Marshmallows e ações: vale a pena esperar
Não faltam frases ou lições sobre a importância da paciência para acumular patrimônio. Mas você realmente já parou para refletir sobre isso?

Uma criança entra sozinha numa sala, senta na cadeira disposta em frente a uma pequena mesa e recebe um marshmallow.
Logo após, um adulto chega e passa uma instrução clara: você pode comer esse doce agora ou esperar cinco minutos e receber mais um.
Ele se retira da sala e a criança fica entre o prazer imediato de comer um marshmallow ou a recompensa de saber esperar para saborear dois.
O que acontece depois virou a história de um dos experimentos mais conhecidos de todos os tempos. Realizado no final dos anos de 1960 com várias crianças, o teste dos marshmallows tinha como objetivo investigar o impacto da habilidade de saber adiar uma gratificação na vida das pessoas.
A conclusão, como você deve imaginar, foi que as crianças que conseguem esperar se tornam adultos mais bem realizados, porque uma boa parte daquilo que definimos como sucesso está relacionado apenas à capacidade de ser paciente.
A recompensa da espera no investimento em ações
No mundo das finanças, essa habilidade também recompensa (e muito).
Leia Também
Se os marshmallows fossem ações e as crianças pudessem guardá-las, o retorno sairia do campo da gastronomia e passaria a ser financeiro, claro, mas a ideia de ser recompensado por simplesmente saber se controlar e esperar continuaria a mesma.
Nos livros sobre investimentos, ou na internet, não faltam frases ou lições sobre a importância da paciência para acumular patrimônio - você mesmo deve saber de cor algumas.
Mas você realmente já parou para refletir sobre isso?
Já falei sobre Warren Buffett na minha primeira CompoundLetter e não queria usá-lo como exemplo novamente, porém o tema me força a recorrer novamente ao velhinho de Omaha.
E tem um motivo claro para isso: Buffett não é o investidor com o maior retorno anualizado da história (22% ao ano) — Jim Rogers, Joel Greenblatt, Stanley Druckenmiller, George Soros, Peter Lynch, Jim Simons e outros superam ele nesse quesito. Mas ninguém consegue superá-lo numa métrica: tempo/paciência.
Em 2020, quando Morgan Housel, ex-colunista da Motley Fool, publicou um dos melhores livros de finanças dos últimos anos, A Psicologia Financeira, o patrimônio líquido de Buffett era de 84,5 bilhões de dólares.
Buffett adquiriu suas primeiras ações aos 10 anos e aos 30 já tinha um patrimônio de 1 milhão de dólares. Mas e se ele tivesse chegado aos 30 com apenas 25 mil dólares?
Considerando que ele tivesse o mesmo retorno anualizado (22% ao ano) e parasse de investir em ações aos 60, Buffett não teria nem de perto a fortuna que tem hoje e provavelmente não existiria nem um único livro escrito sobre sua história.
Nesse exercício de imaginação, Buffett teria acumulado “apenas” 11,9 milhões de dólares. Isso é menos do que 99,9% do patrimônio líquido real dele!
“Em termos práticos, todo o sucesso monetário de Warren Buffett pode ser vinculado à base financeira que ele construiu na adolescência e à longevidade que ele manteve durante a terceira idade”, conclui Housel no quarto capítulo do seu livro.
Isso não diminui em nada a habilidade do Buffett como investidor, mas analisando sua história, fica nítido que seu grande segredo, assim como o das crianças que ganharam mais um marshmallow, é saber que vale a pena saber esperar.
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA