Sequoia (SEQL3) perde quase 90% de valor na B3 no ano, mas renegocia dívida com bancos e “limpa” balanço
Acordo prevê a conversão da maior parte das dívidas dos bancos em ações. A Sequoia vale hoje aproximadamente R$ 135 milhões na bolsa
Vítima da crise das varejistas online e de uma estratégia equivocada de expansão, a Sequoia Logística (SEQL3) encerra o ano como uma das empresas que mais perderam valor na B3 no ano, com uma queda de 87%.
Mas a empresa tem boas chances de virar a página em 2024. O grupo anunciou ontem à noite a renegociação das dívidas com os credores, incluindo os bancos Bradesco, Santander e ABC Brasil.
O acordo prevê a conversão de R$ 320 milhões dessa dívida em instrumentos conversíveis em ações. A Sequoia não revelou as condições de como se dará essa conversão.
De todo modo, espera-se uma grande diluição na atual base acionária diante dos valores envolvidos. Hoje a empresa vale aproximadamente R$ 135 milhões na bolsa.
Além disso, os bancos toparam alongar outros R$ 90 milhões em dívidas para amortização até 2031, com período de carência de três anos de juros e cinco anos de principal.
Lembrando que a companhia também renegociou em outubro a dívida com os investidores de debêntures, em uma operação que também incluiu a emissão de instrumentos conversíveis em ações.
Leia Também
Seja como for, a Sequoia vira o ano com o balanço praticamente limpo de dívidas. O nível de alavancagem, medido pela relação entre a dívida e o patrimônio líquido, passará de 5,8 vezes para apenas 0,1 vez, de acordo com a companhia em uma comparação pro forma usando os dados do balanço do terceiro trimestre.
SEU DINHEIRO ELEGE OS "URSOS" 2023 NOS INVESTIMENTOS, NA BOLSA E NA POLÍTICA
O que provocou a crise na Sequoia (SEQL3)
A Sequoia abriu o capital no fim de 2020 na B3, pegando carona na euforia dos investidores com o crescimento do comércio eletrônico.
A empresa usou o dinheiro dos novos acionistas e ainda tomou mais dívida para crescer via aquisições. Só que pouco depois veio a alta da taxa básica de juros (Selic) e a desaceleração das vendas online com a reabertura da economia.
A "pá de cal" veio com a revelação da fraude contábil da Americanas, que secou as linhas de capital de giro. Com tudo isso, os resultados da companhia desabaram e, junto com eles, a cotação das ações na B3.
Junto com a renegociação com os bancos, a Sequoia anunciou a mudança de praticamente todo o conselho de administração.
Deixaram a empresa Décio Honorato Alves, Américo da Cunha Pereira Filho, Gregory Louis Reider e Julia Gil Gonzalez.
Agora quem passa a ocupar a cadeira de presidente do conselho é Eric Fonseca. Ele é fundador da gestora Newfoundland Capital, uma das principais acionistas da da Sequoia, com 11% do capital.
Além dele, o conselho de administração também conta com Armando Marchesan Neto, CEO e fundador da Sequoia; Marcelo Sanchez Martins, Sérgio Saraiva Castelo Branco de Pontes e Marcelo Adilson Tavarone Torresi.
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
