Eletrobras dá pontapé inicial em segunda fase do processo de privatização com assembleia de acionistas
Se o desenho atual da oferta de ações for aprovado, caberá ao conselho de administração da companhia criar as regras para a nova emissão de papéis e encaminhar o projeto para nova avaliação do TCU
Oito meses se passaram desde a aprovação da Medida Provisória que autorizou a saída da União do grupo controlador da Eletrobras (ELET3 e ELET6) e eles foram marcados pela superação de obstáculos importantes – como a avaliação do processo pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Mas é nesta terça-feira (22) que o processo de privatização entra em uma nova fase.
Os acionistas da estatal se reúnem hoje às 14h em assembleia extraordinária para a discussão e votação das cláusulas condicionantes do processo de desestatização.
Está na pauta a aprovação da realização de uma nova oferta de ações e os poderes para que o conselho da companhia defina as regras da operação, como os termos e condições da oferta, cronograma, aumento de capital social e o preço de emissão dos ativos. Você pode conferir a pauta completa do encontro neste link.
Se aprovada, a oferta de ações irá diluir a participação estatal da companhia de 70% do capital votante para apenas 45%. Em outras palavras, o governo deixa de ter a maioria das ações e a empresa deixa na prática de ser uma estatal.
Para o mercado, esse é o primeiro passo para que a União deixe de vez o quadro de acionistas da Eletrobras.
Pontapé inicial
Com o aval da assembleia, o conselho definirá o modelo de capitalização e o preço-alvo das ações e o processo volta a ser analisado pelo Tribunal de Contas da União no próximo mês. O prazo máximo para que a operação seja concluída é 13 de maio.
Leia Também
Perto da privatização, Copasa (CSMG3) fará parte do Ibovespa a partir de janeiro, enquanto outra ação dá adeus ao índice principal
3 surpresas que podem mexer com os mercados em 2026, segundo o Morgan Stanley
Até agora, a maior ameaça ao processo ficou por parte do ministro Vital do Rêgo, do TCU. O parecer do ministro questionou o valor da outorga definida pelo governo e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por seis votos a um, o valor ficou definido em R$ 23,2 bilhões, acompanhando o projeto original.
O que muda para o investidor de ELET6?
Desde que as discussões se intensificaram e a Medida Provisória ganhou vida, os papéis da Eletrobras começaram a refletir a possível privatização que, na visão do mercado, pode trazer bons frutos com um plano de desinvestimentos, redução de custos operacionais, melhor alocação de capital e uma gestão de passivo mais eficiente.
Em 12 meses, os papéis de ELET3 e ELET6 avançam cerca de 20% — contra queda de 5% do Ibovespa no mesmo período. Mas os gestores e analistas indicam que o papel tem potencial para mais – mas isso só deve ocorrer quando o processo for de fato finalizado.
Nos próximos dias, a aposta dos analistas é que a divulgação do balanço do quarto trimestre traga mais volatilidade aos papéis, já que o desfecho da assembleia tende a ser positivo e já está precificado.
Das oito recomendações consolidadas pela plataforma TradeMap, sete são de "compra", com um preço-alvo que pode chegar a R$ 70 – uma valorização de mais de 100%. No fechamento de segunda-feira, a ação de ELET6 estava cotada a R$ 33,64.
Ainda que os analistas enxerguem a empresa hoje sendo negociada a um valor justo de mercado antes da conclusão da operação, a não-privatização pode levar a um ajuste negativo nos papéis.
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
