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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
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Ibovespa cai e perde os 102 mil pontos com expectativa de alta de juros acelerada pelo Fed; dólar fecha em alta

Fala de dirigente do Fed e apostas de quatro altas de juros em 2022, em vez de apenas três, pressionaram bolsas para baixo, levando juros e dólar para cima

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
10 de janeiro de 2022
19:08
FED Assombração Fantasma Mercados Gráfico Federal Reserve Jerome Powell bolsa
Expectativa com aperto monetário nos EUA aumenta a aversão a risco dos investidores. Imagem: Shutterstock, com intervenção de Andrei Morais

A segunda semana do ano começou com um sentimento ainda mais negativo dos investidores globais, e o motivo continua sendo ele: o aperto monetário nos Estados Unidos, promovido pelo Federal Reserve (Fed).

Na semana passada, a ata da última reunião do comitê de política monetária do banco central americano já havia trazido um tom mais duro contra a inflação; na sexta-feira (07), a taxa de desemprego abaixo do esperado nos EUA, ao lado de um aumento salarial maior que o previsto, confirmou os temores do mercado de que sim, o Fed tem espaço para fechar a torneirinha de dinheiro.

Nesta segunda-feira (10), o movimento teve continuidade. Em entrevista ao jornal The Wall Street Journal, o presidente da distrital do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, disse apoiar o tom mais agressivo da autoridade monetária contra a inflação e afirmou "ser concebível" uma alta da taxa básica de juros já na reunião de março.

As apostas em um aumento dos juros na primeira reunião do ano crescem no mercado. Ao longo do ano, espera-se que o Fed eleve as taxas ao menos três vezes, mas já há instituições financeiras que esperam quatro aumentos, como é o caso do Goldman Sachs e do Citi.

Com isso, as bolsas americanas e europeias tiveram um dia amplamente negativo hoje, enquanto o dólar se apreciou globalmente, e os juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, operaram em forte alta. Até o fim do pregão, esses movimentos já haviam desacelerado, mas não o suficiente para uma virada nos mercados.

Assim, o Dow Jones fechou em queda de 0,45%, o S&P 500 recuou 0,14%, e o Nasdaq terminou o pregão em leve alta de 0,05%, após ter passado quase toda a sessão no vermelho. O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne as principais empresas do Velho Continente, teve perdas de 1,48%.

O clima pesado lá fora contaminou as negociações por aqui, e o Ibovespa fechou em queda de 0,75%, aos 101.945 pontos, depois de ter chegado a perder 1,64% na mínima, aos 101.037 pontos.

Já o dólar à vista fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,6743, mas chegou a bater R$ 5,6924 na máxima do dia. Pressionados pelo câmbio e pelos juros dos títulos públicos americanos, os juros futuros também fecharam em alta no mercado doméstico. Veja o desempenho dos principais vencimentos:

  • Janeiro/2023: de 11,987%, para 12,08%;
  • Janeiro/2025: de 11,433%, para 11,48%;
  • Janeiro/2027: de 11,317%, para 11,37%.

Semana cheia de expectativas

O mercado segue na expectativa das declarações que o presidente do Fed, Jerome Powell, deve dar amanhã (11), e dos dados da inflação americana, que serão divulgados na próxima quarta-feira (12).

Tudo isso deve trazer maior clareza sobre quais devem ser os novos passos da política monetária americana, que tem o poder de enxugar a liquidez do mundo, provocando uma fuga de recursos dos ativos mais arriscados para aqueles considerados mais seguros, como o dólar e os títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

No Brasil, também temos dados de inflação importantes nesta semana, que irão indicar se o aperto monetário promovido pelo BC local já está fazendo efeito ou não. Amanhã, o IBGE divulga o IPCA de dezembro e de 2021, a inflação oficial.

De acordo com as projeções do Boletim Focus desta semana, a inflação deve encerrar 2022 em 5,03%, e a Selic deve fechar o ano em 11,75% — um aumento em relação à estimativa da semana passada, de 11,50%.

Finalmente, persiste a expectativa em relação a possíveis aumentos salariais a servidores públicos federais. Os servidores pressionam, mas a equipe econômica recomenda que não haja reajuste para nenhuma categoria, e o presidente Jair Bolsonaro já cogita essa possibilidade.

Os policiais, única categoria que teria recursos reservados no orçamento para um reajuste, manifestaram insatisfação e falam em protestos

Sobe e desce do Ibovespa

Veja as maiores altas do Ibovespa nesta segunda:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
USIM5Usiminas PNAR$ 15,38+4,77%
FLRY3Fleury ONR$ 17,20+3,74%
CSNA3CSN ONR$ 24,92+3,32%
PCAR3Pão de Açúcar ONR$ 19,35+2,11%
IGTI11Iguatemi unitR$ 15,48+1,98%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
BIDI11Banco Inter unitR$ 24,44-8,57%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 5,74-7,72%
BIDI4Banco Inter PNR$ 8,16-7,27%
CASH3Méliuz ONR$ 2,46-5,75%
QUAL3Qualicorp ONR$ 14,62-5,56%

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