42,6% em 2022, para R$ 3,8 bilhões, indicando que a Cielo está gerando caixa. No quarto trimestre, o Ebitda cresceu 40% em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 914,7 milhões no resultado consolidado.
“O lucro recorrente foi impulsionado por custos e despesas operacionais abaixo do esperado, parcialmente compensados por maiores despesas financeiras”, analisou o Goldman Sachs.
Para Matheus Spiess, da Empiricus, a companhia deve caminhar para um 2023 igualmente positivo. Na visão do analista, impacto da Americanas deve ter pouca relevância para a Cielo e os efeitos não-recorrentes do 4T22 devem ser diluídos.
Leia Também
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
Apesar do resultado ter sido considerado forte, alguns pontos preocupantes foram levantados pelos analistas.
“Vimos uma desaceleração forte de volumes no 4T22 para um crescimento de apenas 11% a/a frente ao resto dos trimestres que estavam rodando entre 20-35% de expansão anual”, ressaltou a Genial.
Além disso, os produtos de prazo, soluções que possibilitam a antecipação de recebíveis, também desaceleraram de um trimestre para outro.
Potencial de alta da ação da Cielo (CIEL3) limitado
Por já ter acumulado alta de três dígitos no ano passado, a ação da Cielo está com potencial de ganho adicional limitado, na visão do Safra.
“Acreditamos que 2023 deve ser um ano desafiador para a Cielo, especialmente porque uma competição mais acirrada pode ser retomada e o TPV desacelerar. Além disso, vemos uma alta limitada para as ações, após a recente recuperação”, disseram os analistas do Safra em relatório.
Para o BTG Pactual, no entanto, uma mudança regulatória anunciada recentemente que coloca um limite de 0,7% para a tarifa de intercâmbio em cartões pré-pagos foi avaliada como positiva para as adquirentes “puras”, como a Cielo. Essa mudança apoia a projeção de lucro de R$ 2 bilhões que o BTG estima para a empresa neste ano.
“Com um valuation atrativo, juntamente com sólidos fundamentos operacionais e resultados, ainda a vemos como uma ótima ação para se ter”, diz o BTG.
Confira abaixo as recomendações sobre a Cielo às quais o Seu Dinheiro teve acesso:
| BANCO | RECOMENDAÇÃO | PREÇO-ALVO | POTENCIAL* |
| GENIAL | Compra | R$ 6,42 | 21,36% |
| SAFRA | Neutro | R$ 5,90 | 11,53% |
| BTG PACTUAL | Compra | R$ 7,00 | 32,32% |
| ITAÚ BBA | Compra | R$ 6,00 | 13,42% |
| SANTANDER | Compra | R$ 7,50 | 41,77% |
| GOLDMAN SACHS | Neutro | R$ 5,70 | 7,75% |
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
