Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem antes de falas de Jerome Powell e dirigentes do Fed; Ibovespa acompanha Campos Neto e Guedes hoje
Por aqui, a última rodada da pesquisa Genial/Quaest antes do primeiro turno das eleições presidenciais mostra chances de que Lula ganhe no primeiro turno

O abraço de urso divide opiniões. Não é todo mundo que gosta quando chega aquela pessoa hábil em aplicar aquele abraço apertado, impossível de se desvencilhar voluntariamente. Nas bolsas de valores, enquanto a maioria se assusta com o abraço do urso, outros vão às compras.
Na véspera, a sucessão de baixas registradas pelos ativos de risco nos últimos dias levou os investidores a uma tentativa de caça às pechinchas. Mas o abraço do urso é forte e os mercados não encontram ar para respirar.
Com isso, os três principais índices de Wall Street voltaram ao chamado território de bear market — ou simplesmente mercado de baixa. Acontece quando um índice negocia 20% abaixo de suas máximas históricas.
Enquanto o Dow Jones marcou sua sexta queda seguida, o índice S&P 500 renova as mínimas para 2022. Já o Ibovespa, que até começou bem o dia, cedeu à pressão externa e também fechou em queda ontem.
Tanto lá quanto cá, cada vez mais analistas consideram que as bolsas estão baratas e é hora de ir às compras. Entretanto, no que depender do abraço do urso, os ativos de risco seguirão em baixa hoje.
Por falar na bolsa local, o Ibovespa acompanha hoje o discurso de Roberto Campos Neto, presidente do BC, na abertura de evento pela manhã. Mais para tarde, Paulo Guedes, ministro da Economia, fala à Jovem Pan.
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No pregão passado, o principal índice da B3 encerrou o dia em queda de 0,68%, aos 108.376 pontos. O dólar à vista recuou 0,09%, a R$ 5,3765, na mesma sessão.
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta quarta-feira (28):
Um giro pelas bolsas no exterior
Os mercados de ações da Europa abriram em forte queda e os índices futuros de Nova York amanheceram no vermelho. Na madrugada, o retorno dos títulos da dívida dos Estados Unidos — os chamados Treasuries — com vencimento em 10 anos bateram 4%.
Pode até não parecer tanto assim, mas é a primeira vez que as Treasuries de 10 anos atingem essa marca desde 2010, no rescaldo da crise financeira deflagrada pela quebra do banco Lehmann Brothers.
Isso é um sinal de que os investidores esperam por um impacto da próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) no combate à inflação. Essa expectativa, porém, impacta no custo dos empréstimos por lá.
Jerome Powell no microfone
Diante disso, os investidores vão acompanhar com ainda mais atenção as falas de dirigentes do Fed previstas para hoje. Três deles discursam hoje em evento promovido pelo Fed regional de Saint Louis, inclusive Jerome Powell, o presidente do banco central dos Estados Unidos.
Dificilmente os representantes da autoridade monetária devem dourar a pílula em seus respectivos discursos para melhorar o desempenho dos mercados. Ou seja, as bolsas devem permanecer em tendência de queda — ou ainda ampliar as perdas — ao longo do dia.
Europa (e bolsas) sem gás
Os índices europeus têm um dia especificamente difícil nesta quarta-feira. As bolsas por lá reagem a um vazamento e consequente queda na pressão de tubulações do gasoduto Nord Stream, que liga a Rússia à Alemanha e fornece gás à Europa.
As tubulações estão inativas em meio à tensão entre os países. Autoridades de Moscou afirma que se trata de um ataque terrorista, enquanto analistas europeus levantam a suspeita de sabotagem.
Seja como for, o inverno se aproxima na Europa. As principais nações do continente continuam a estocar o produto enquanto negociam com a Rússia.
5 dias para as eleições
Por aqui, a última rodada da pesquisa Genial/Quaest antes do primeiro turno das eleições presidenciais mostra o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, ampliando de 10 para 13 pontos porcentuais sua vantagem sobre o segundo colocado, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Com isso, Lula foi a 50,5% das intenções de voto em primeiro turno. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, não é possível afirmar que a corrida presidencial terminará no domingo, mas a possibilidade está no radar.
Um afago ao Banco Central
Enquanto isso, numa entrevista concedida ao SBT, Lula elogiou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O candidato qualificou Campos Neto como um “economista competente” e uma “pessoa razoável para conversar”.
Lula disse ainda que não vê problemas na autonomia do Banco Central. Sugeriu ainda que a autoridade monetária inclua em seu mandato metas claras de crescimento e de emprego, e não só de inflação.
Bolsa hoje: agenda do dia
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos NEto, palestra por meio de vídeo gravado na abertura do evento 'Fintouch 2022', promovido pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), pela manhã (9h)
- Banco Central: Estoque total, participação no PIB, crédito livre, concessões dessazonalizadas, juro médio no crédito livre e inadimplência média (9h30)
- Estados Unidos: Presidente do Fed de St. Louis, James Bullard (vota), participa de evento organizado pela instituição (11h10)
- Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, discursa em evento do Fed St.Louis (11h15)
- Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, concede entrevista à Jovem Pan (12h)
- Tesouro Nacional: Divulgação do Relatório Mensal da Dívida (14h30)
- Banco Central: Diretor de Regulação do BC, Otavio Ribeiro Damaso, palestra sobre 'Open Finance e os Impactos no Sistema Financeiro', no Evento 'Fintouch 2022' (14h30)
Dólar e bolsa sobem no acumulado de uma semana agitada; veja as maiores altas e baixas entre as ações
Últimos dias foram marcados pela tensão entre EUA e Brasil e também pela fala de Jerome Powell, do BC norte-americano, sobre a tendência para os juros por lá
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