O preço do furo no teto de gastos virá em forma de juro maior e recessão em 2022, diz Itaú
Com o aumento da incerteza fiscal, o Banco Central deverá entrar em um “regime de contenção de danos”, segundo o banco, que prevê alta da Selic para até 11,25% ao ano
A derrapada fiscal do governo com a decisão de furar o teto de gastos terá como consequências juros mais altos e queda do PIB brasileiro em 2022. A avaliação é do Itaú Unibanco, que revisou suas projeções para as principais variáveis econômicas.
O banco se juntou ao grupo que projeta uma elevação de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central nesta semana.
Com o aumento da incerteza fiscal, o Banco Central deverá entrar em um “regime de contenção de danos”, segundo a equipe de pesquisa econômica do Itaú, liderada pelo economista-chefe do banco, Mario Mesquita.
Pelas projeções do banco, a Selic passará dos atuais 6,25% para 7,75% ao ano nesta quarta-feira. Em seguida, o Copom deve promover outro aumento de 1,5 ponto na reunião de dezembro e encerrar o ciclo de ajuste com duas altas adicionais de 1 ponto, o que leva a taxa de juros brasileira para 11,25% ao ano.
Itaú vê dólar mais alto e queda do PIB
O aumento acima do esperado da Selic vai pesar sobre atividade econômica, segundo o Itaú. Com isso, o banco revisou a projeção para o desempenho da economia, e agora espera uma retração de 0,5% do PIB em 2022, contra uma projeção anterior de crescimento de 0,5%.
Juros mais altos deveriam dar força ao real contra o dólar. Mas a maior incerteza fiscal vai limitar o espaço para a valorização do câmbio. “Agora projetamos taxa de câmbio em R$ 5,50 por dólar no final de 2021 e 2022, contra R$ 5,25 em nosso cenário anterior.”
Leia Também
O lado positivo — ou "menos ruim" — da estratégia de contenção de danos que o BC deve adotar para restringir o estrago fiscal é que a piora fiscal deve ter um impacto limitado na inflação. Pelas projeções do Itaú, o IPCA deve encerrar este ano em 9% e desacelerar para 4,3% em 2022, pouco acima do centro da meta do BC.
O que o governo pode fazer para tentar evitar esse cenário? Em uma palavra, reformas.
“Uma rápida retomada da agenda de reformas, incluindo medidas como uma reforma administrativa ampla, que fortaleceria a flexibilidade e resiliência fiscais, poderia ajudar a aliviar as condições financeiras e reduzir a incerteza”, avalia o Itaú.
Leia também:
- Sinônimo de renda fixa, Tesouro Direto têm perda de até 30% no ano; hora de vender ou de comprar mais?
- Prepare-se para crescimento baixo e inflação alta em 2022: manobra no teto reforça cenário de estagflação
- Com furo no teto, XP e BTG já esperam que a Selic suba 1,5 ponto percentual na próxima semana
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões