Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) disparam na B3 com alívio nos juros — e possivelmente da concorrência
Do lado da inflação, que também é uma pedra no sapato do setor, os novos indícios de negociações de paz entre Ucrânia e Rússia ajudam a diminuir a pressão

Quem abrir a lista de maiores altas do Ibovespa terá uma surpresa nesta terça-feira (29). Três grandes nomes do varejo, um dos setores mais afetados pelo cenário macroeconômico ruim que dominou os últimos meses, lideram a ponta positiva do principal índice acionário brasileiro.
Por volta das 16h15, Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIIA3) disparam cerca de 9%. Veja as cotações abaixo e acompanhe nossa cobertura completa de mercados:
- AMER3: R$ 34,81 (+8,92%);
- MGLU3: R$ 7,06 (+9,12%);
- VIIA3: R$ 4,29 (+8,88%).
E o fôlego do setor vem diretamente de um de seus principais vilões: os juros futuros. Os principais contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) — uma referência das expectativas quanto ao futuro das taxas Selic e CDI — recuam hoje.
Essa queda, por sua vez, indica que o mercado digeriu bem a sinalização do Banco Central de que o ciclo de alta da taxa básica de juros brasileira pode terminar na próxima reunião. Roberto Campos Neto, presidente do BC, já declarou que mais um aumento da Selic em junho não é o mais provável.
Do lado da inflação, que também é uma pedra no sapato do setor, os novos indícios de negociações de paz entre Ucrânia e Rússia ajudam a diminuir a pressão sobre os preços. O Ministério da Defesa russo anunciou hoje uma “redução drástica” de ataques a Kiev.
Ainda assim, o salto nas cotações não é o suficiente para apagar as perdas anteriormente registradas. As ações MGLU3, por exemplo, que já foram queridinhas do mercado, recuam 64% nos últimos 12 meses. Americanas e Via também caem 41,6% e 59,6%, respectivamente, no mesmo período.
Leia Também
Como a inflação e os juros afetam as varejistas?
A explicação para a relação entre o cenário macroeconômico, especialmente os juros e a inflação, e o desempenho das varejistas na bolsa de valores passa pelas prioridades dos brasileiros em momentos de crise.
O avanço da inflação diminui o poder de compra dos consumidores, enquanto a alta dos juros encarece a tomada de crédito que poderia financiar as idas às lojas.
Nesse cenário, boa parte da população tem de optar entre as contas de consumo e alimentos, por exemplo, e produtos não essenciais. E na batalha das prioridades costumam perder os itens que podem ser cortados da lista de compras sem prejuízo à sobrevivência das famílias.
Por isso, as perspectivas de juros mais baixos trazem um alívio ao setor. Ainda que o poder de compra do brasileiro permaneça prejudicado por mais alguns meses, o crédito mais barato volta a tornar possível os gastos com produtos além dos essenciais.
Possível fim da concorrência internacional a caminho também anima
Além da melhora no cenário nacional, uma notícia relacionada ao estrangeiro também pode ajudar na recuperação das varejistas: um alívio na concorrência com plataformas internacionais de comércio, apelidados de “camelódromos virtuais”.
O Ministério da Economia prepara uma medida provisória que deve tributar a importação feita por pessoas físicas em plataformas como Mercado Livre, Shopee, Wish, AliExpress e Shein independentemente do valor da compra.
Vale lembrar que as regras atuais garantem a isenção de tributos em negociações entre pessoas físicas brasileiras e estrangeiras para transações com valor abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 238,11).
Rogério Xavier revela o ponto decisivo que pode destravar potencial para as ações no Brasil — e conta qual é a aposta da SPX para ‘fugir’ do dólar
Na avaliação do sócio da SPX, se o Brasil tomar as decisões certas, o jogo pode virar para o mercado de ações local
Sequóia III Renda Imobiliária (SEQR11) consegue inquilino para imóvel vago há mais de um ano, mas cotas caem
O galpão presente no portfólio do FII está localizado na Penha, no Rio de Janeiro, e foi construído sob medida para a operação da Atento, empresa de atendimento ao cliente
Bolsa brasileira pode saltar 30% até o fim de 2025, mas sem rali de fim de ano, afirma André Lion. Essas são as 5 ações favoritas da Ibiuna para investir agora
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o sócio da Ibiuna abriu quais são as grandes apostas da gestora para o segundo semestre e revelou o que poderia atrapalhar a boa toada da bolsa
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
A terça-feira (19) foi marcada por fortes perdas na bolsa brasileira diante do aumento das tensões entre Estados Unidos e o Brasil
As cinco ações do Itaú BBA para lucrar: de Sabesp (SBSP3) a Eletrobras (ELET3), confira as escolhidas após a temporada de resultados
Banco destaca empresas que superaram as expectativas no segundo trimestre em meio a um cenário desafiador para o Ibovespa
Dólar abaixo de R$ 5? Como a vitória de Trump na guerra comercial pode ser positiva para o Brasil
Guilherme Abbud, CEO e CIO da Persevera Asset, fala sobre os motivos para ter otimismo com os ativos de risco no Touros e Ursos desta semana
Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora
A Kinea Investimentos acaba de revelar sua nova aposta para o próximo século: o urânio e a energia nuclear. Entenda a tese de investimento
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas