Política de dividendos em xeque? Presidente da Petrobras (PETR4) prevê mudança gradual
A exemplo da alteração no cálculo do preço dos combustíveis, Jean Paul Prates voltou a defender uma mudança “parcimoniosa” na política de proventos
As eventuais mudanças na Petrobras (PETR4) foram algumas das principais preocupações dos investidores durante a corrida presidencial em 2022. Isso porque a estatal se tornou uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo nos últimos anos — e a política de proventos vigente era (e tem sido) um dos alvos de críticas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mas, nos primeiros seis meses de governo petista e um pouco menos sob o comando de Jean Paul Prates, indicado por Lula, a política de dividendos segue sem alterações — o que tem resultado no bom desempenho das ações da Petrobras (PETR4) no Ibovespa.
No ano, os ativos da estatal acumulam mais de 45% de valorização.
O tema, porém, voltou à tona neste sábado (24). Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a política de distribuição de proventos deve sofrer uma mudança gradual, a exemplo da política de definição dos preços dos combustíveis, alterada em maio deste ano.
"[A mudança] não vai ser no primeiro ano nem no primeiro mês, por isso a gente confirmou o mesmo nível de dividendos [no primeiro trimestre]. Talvez, no próximo a gente faça alguma mudança ligeira, depois mais um pouco. Tem que ser uma coisa parcimoniosa, que não gere um trauma muito grande", disse Prates à Folha.
"Nós não vamos deixar ninguém sem dividendos, desassistido. Mas há uma diferença enorme entre o exigido por lei e o modelo atual, um ponto no meio que dá pra deixar todo mundo confortável."
Leia Também
Mudança na política de preços
Durante a entrevista à Folha, o CEO da Petrobras (PETR4) destacou a "reação positiva" dos investidores sobre a mudança na política de preços dos combustíveis, anunciada em maio.
"Na questão do PPI, por exemplo, aconteceu algo que eu não esperava: no dia que anunciamos nossa estratégia comercial, a ação subiu. Ao contrário do que alguns acharam, porque o PPI é mais fácil de calcular. Mas não é possível que não se entenda que a empresa pode fazer o seu preço de acordo com as variações e com restrições que ela tem."
Na época, a companhia detalhou que, no primeiro ponto, o custo contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o valor marginal é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a Petrobras, entre elas produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.
Anteriormente, a Petrobras utilizava o Preço de Paridade de Importação (PPI) para formular suas práticas. Nessa conta eram considerados o valor do petróleo no mercado global, além de custos logísticos e taxas.
No dia do anúncio da mudança, as ações preferenciais da Petrobras, que dão direto ao voto, avançaram mais de 4% no Ibovespa.
- O QUE NÃO TEM CONTARAM SOBRE O COPOM E A SELIC: CONFIRA O NOVO EPISÓDIO DO PODCAST 'TOUROS E URSOS':
Plano de desinvestimentos da Petrobras (PETR4)
Por fim, Jean Paul Prates voltou a defender a revisão do plano de desinvestimentos, aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2019, sob o governo de Jair Bolsonaro.
"Estavam preparando a empresa para vender. O primeiro estágio foi torná-la altamente lucrativa, com a estrutura mínima, ficando só com o coração da empresa, que é produzir pré-sal e quatro ou cinco refinarias no Sudeste. [...] Vamos voltar a ser um empresa nacional, vamos ampliar um pouco mais os raios de ação. Vamos buscar viabilidade em áreas novas para preparar o futuro. Sem cometer nenhum desatino, nenhum exagero", disse o CEO da Petrobras à Folha.
*Com informações de Folha de S.Paulo
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete