Quem comprou ações da Cielo (CIEL3) no começo do ano passado só tem motivos para comemorar, já que os papéis foram os que mais se valorizaram no Ibovespa em 2022, acumulando alta de 140%. E, pelo que os resultados operacionais consolidados do ano mostram, não deve parar por aí.
A Cielo registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,5 bilhão no ano passado inteiro, um avanço de 78,6% em relação a 2021. No último trimestre de 2022, o lucro foi de R$ 490,1 milhões, 63,3% maior do que o mesmo período do ano anterior.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também avançou 42,6% em 2022, para R$ 3,8 bilhões, indicando que a Cielo está gerando caixa. No quarto trimestre, o Ebitda cresceu 40% em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 914,7 milhões no resultado consolidado.
Já a receita operacional líquida ficou acumulada em R$ 10,7 bilhões em 2022, uma redução de 8,5% em relação a 2021.
O volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês), uma métrica importante para as adquirentes, foi de R$ 872 bilhões no ano inteiro, alta de 22,2% na comparação com 2021. No quarto trimestre, o TPV chegou a R$ 231 bilhões, um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2021.
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Recebíveis
O segmento de antecipação de recebíveis voltou a ser um dos destaques do balanço da Cielo.
No quarto trimestre, o volume dos chamados produtos de prazo registrou novo recorde histórico, totalizando R$ 30,2 bilhões em volume antecipado. O valor representa um crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2021.
Os produtos de prazo são soluções que possibilitam a antecipação do fluxo de recebíveis de transações a crédito à vista ou parcelado. No ano inteiro, eles somaram R$ 115,6 bilhões, um aumento de 36,5% em relação a 2021.
Desempenho da Cateno
Os números da Cateno, joint venture criada pela empresa e pelo Banco do Brasil, também mostraram robustez. O lucro líquido avançou 61,3% entre 2021 e 2022 e chegou a R$ 1 bilhão. Considerando apenas o quarto trimestre, o lucro subiu 30,1% na comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 295,4 milhões.
O resultado foi o maior da série histórica, impulsionado pela expansão da receita líquida, que cresceu 21,5% no ano, para R$ 3,9 bilhões. No quarto trimestre, a receita foi de R$ 1 bilhão, alta de 11,9% na comparação com o 4T21.