Esquenta dos mercados: Bolsa deve reagir ao tom ‘agressivo’ do Copom com aumento da Selic e esperar por dados de inflação na sexta-feira
A PEC dos precatórios deve ficar em segundo plano, enquanto os investidores ajustam suas posições para uma alta mais intensa dos juros

Os investidores sabem que o mercado, de maneira geral, não gosta de surpresas. Quanto mais previsível for o dia a dia, melhor para quem se arrisca na bolsa brasileira. E a notícia de que o Banco Central manteve o plano de aumentar a Selic em 150 pontos-base é motivo suficiente para o Ibovespa acalmar os nervos no pregão desta quinta-feira (09).
A notícia só foi divulgada após o encerramento da sessão de ontem (08), quando o Ibovespa conseguiu emplacar mais uma alta de 0,50%, aos 108.096 pontos. O dólar à vista recuou 1,49%, a R$ 5,5348.
A PEC dos precatórios, apesar da importância dos últimos dias, deve ficar em segundo plano frente aos ajustes que o mercado deve fazer com a perspectiva de que os juros básicos voltem para os dois dígitos em 2022.
O exterior vive uma manhã mista hoje. Se, por um lado, o anúncio de que três doses da vacina da Pfizer são eficazes contra a variante ômicron, por outro, os países devem se preparar para as festas de final de ano. O Reino Unido já levantou uma série de novas medidas para conter o coronavírus, mas Boris Johnson ainda precisa lidar com uma crise política.
Confira o que deve movimentar a bolsa hoje:
Selic lá em cima
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou os juros pela sétima vez seguida na última reunião do colegiado em 2021. Dessa forma, a Selic encerrará o ano em 9,25%.
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Essa não é exatamente uma novidade para os investidores, que já esperavam um aumento dos juros na casa dos 1,50 ponto porcentual. Mas o tom mais agressivo (hawkish, no jargão do mercado) do BC contra a inflação deve se refletir em novos aumentos nas próximas reuniões em 2022.
O plano de voo do Banco Central já contratou um novo aumento de 150 pontos-base na próxima reunião em fevereiro e não descarta um aperto ainda maior mais para frente, o que gerou uma reação dos analistas.
“Nu” exterior
Ontem o Nubank precificou suas ações em US$ 9,00 (R$ 49,77 no fechamento de ontem) na abertura de capital na NYSE com 289 ações vendidas, o equivalente a US$ 2,6 bilhões.
Dessa forma, a “empresa do cartão roxo” se tornou a instituição financeira mais valiosa da América Latina. As ações começam a ser negociadas hoje com o ticker “NU”.
Compasso de espera
A inflação dos Estados Unidos, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês), deve ser divulgada apenas amanhã, mas os investidores já começam a sentir a cautela a partir desta quinta-feira.
Um dos fatores que preocupa os analistas são os gargalos estruturais para distribuição de mercadorias. Esse problema deve ser resolvido com o pacote de infraestrutura de Joe Biden, que conseguiu apoio do partido republicano para investir US$ 1 trilhão em portos e rodovias.
Contudo, o teto de gastos americano segue em debate no Congresso. A secretaria do Tesouro, Janet Yellen, conseguiu fôlego até fevereiro, mas os congressistas e analistas do mercado seguem preocupados com o descontrole das contas públicas, de acordo com o Market Watch.
Crise na terra da rainha
O Reino Unido anunciou na última quarta-feira (08) uma série de medidas para conter o avanço da covid-19 no país, entre elas a exigência do passaporte da vacina e a volta do trabalho presencial.
Contudo, o primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, enfrenta uma crise política após participar de uma confraternização de Natal no ano passado, quando as festas estavam proibidas no Reino Unido.
Bolsas pelo mundo
A notícia de que três doses da vacina da Pfizer são eficazes contra a variante ômicron da covid-19 fez os índices da Ásia encerrarem o pregão em alta. Maiores informações sobre a nova cepa do coronavírus devem sair entre o final desta semana e a próxima.
Na Europa, a sessão abriu com certa cautela, à espera de novidades sobre a ômicron, e as principais praças operam sem direção definida. Ontem (08), Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, anunciou novas restrições para conter o avanço da covid no país.
Já os futuros de Nova York apontam para uma abertura em terreno negativo antes da inflação dos EUA, divulgada nesta sexta-feira (10).
Agenda do dia
- FGV: IGP-M de dezembro e IPC-S Capitais (8h)
- IBGE: Pesquisa Industrial Mensal Regional de outubro (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (10h30)
- Estados Unidos: Departamento de comércio divulga estoques no atacado em outubro (12h)
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
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