Inflação nos EUA atrai a atenção dos mercados globais e dita o tom das bolsas
Os dados saem às 10h30 e perspectivas do mercado afirmam que, não importa a direção, o índice de preços ao consumidor deve surpreender os investidores
Se no começo do dia de ontem dissemos que uma luz cruzou o céu, era um mau presságio. Nem mesmo o balanço acima das expectativas da Petrobras e o aceno de Bolsonaro ao mercado conseguiram segurar a bolsa, contaminada pelo pessimismo dos índices de Nova York.
Nesta sexta-feira (26) os dados de inflação dos EUA são os mais esperados, e devem seguir dando o tom nas bolsas pelo mundo. Com a disparada dos juros futuros e valorização do dólar, países emergentes sofrem com a alta do câmbio.
O atraso na aprovação da PEC Emergencial, as constantes interferências e a pandemia fora de controle e sem perspectiva de vacinação em massa da população acabam desanimando o cenário interno também. Confira mais notícias que podem influenciar a bolsa no dia de hoje:
Nacional
O atraso na votação da PEC emergencial pode ser uma pedra no sapato do governo. Investidores temem que, com o adiamento da votação para a semana que vem, a proposta seja desidratada e perca força ao longo do caminho.
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a PEC emergencial será necessária para o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial, mantendo o teto de gastos e a meta fiscal. Entretanto, o ponto de atrito entre a proposta e a Câmara é a desvinculação de gastos de saúde e educação, que perde cada vez mais força com a falta de apoio de outros setores da sociedade.
Além disso, a Câmara ainda discute a PEC da imunidade, após a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), e o projeto de lei (PL) da privatização da Eletrobras entraram na frente da PEC emergencial. Com isso, a proposta deve demorar ainda mais para ser aprovada.
Leia Também
Internacional
O temor com a alta da inflação norte-americana tomou conta dos mercados no pregão de ontem. O temor se refletiu na disparada da taxa dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA (Treasuries). O receio dos investidores é que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) aumente os juros antes do esperado.
Nem mesmo o presidente do Fed, Jerome Powell, conseguiu afastar os temores do mercado ao afirmar que, se necessário, o BC americano aumentará a taxa de juros para conter a inflação. Essa aversão ao risco fez com que o Nasdaq tivesse a maior queda desde outubro, de 3,52%.
Esse temor se instaurou nas bolsas asiáticas, que fecharam em queda expressiva na manhã de hoje. Os índices europeus também sentiram o tombo do Nasdaq e abriram em queda.
Por isso o mercado de acompanhar bem de perto os dados do PCE (a inflação norte americana), que saem hoje pela manhã.
Auxílio emergencial
Aqui no Brasil, em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar sobre o auxílio emergencial. Ele afirmou que esteve em conversas com Paulo Guedes para aprovar o pagamento de R$ 250 durante quatro meses, a partir de março.
Vacinação
Após o Brasil ter o dia mais letal da covid-19, fica cada vez mais evidente que a vacinação é a saída. Assim, o ministério da Saúde, que tem à sua frente o general Eduardo Pazuello, assinou o contrato para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. Entretanto, o imunizante ainda não foi aprovado pela Anvisa.
Enquanto isso, os insumos para a fabricação da vacina de Oxford, que tem a aprovação do órgão brasileiro, chegarão ao Brasil no sábado. A campanha nacional de imunização segue paralisada em alguns estados após a falta de vacinas.
Empresas
Seguindo na temporada de balanços, a Ultrapar não animou a bolsa e viu suas ações caírem 8% no pregão após a divulgação dos dados. Os investidores também devem reagir ao resultado da Vale, que teve lucro de R$ 4,8 bilhões no quarto trimestre. A mineradora deve passar por um teste de fogo de governança nos próximos dias com com a reunião sobre a eleição do conselho de administração.
Agenda do dia
O IBGE deve divulgar na manhã de hoje, por volta das 9h, a PNAD contínua, mostrando a taxa de desemprego no trimestre que se encerra em dezembro. Às 9h30, o Banco Central deve lançar os dados das contas públicas de janeiro deste ano.
Além disso, nos EUA, todos os olhos estão voltados para o PCE (a inflação norte americana) e do núcleo do PCE (10h30). Esses devem ser os índices mais esperados do dia, tendo em vista a alta preocupação dos investidores com os juros futuros do país.
Fechamento
O medo da disparada da inflação nos EUA contaminou a bolsa, que abriu apontando para um dia positivo, motivada pelo balanço da Petrobras.
Entretanto, os dados da estatal não venceram a queda de braço com o temor externo. O Ibovespa recuou 2,95%, aos 112.256 pontos no fechamento de ontem, enquanto o dólar encerrou o dia com alta de 1,72%, a R$ 5,5140.
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
