Siderúrgicas esfriando: Itaú BBA corta recomendação para Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3); só Gerdau (GGBR4) segue como compra
O Itaú BBA está mais cauteloso com CSN (CSNA3) e Usiminas PNA (USIM5), dadas as perspectivas para o setor; Gerdau PN (GGBR4) é a top pick
Quem comprou ações de siderúrgicas lá atrás, se deu bem: os papéis acumulam ganhos expressivos nos últimos 12 meses. CSN ON (CSNA3) triplicou de valor, enquanto Usiminas PNA (USIM5) tem ganho de 135%; Gerdau PN (GGBR4) sobe 70% — um desempenho não tão intenso, mas nada desprezível.
Só que, para o Itaú BBA, a festa está começando a acabar. Em relatório publicado há pouco, o banco manteve apenas a Gerdau com recomendação de compra — a empresa é apontada pela instituição como a melhor escolha no setor. Já CSN e Usiminas foram rebaixadas a market watch (semelhante a neutro).
Não, o Itaú BBA não aposta numa queda vertiginosa no preço do minério de ferro. Na verdade, o banco acredita que as cotações da commodity ainda têm espaço para continuar subindo no curto prazo. Mas, com a demanda por aço se normalizando a partir de 2022, o segmento tende a entrar numa espécie de acomodação.
Tanto é que os preços-alvos das três empresas para o ano que vem foi reduzido em relação às projeções para 2021. CSN, Usiminas e Gerdau ainda têm potencial para valorização, mas ele é cada vez mais enxuto — veja o quadro abaixo:
| Código | Recomendação | Preço-alvo 21 | Preço-alvo 22 | Cotação hoje | Potencial | |
| CSN | CSNA3 | De compra para neutro | 61,00 | 48,00 | 41,36 | +16,1% |
| Usiminas | USIM5 | De compra para neutro | 28,00 | 24,00 | 20,38 | +17,8% |
| Gerdau | GGBR4 | Mantido em compra | 45,00 | 40,00 | 30,17 | +32,6% |
CSN x Usiminas x Gerdau: cenário
Em relatório, os analistas Daniel Sasson, Ricardo Monegaglia e Edgard de Souza destacam que os resultados das siderúrgicas devem continuar bastante fortes no segundo semestre de 2021. Por um lado, as projeções do Itaú BBA para a cotação do minério de ferro subiram de US$ 155 a US$ 170 a tonelada ao fim do ano; por outro, os preços do aço no mercado local devem continuar avançando — um cenário amplamente favorável às empresas.
"Os preços domésticos do aço aumentaram entre 16% e 26% no segundo trimestre, e novas altas de 5% a 10% são esperados para o trimestre atual", escrevem os analistas. "Para o ano, calculamos que o preço médio do aço no Brasil será de 70% a 80% maior em relação a 2020".
Leia Também
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Vale lembrar que, no ano passado, o reajuste das usinas siderúrgicas ao mercado local já foi da ordem de 90%.
Dito isso, o banco pondera que muito desse pano de fundo benéfico já está incorporado às ações das siderúrgicas; sendo assim, o eventual bom desempenho das empresas ao longo do segundo semestre de 2021 não causaria grandes impulsos aos papéis de CSN, Usiminas e Gerdau.
O que não está completamente precificado é o aumento nos desafios ao setor a partir de 2022: os dados mais recentes de produção de aço na China já mostram uma tendência de desaceleração — e, considerando os ganhos acumulados nas ações nos últimos meses, a relação entre risco e retorno pode não ser mais tão atrativa.
CSN (CSNA3): maior pressão nos custos
Para a CSN, o Itaú BBA pondera que o aumento nos preços domésticos do aço deve ser parcialmente ofuscado pela elevação nos custos de mineração. Assim, por mais que as perspectivas para a empresa em 2021 sejam bastante positivas, com o Ebitda da divisão de produtos siderúrgicos quadruplicando, o cenário requer alguma cautela.
Usiminas (USIM5): vulnerabilidade no fluxo de caixa
No caso da Usiminas, os maiores volumes produzidos de aço e preços mais elevados tendem a dar impulso ao Ebitda e à geração livre de caixa no curto prazo. No entanto, o banco acredita que a normalização no preço do minério de ferro no médio prazo tende a afetar os resultados da empresa já a partir de 2023.
Gerdau (GGBR4): mais exposta ao mercado global
Para a Gerdau, o Itaú BBA vê um Ebitda de R$ 20,2 bilhões em 2021, com margens de 39% no Brasil e 17% na América do Norte — níveis considerados 'muito fortes' pela casa. Em 2022, com a normalização da dinâmica global do minério de ferro, o banco prevê Ebitda de R$ 13,8 bilhões.
"Gostamos da maior exposição da Gerdau ao mercado externo em comparação com seus pares, que são muito dependentes do preço do minério de ferro", escrevem os analistas.
O Itaú BBA também fez as contas de valuation implícito para as três empresas em 2022, considerando o múltiplo EV/Ebitda (valor da firma dividido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização em 12 meses). Em geral, quanto menor o resultado, mais descontadas estão as ações. Veja abaixo o resultado:
- CSNA3: 3,6x
- USIM5: 6,1x
- GGBR4: 4,0x

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
