Cadê o meu biscoito? M. Dias Branco (MDIA3) vê lucro cair 27,7% no quarto trimestre; conheça os resultados da dona das marcas Piraquê e Adria
Ações da empresa vêm sofrendo nas últimas semanas na bolsa brasileira por conta da disparada do preço do trigo, que é afetado pelo guerra entre Rússia e Ucrânia
Dependente do preço das commodities agrícolas, principalmente do trigo, a M. Dias Branco (MDIA3) - que é dona das marcas Adria, Piraquê e Vitarella - tem visto a cotação de suas ações despencar desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
O conflito, que começou no último dia 24 de fevereiro, não teve efeito sobre os resultados da companhia no quarto trimestre de 2021, mas nem por isso a notícia para a fabricante de massas secas e biscoitos traz algum alívio.
Entre outubro e dezembro do ano passado, a M. Dias Branco registrou lucro líquido de R$ 151,1 milhões, o que representa uma queda de 27,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida da empresa no período somou R$ 1,7 bilhão, um aumento de 27,2% em base anual.
Considerando os números de 2021, a M. Dias Branco viu seu lucro líquido encolher 33,9% ante 2020, para R$ 505 milhões, enquanto a receita no período foi de R$ 7,8 bilhões, um crescimento de 7,7% na mesma base de comparação.
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O vilão do resultado da M. Dias Branco
A M. Dias Branco explica que a queda no lucro líquido no ano passado é resultado, principalmente do recuo no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), excluindo efeitos não recorrentes, e do impacto da elevação do CDI - atrelado à alta da Selic - e do IPCA no custo da dívida.
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- Margem Ebtida em 2021: 8,8% ante 13,4% em 2020
Outro fator que influenciou na redução dos lucros foi o reconhecimento, em 2021, de resultados não recorrentes positivos inferiores aos montantes reconhecidos em 2020: R$ 166,5 milhões versus R$ 418,8 milhões, respectivamente.
O biscoito ficou mais caro
A dona das marcas Adria, Piraquê e Vitarella explica o aumento da receita líquida com o aumento de dois dígitos nos preços médios de seus produtos.
Em 2021, o preço médio foi de R$ 4,6 por quilo, 26% acima dos R$ 3,7 por quilo de 2020. Considerando apenas o quarto trimestre, o preço médio por quilo foi de R$ 4,9 ante os R$ 4,1 do mesmo período do ano anterior.
Segundo a empresa, esse aumento se deve ao salto nos custos. O reajuste acabou custando participação de mercado para a M. Dias Branco.
Biscoitos
- Quarto trimestre de 2021: 32,8%
- Terceiro trimestre 2021: 31,2%
- Quarto trimestre de 2020: 32,9%
Massas
- Quarto trimestre de 2021: 30,0%
- Terceiro trimestre 2021: 29,5%
- Quarto trimestre de 2020: 32,5%
Compensando a alta das matérias-primas
Para compensar o aumento dos preços de suas matérias-primas, a M. Dias Branco reduziu despesas administrativas e com vendas, que representaram 21% da receita líquida no ano passado - abaixo dos 24,1% em 2020.
No quarto trimestre, as despesas com vendas ficaram em 16,8% da receita líquida em comparação com 3,6% do mesmo período do ano anterior.
Volume de vendas da M. Dias Branco
O aumento no volume de vendas do quarto trimestre não foi suficiente para segurar o desempenho do ano e a M. Dias Branco encerrou 2021 com queda nesse indicador.
No ano, a empresa somou 1,703 milhão de toneladas de produtos comercializados, resultado 14% menor do que em 2020.
Entre outubro e dezembro, o volume foi de 440 mil toneladas, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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