Dias melhores virão para a Cielo? Saiba o que o mercado espera para a empresa depois do lucro acima do esperado
Empresa de maquininhas de cartão registra o primeiro aumento no lucro trimestral em três anos e ações disparam na B3. Mas os analistas ainda não recomendam a compra dos papéis
A Cielo está viva. A empresa líder do mercado de meios de pagamento foi gravemente ferida pela concorrência na "guerra" das maquininhas de cartão. Mas os números do balanço quarto trimestre divulgados ontem à noite mostram que a companhia segue lutando.
As ações da Cielo (CIEL3) reagem em forte alta de 11,17% na tarde de hoje, cotadas a R$ 4,08 — a maior valorização entre as empresas do Ibovespa. Leia também nossa cobertura completa de mercados.
Os analistas se renderam aos bons resultados, que interromperam uma longa trajetória de declínio nos lucros da companhia. Mas ainda não recomendam a compra dos papéis.
A empresa controlada por Bradesco e Banco do Brasil registrou lucro de R$ 298 milhões no quarto trimestre de 2020, o que representa um crescimento de 35% em relação do mesmo período do ano anterior.
O resultado ficou bem acima das estimativas do mercado, que de todo modo não eram lá muito favoráveis. Mais importante, essa foi a primeira vez em três anos que a Cielo apresentou um crescimento no lucro, como notaram os analistas do Goldman Sachs.
O bom resultado do quarto trimestre, contudo, não foi suficiente para reverter a queda de 68,3% no lucro líquido de 2020, para R$ 490,2 milhões.
Leia Também
Os dados operacionais mostraram um avanço de 15% no volume de transações realizadas com cartões realizadas nas maquininhas da Cielo em relação ao terceiro trimestre. O lado negativo é que o percentual desse volume que efetivamente gera receita para a companhia voltou a cair e ficou em apenas 0,69% nos últimos três meses de 2020.
O lucro acabou superando o consenso dos analistas principalmente pelo bom trabalho da Cielo do lado de custos. As despesas da companhia recuaram 13,5% no quarto trimestre na comparação com o mesmo período de 2019.
Além dos números operacionais, o mercado também reage a qualquer novidade sobre possíveis mudanças societárias na Cielo. Entre as especulações que rondam a empresa estão uma possível venda da participação do Banco do Brasil, que poderia levar o Bradesco a fechar o capital da companhia, ou mesmo um acordo com uma concorrente, como a Stone.
Leia também:
- LUPA DOS FUNDOS: Um pente-fino nas melhores gestoras disponíveis nos bancos e corretoras
- Lucro da Cielo vem acima do esperado no 4º tri, apesar de queda de 68,3% em 2020
- Como a GameStop virou a ação mais quente (e perigosa) de Wall Street?
Leia a seguir o que os analistas que cobrem a Cielo disseram sobre os resultados e a recomendação para os papéis.
BTG Pactual
- Recomendação: Neutra
- Preço-alvo: R$ 5,00
“Os números melhores do que o esperado no segundo semestre, a entrada em operação do acordo com o WhatsApp Pay esperada para breve, a melhora da economia e uma possível solução para o imbróglio societário devem resultar em dias melhores para a Cielo em 2021.”
Goldman Sachs
- Recomendação: venda
- Preço-alvo: R$ 3,00
“O resultado melhor que o esperado foi impulsionado principalmente por custos e despesas mais baixos, parcialmente compensados por tendências de receita mais fracas, enquanto o crescimento de volume veio em linha com as expectativas.”
Credit Suisse
- Recomendação: neutra
- Preço-alvo: R$ 4,80
“Acreditamos que os resultados do quarto trimestre são um indicativo de que 2021 pode ser um ano melhor para a Cielo. A ação opera a 20 vezes o lucro de 2020 e 12 vezes o projetado para 2021, indicando um bom upside se as tendências operacionais continuarem a evoluir.”
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
