🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Maquininha enguiçada

Decepção na Stone (STNE): ações desabam 30% nos EUA após trimestre fraco; queda no ano é de quase 75%

A Stone (STNE) reportou uma queda de mais de 50% no lucro líquido, ficando bastante abaixo das projeções de analistas

Victor Aguiar
Victor Aguiar
17 de novembro de 2021
13:45 - atualizado às 14:53
Montagem de maquininha da Stone em cima de uma mesa vista de cima
Imagem: Montagem Andrei Morais/Divulgação/Shutterstock

A má fase da Stone (STNE) nas bolsas americanas parece não ter fim. As ações da companhia, que já amargavam perdas de mais de 60% desde o início do ano, desabam outros 30% apenas na sessão desta quarta-feira (17). E não é para menos: a empresa reportou uma queda intensa em seu lucro líquido e trouxe um balanço bastante poluído, cheio de ajustes e efeitos extraordinários a serem digeridos.

A última linha do balanço é a que mais chama a atenção: lucro líquido ajustado de R$ 132,7 milhões, queda de 53,9% em um ano — e isso apesar do salto de 57% na receita líquida, para R$ 1,47 bilhão. Com isso, a margem líquida da Stone despencou para 9%, patamar considerado bastante baixo por analistas e investidores; ao fim do terceiro trimestre de 2020, a margem era de 30,8%.

Muitos fatores pressionaram a empresa de meios de pagamento no trimestre. Há, em primeiro lugar, a consolidação da Linx nos resultados — a aquisição foi acertada no fim do ano passado, após uma intensa disputa com a Totvs. Além disso, a parceria firmada com o Inter também foi sentida: a Stone se comprometeu a investir R$ 2,5 bilhões para ficar com 5% do banco, e os efeitos contábeis sobre o balanço foram lançados agora.

Esses dois itens provocam uma distorção nos resultados e dificultam uma análise mais precisa: com tantos asteriscos e notas de rodapé no balanço, é complexo entender com exatidão qual o real estado das operações da Stone. Mas, de qualquer maneira, a queda brusca no lucro pegou o mercado de surpresa.

Veja, por exemplo, o caso do Bank of America: o lucro de R$ 132,7 milhões reportado pela Stone ficou 23% abaixo das projeções dos analistas Mario Pierry e Antonio Ruette — e eles já não estavam muito otimistas. Em média, o lucro da companhia ficou 44% aquém das estimativas do mercado, de acordo com dados do BTG Pactual.

Como resultado, as ações da Stone (STNE) recuavam 29,69% por volta de 13h15 (horário de Brasília), sendo negociadas a US$ 22,29 em Nova York — desde o começo do ano, as perdas já chegam a quase 75%. Na B3, a história não é muito diferente: os BDRs da empresa (STOC31) despencam 29,22%, a R$ 121,74.

A avalanche na Stone também traz desdobramentos para os papéis do Inter: a má impressão deixada pelo novo sócio do banco faz as ações PN (BIDI4) caírem 7,60%, enquanto as units (BIDI11) recuam 7,66% — são as duas maiores baixas do Ibovespa nesta quarta.

Stone (STNE e STCO31): como avaliar?

Em relatório, os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpigel, do BTG Pactual, ponderam que o balanço da Stone até trouxe algumas boas notícias: o volume total de pagamentos avançou 7,6% em um ano e chegou a R$ 75 bilhões; a adição de mais de 290 mil novos usuários também foi bem-vinda.

No entanto, esses pontos de brilho foram mais que ofuscados pelas inúmeras zonas nebulosas do resultado. A estratégia mais agressiva de precificação nos últimos 12 meses, o fato de a companhia não reportar receitas com crédito no trimestre, os investimentos pesados em expansão, as maiores despesas financeiras — tudo isso pesou muito e fez com que a margem líquida ficasse abaixo dos 10%.

"Dado que o crédito ainda não retornou (e não sabemos quando ele irá ou qual sua 'rentabilidade'), e que a Selic está disparando, vemos os resultados para 2022 sob ameaça", escrevem os analistas do BTG. "Considerando tudo, nós provavelmente precisaremos revisar em muito as nossas estimativas (provavelmente em mais de 30%)".

Além dos pontos já citados e dos efeitos não recorrentes, o Bank of America também destaca que o aumento nas despesas — tanto as operacionais quanto as financeiras — pressionaram o balanço da Stone. Investimentos para o crescimento e expansão em novos negócios, marketing, tecnologia e soluções financeiras ajudam a explicar o salto.

STNE desaba em Nova York

Vale lembrar que essa não é a primeira decepção do mercado com a Stone: os números do período entre abril e junho deste ano também pegaram os analistas de surpresa e provocaram uma reação bastante negativa em Wall Street — o Bank of America, inclusive, lembra que a companhia reportou perdas operacionais pelo segundo trimestre consecutivo.

Nesse cenário e em meio à intensa queda das ações em Nova York, o BofA destaca que os papéis não estão precificando "quaisquer benefícios em potencial da transação com a Linx ou o eventual relançamento dos produtos de crédito". Dito isso, o banco possui recomendação neutra para STNE, com preço-alvo de US$ 59,00.

O BTG, por ora, continua com recomendação de compra para as ações da Stone, com preço-alvo de US$ 66,00 — vale lembrar, no entanto, que os analistas já afirmaram que devem revisar para baixo seus modelos para a empresa.

De acordo com o TradeMap, as ações STNE possuem 11 recomendações de compra e 5 neutras.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies