Lemann e sócios formalizam plano para Americanas (AMER3) – e prometem vender até jatinho. Mas os credores vão aceitar?
Lemann e seus sócios insistem em aporte considerado insuficiente por credores, mas propõem venda de outros ativos
Os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira formalizaram no fim da noite de segunda-feira (20) a proposta deles para a recuperação judicial da Americanas (AMER3).
O trio de acionistas de referência insistiu na proposta de aporte de R$ 10 bilhões, montante que vinha sendo rejeitado pelos principais credores da varejista. Outros R$ 10 bilhões em capital viriam da conversão de dívida em ações pelos bancos credores.
Na semana passada, fontes envolvidas nas negociações citadas pela Bloomberg Línea afirmaram que bancos e detentores de títulos da Americanas querem que o trio de bilionários injete diretamente R$ 12 bilhões na empresa para que um entendimento seja alcançado.
Numa aparente tentativa de chegar a esse valor sem colocar diretamente a mão no bolso, Lemann, Telles e Sicupira alegam no plano de recuperação judicial que a Americanas teria R$ 2 bilhões a receber pela venda da rede Hortifruti, por sua participação na Uni.co e por um jatinho.
As dívidas da Americanas
Estima-se que a Americanas tenha acumulado R$ 42 bilhões em dívidas. Parte desse rombo bilionário foi revelada no início de janeiro por Sérgio Rial, CEO que expôs o caso antes de completar duas semanas no cargo.
Se o plano for aprovado conforme proposto, a Americanas passará a contar com R$ 4,9 bilhões de dívida bruta em seu balanço, afirma a direção da varejista.
Leia Também
No entanto, a Americanas deixa claro no fato relevante protocolado no fim da noite de ontem que não há acordo com os credores.
“Esse não deve ser o plano final, mas tampouco é algo apenas para cumprir uma obrigação legal”, afirmou ao serviço de notícias em tempo real Broadcast o atual CEO da Americanas, Leonardo Coelho.
A oferta de Lemann e seus sócios para os credores
O plano de recuperação judicial da Americanas com os credores já está em negociação há mais de um mês.
O principal entrave para um avanço está no aporte prometido por Lemann e seus sócios na varejista.
Pelo plano, os credores trabalhistas serão pagos em até 30 dias da homologação do plano de recuperação judicial.
Ao mesmo tempo, a proposta oferece três opções a fornecedores e quatro a credores financeiros. Os detalhes estão disponíveis no fato relevante protocolado no fim da noite de ontem pela Americanas. Leia a íntegra.
Aos detentores de bônus, a Americanas propõe um "leilão reverso voluntário" com desconto de pelo menos 70% no prazo de 60 dias do aumento de capital. A empresa estabeleceu limite de R$ 2,5 bilhões para pagamentos nessa modalidade.
Aos grandes bancos, Lemann e seus sócios propuseram a conversão de dívida em participação na Americanas.
Leia também
- Lemann deve vir ao Brasil para negociar com bancos credores
- Investigado pela CVM, Sergio Rial diz que contrato com a Americanas era regular
Onde entra o jatinho?
Se a proposta for aceita, os acionistas de referência da Americanas comprometem-se a utilizar até R$ 2 bilhões resultantes de vendas de ativos para reduzir o endividamento.
Um bilhão iria para a recompra da dívida a mercado e o outro bilhão à recompra de dívida subordinada.
Os ativos em questão incluem a rede Hortifruti Natural da Terra, a participação da Uni.Co e uma aeronave de propriedade da companhia.
A dúvida no momento é se os credores aceitarão a proposta.
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis