🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
GASOLINA NA GUERRA?

Zuckerberg entra na mira da justiça de novo e a Meta, dona do Facebook, é alvo de ação — saiba o que aconteceu agora

Plataforma tem histórico de não impedir a disseminação de discurso de ódio; investigadores da ONU já concluíram que a rede social desempenhou um papel fundamental no fomento da violência em Mianmar e agora se vê envolvida em uma guerra civil

A Meta, de Mark Zuckerberg, entrou na mira da justiça de novo — mais uma vez, acusada de não impedir a disseminação de discursos de ódio no Facebook, que levaram à morte de um professor. 

O caso aconteceu na Etiópia. Meareg Amare, professor de química da Universidade Bahir Dar, foi morto a tiros do lado de fora de sua casa. 

Amare, que era da etnia Tigrayan, havia sido alvo de uma série de postagens no Facebook no mês anterior, alegando que havia roubado equipamentos da universidade, vendido e usado os lucros para comprar propriedades. Nos comentários, as pessoas pediram sua morte. 

O filho de Amare, o pesquisador Abrham Amare, apelou ao Facebook para que as postagens fossem removidas, mas não houve resposta por semanas. Oito dias após o assassinato de seu pai, Abrham recebeu uma resposta do Facebook: uma das postagens, compartilhada por uma página com mais de 50.000 seguidores, havia sido removida.

A ação contra a dona do Facebook

Abrham, assim como seus colegas pesquisadores e o consultor jurídico da Anistia Internacional, Fisseha Tekle, entraram com uma ação contra a Meta, alegando que a empresa permitiu que o discurso de ódio corresse solto na plataforma, causando violência generalizada. 

O processo pede que a empresa não priorize o conteúdo odioso no algoritmo da plataforma e aumente a equipe de moderação de conteúdo.

A porta-voz da Meta, Sally Aldous, disse que o discurso de ódio e a incitação à violência são contra as políticas da empresa. 

“Nosso trabalho de segurança e integridade na Etiópia é guiado pelo feedback de organizações locais da sociedade civil e instituições internacionais”, afirmou. 

“Empregamos funcionários com conhecimento e experiência local e continuamos a desenvolver nossas capacidades para detectar conteúdo infrator nos idiomas mais falados no país, incluindo amárico, oromo, somali e tigrínia”, acrescentou. 

Etiópia: colocando gasolina na fogueira

A Etiópia está envolvida em uma guerra civil desde 2020. O primeiro-ministro Abiy Ahmed respondeu aos ataques a bases militares federais enviando tropas para Tigray, uma região no norte do país que faz fronteira com a vizinha Eritreia. 

Um relatório de abril divulgado pela Anistia Internacional e Human Rights Watch encontrou evidências substanciais de crimes contra a humanidade e uma campanha de limpeza étnica contra a etnia Tigrayans pelas forças do governo etíope.

O Facebook, que é usado por mais de 6 milhões de pessoas na Etiópia, tem sido um meio importante por meio do qual se espalharam narrativas que visam e desumanizam os Tigrayans.

Em uma postagem no Facebook de julho de 2021, o primeiro-ministro Ahmed se referiu aos rebeldes Tigrayan como “ervas daninhas” que devem ser arrancadas. 

A postagem permanece na plataforma e o Facebook Papers revelou que a empresa não tinha capacidade para moderar adequadamente o conteúdo na maioria dos mais de 45 idiomas do país.

Até dezembro de 2020, Meta precisava de classificadores de discurso de ódio para oromo e amárico, duas das principais línguas faladas na Etiópia.

Para compensar a equipe inadequada e a ausência de classificadores, a equipe da Meta buscou outros proxies que permitissem identificar conteúdos perigosos, método conhecido como moderação baseada em rede. 

Etiópia: risco terrivelmente elevado de violência

Em 2021, a Meta designou a Etiópia como um país em risco “terrível” de violência e, em uma avaliação da resposta da empresa a conteúdo violento e incitante, classificou sua própria capacidade na Etiópia como 0 em 3. 

No entanto, em outro documento, um membro da equipe da Meta reconheceu que a empresa carecia de “capacidade de revisão humana” para a Etiópia nas vésperas das eleições do país.

Facebook e a guerra: essa não é a primeira vez

O caso da Etiópia não é o único no qual o Facebook é acusado de não controlar a disseminação de discursos de ódio e inflamar guerras civis. 

Em 2012, a violência eclodiu entre a maioria budista e a minoria muçulmana Rohingya no Estado de Rakhine, em Mianmar. Na ocasião, havia temores de que as redes sociais, especialmente o Facebook, fossem capazes de amplificar as tensões existentes, resultando em violência.

Em 2014, um monge extremista e antimuçulmano, Ashin Wirathu, compartilhou uma postagem alegando que uma menina budista havia sido violentada por homens muçulmanos, viralizando no Facebook.

Dias depois, uma multidão atacou os acusados, e duas pessoas morreram na violência que se seguiu. Mais tarde, uma investigação policial descobriu que a acusação do monge havia sido inventada.

Investigadores de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluíram que o discurso de ódio no Facebook desempenhou um papel fundamental no fomento da violência em Mianmar. 

Na época, o Facebook admitiu que não conseguiu evitar que sua plataforma fosse usada para "incitar a violência". Desde então, a rede social tomou algumas medidas para remover ativamente o discurso de ódio e banir oficiais militares.

*Com informações do Wired e do G1

Compartilhe

ESCALANDO…

É o fim da guerra das sombras? A mensagem do revide de Israel ao Irã para o mundo — e não é o que você espera

19 de abril de 2024 - 14:15

O mais recente capítulo desse embate aconteceu na madrugada desta sexta-feira (19), quando Israel lançou um ataque limitado ao Irã

RECADO DADO

A punição de Biden: EUA não perdoam ataque a Israel e castigam o Irã — mas o verdadeiro motivo das sanções não é econômico

18 de abril de 2024 - 13:17

O Tesouro norte-americano anunciou medidas contra uma dezena de pessoas e empresas iranianas e ainda avalia restrições ao petróleo do país, mas, ao contrário do que parece, medidas também mandam uma mensagem a Netanyahu

GUERRA QUENTE

Por essa nem Putin esperava: a previsão que coloca a Rússia à frente da maior economia do mundo

17 de abril de 2024 - 18:41

O Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou as projeções para a economia russa e os números revelam o segredo de Putin para manter o país em expansão

COM OU SEM CHAMPANHE?

O maior bilionário do planeta ficou quase R$ 30 bilhões mais rico hoje. O que fez a fortuna do dono da Dior e da Louis Vuitton disparar?

17 de abril de 2024 - 17:55

O patrimônio do magnata de luxo francês acompanha a valorização das ações da LVMH; conheça os números do conglomerado que animaram o mercado hoje

DECRETO CONTINUA

Milei tem vitória no “STF” da Argentina e mantém decreto em vigor, mas batalha ainda não terminou  

17 de abril de 2024 - 10:31

Mesmo que a Corte resolvesse barrar o DNU, Milei ainda tem uma carta na manga: ele poderá indicar até dois novos juízes para o tribunal

MAGNATA INDONÉSIO

Como este bilionário que você provavelmente não conhece transformou uma fortuna de US$ 5 bilhões em US$ 51 bilhões de em um ano

16 de abril de 2024 - 19:33

O magnata asiático da indústria de energia conseguiu multiplicar a sua fortuna em dez vezes em um ano; entenda o que aconteceu

ELON MUSK TINHA RAZÃO?

Invasão da China: como Biden e Trump querem frear os elétricos chineses liderados pela BYD nos EUA

16 de abril de 2024 - 18:58

Os veículos elétricos ainda não são vendidos no país, mas despertam cada vez mais preocupação de políticos e empresários do segmento, que colocam planos para barrar a maré vermelha à prova

A VIDA VAI MELHORAR (?)

Segura, Javier Milei: Argentina terá inflação de “apenas” 150% em 2024, mas contração econômica será maior, diz FMI

16 de abril de 2024 - 16:47

As projeções para 2025 melhoram, com a expectativa de que a inflação fique em 45% no ano e a atividade econômica cresça 5% em relação a 2024

ÁGUA NO CHOPE DO MERCADO

Juros em alta? Presidente do Fed fala pela primeira vez após dado de inflação e dá sinal claro do que vai acontecer nos EUA — bolsas sentem

16 de abril de 2024 - 15:35

A declaração de Powell voltou a sacudir os mercados: Wall Street devolveu ganhos, com o S&P 500 no vermelho, e os yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a disparar

SEM BANHO-MARIA

Fogo alto: o revide de Israel contra o Irã coloca Netanyahu em uma panela de pressão — mas há uma saída possível

16 de abril de 2024 - 14:34

O mundo se pergunta quando Israel vai revidar à ofensiva iraniana e uma autoridade do país dá uma pista do que pode acontecer daqui para frente

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar