Esquenta dos mercados: dados de volume de serviços devem movimentar o dia, com balanços e inflação ao produtor nos EUA
A briga pelo ICMS segue em debate nas Casas Legislativas, enquanto crise energética e logística nos EUA movimenta o exterior
					A temporada de balanços nos Estados Unidos deve agitar os negócios hoje, enquanto os investidores seguem de olho na inflação em alta dos países. Depois da divulgação da ata do Fed na tarde de ontem, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,14%, 113.455 pontos.
O Banco Central injetou mais de US$ 1 bilhão, o que fez o dólar à vista encerrar em uma queda de 0,51%, a R$ 5,5091. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 5,57.
Confira o que movimenta o pregão de hoje:
Governadores e ICMS
O plenário da Câmara aprovou na noite de ontem, por 392 votos a 71, o projeto de lei que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis. Os governadores alegam que o novo cálculo deve afetar a arrecadação dos estados, enquanto os deputados afirmam o contrário.
De acordo com o relator da matéria, deputado Dr. Jaziel (PL-CE), o preço ao consumidor pode cair 8% para a gasolina, 7% para o etanol e 3,7% para o diesel. A cobrança do ICMS é motivo de embate entre os estados e o governo federal, que alega que o imposto estadual é o motivo da alta no preço dos combustíveis.
O texto agora parte para o Senado, mas os parlamentares não estão otimistas de que seja aprovado na Casa Legislativa.
Leia Também
Fique de olho hoje
No panorama doméstico, o volume de serviços divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (14). De acordo com as projeções de especialistas ouvidos pelo Broadcast, os serviços devem avançar 0,4% na mediana e acumular alta de 16,2% na base anual.
O investidor ainda deve permanecer de olho nos desdobramentos da pauta sobre o ICMS nas casas legislativas. A reforma do imposto de renda e a PEC dos precatórios seguem no radar. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, as pautas devem ser aprovadas até o final do ano.
De olho na inflação
O medo inflacionário segue no radar do investidor internacional. Na noite de ontem (13), os números de inflação ao produtor na China pesaram nas bolsas, enquanto os preços ao consumidor nos Estados Unidos também subiram acima do esperado.
Dessa forma, a ata da última reunião do Federal Reserve gerou altas expectativas para o tapering. De acordo com o Banco Central norte-americano, a retirada dos estímulos da economia deve começar este ano e terminar em meados de 2022.
A proposta prevê reduções mensais de US$ 10 bilhões na compra de títulos do Tesouro norte-americano e US$ 5 bilhões em títulos lastreados em hipotecas. Atualmente, o Fed compra US$ 120 em títulos por mês.
Assim, a enxurrada de dinheiro que o Fed injetou na economia durante a pior fase da pandemia de covid-19 deve acabar e os investidores devem ajustar suas posições nos próximos meses.
Outras crises
Além disso, a falta de energia deve servir como plano de fundo, juntamente com uma possível crise de abastecimento dos Estados Unidos. Especialistas afirmam que existe um gargalo logístico nos portos americanos que pode ser um dos culpados pela alta da inflação.
Na tarde da última quarta-feira, o presidente americano Joe Biden afirmou que deve manter os portos estadunidenses abertos durante a madrugada para manter o fluxo de mercadorias para o país. Especialistas, entretanto, acreditam que a medida não será suficiente.
Além dos balanços e inflação, o investidor internacional deve ficar de olho nos pedidos de auxílio-desemprego de hoje, após o payroll na semana passada vir muito abaixo do esperado.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta quinta-feira majoritariamente em alta , seguindo o comportamento de Wall Street de ontem. A inflação ao produtor chinesa pesou na bolsa de Xangai, que caiu durante a sessão.
Já na Europa, as bolsas sobem puxadas pelo setor de mineração e tecnologia, à espera da nova temporada de balanços das empresas.
Enquanto isso, os futuros de Nova York operam majoritariamente em alta, apesar da inflação ao consumidor (CPI, em inglês) vir acima do esperado ontem. No dia de hoje, devem ser divulgados os números de inflação ao produtor.
Agenda do dia
- IBGE: Volume de serviços em agosto (9h)
 - Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
 - Estados Unidos: PPI e núcleo do PPI (9h30)
 - Estados Unidos: Estoques de petróleo (11h30)
 - Estados Unidos: Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva participa de painel sobre economia global (14h)
 
Balanços
- Estados Unidos: Wells Fargo (antes da abertura)
 - Estados Unidos: Bank of America (antes da abertura)
 - Estados Unidos: Citigroup (antes da abertura)
 - Estados Unidos: Morgan Stanley (antes da abertura)
 - Estados Unidos: UnitedHealth (antes da abertura)
 - Estados Unidos: Alcoa (após o fechamento)
 
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
