Cosméticos na bolsa: saiba mais sobre o IPO da Coty, dona das marcas Monange, Risqué e Bozzano
O IPO da Coty diz respeito às operações brasileiras da companhia, controlada por uma gigante global de cosméticos. A oferta é primária e secundária
Se você está pensando em dar um trato no visual ou em investir em alguma nova empresa na bolsa, não se preocupe: vem aí o IPO da Coty, dona de marcas como Monange, Risqué, Bozzano e Cenoura & Bronze no Brasil — e que pretende captar recursos para continuar crescendo no país.
A companhia protocolou há pouco na CVM os documentos preliminares para a abertura de capital. Detalhes como a faixa de preço pretendida ou a quantidade de ações a serem vendidas ainda não são conhecidos, mas alguns números operacionais e estratégicos já estão disponíveis aos potenciais investidores.
A Coty, na verdade, é uma gigante global do setor de cosméticos e fragrâncias. Fundada na França e sediada nos Estados Unidos, a empresa comprou toda a divisão de beleza da Procter & Gamble em 2015, numa transação de US$ 15 bilhões. No mundo, a Coty é responsável por marcas como Wella, Max Factor e Rimmel.
O IPO da Coty na B3 diz respeito apenas às operações brasileiras do conglomerado, iniciadas em 2015, a partir da aquisição do portfólio de cosméticos da Hypermarcas. De lá para cá, o negócio passou por altos e baixos: em 2019, a empresa pensou em se desfazer do negócio no país, procurando ativamente por um potencial comprador. No entanto, a recuperação na demanda e o aquecimento do mercado de ações provocaram uma mudança brusca nos planos.
"Somos uma das quatro maiores indústrias de beleza e cuidados pessoais de varejo no Brasil em participação
de mercado e a segunda maior em termos de penetração", diz a Coty, no prospecto preliminar do IPO, citando dados de 2020 da Nielsen — ela é líder nos segmentos de cosméticos, barbear, coloração capilar masculina, hair styling
masculino e esmaltes.
Marcas de peso
O portfólio da Coty no Brasil conta com algumas marcas tradicionais, como Monange, Bozzano e Risqué; as três, juntas, representam quase 70% da receita da empresa:
- Monange: 42% da receita líquida;
- Bozzano: 14% da receita líquida;
- Risqué: 13% da receita líquida.
A Coty também é dona das marcas Paixão, Biocolor, Cenoura & Bronze, Bitufo e Sanifill. No segmento de fragrâncias, é responsável pela distribuição de bandeiras de luxo, como Calvin Klein, Hugo Boss, Tiffany, Burberry e Gucci.
IPO da Coty: os números da empresa e da oferta
O IPO da Coty no Brasil será primário (novas ações serão emitidas e vendidas ao mercado, com os recursos indo para o caixa da empresa) e secundário (os atuais acionistas vendem suas ações e embolsam o lucro). No caso, o acionista vendedor é a própria Coty global, dona de 99,9% da subsidiária.
Em termos financeiros, as operações locais da Coty tiveram receita líquida de R$ 605 milhões no primeiro semestre deste ano, cifra 15,2% maior que a registrada no mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado — o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — foi de R$ 116 milhões, 16% acima na mesma base de comparação.
Também chama a atenção o fato de a Coty contar com um caixa líquido de R$ 75 milhões ao fim do segundo semestre; em geral, IPOs de empresas com alto endividamento são vistos com ressalva pelo mercado, uma vez que a captação de recursos tem como destino a quitação dos compromissos financeiros.
Tanto é que a Coty afirma, no prospecto preliminar, que o dinheiro captado na oferta primária será usado para a expansão digital da companhia e para o desenvolvimento de produtos e marketing das categorias de beleza e cuidados pessoais.
Petrobras (PETR4): e se a melhor e pior notícia que a empresa poderia dar vierem juntas, o que seria das ações?
De uns tempos para cá, a Petrobras vem testando os nervos dos investidores. Há alguns dias, rumores de que os saudosos dividendos extraordinários que foram retidos pela companhia finalmente poderiam sair, o que animou o mercado — e fez as ações saltarem. Mas logo veio um potencial balde de água fria: Aloizio Mercadante poderia assumir […]
Bolsa hoje: Nova York e Petrobras (PETR4) contaminam Ibovespa, que fecha próximo da estabilidade; dólar tem leve alta a R$ 5,25
RESUMO DO DIA: Para acertar o alvo, às vezes é preciso mais de uma flecha, ainda que a mira esteja no ponto certo. Mesmo com as incertezas sobre os juros e a questão fiscal no ar, o Ibovespa conseguiu terminar o dia em tom positivo. O principal índice da bolsa brasileira ficou próximo da estabilidade […]
Smart Fit (SMFT3) vai virar “monstro”? Banco recomenda compra das ações e vê espaço para rede de academias dobrar de tamanho
Os analistas do JP Morgan calcularam um preço-alvo de R$ 31 para os papéis da Smart Fit (SMFT3), o que representa um potencial de alta da ordem de 30%
Ozempic que se cuide! Empresa de biotecnologia faz parceria para distribuir caneta do emagrecimento no Brasil e ações disparam quase 40%
Com o anúncio, a Biomm conquistou R$ 1,2 bilhão em valor de mercado na B3; a comercialização do similar do Ozempic deve ainda passar pelo crivo da Anvisa
Bolsa hoje: Vale (VALE3) não é suficiente e Ibovespa fecha em queda na esteira de Nova York; dólar cai a R$ 5,24
RESUMO DO DIA: O Ibovespa até tentou interromper o ciclo de quedas com o forte avanço do minério de ferro e a prévia do PIB, mas o tom negativo de Nova York falou mais alto e arrastou o principal índice da bolsa brasileira. Com isso, o Ibovespa terminou o pregão em baixa de 0,17%, aos […]
O fracasso das empresas “sem dono” na B3. Por que o modelo das corporations vai mal na bolsa brasileira
São vários exemplos e de inúmeros setores de companhias sem uma estrutura de controle que passaram por graves problemas ou simplesmente fracassaram
Fundo imobiliário BTLG11 fecha acordo de quase R$ 2 bilhões por portfólio de imóveis em SP
O FII deve adquirir 11 ativos, com cerca de 550 mil metros quadrados prontos e performados
Auren (AURE3) fica de fora da segunda prévia do Ibovespa, que agora conta com a entrada de apenas uma ação
Se a previsão se confirmar, a carteira do Ibovespa contará com 87 ações de 84 empresas a partir de maio
Bolsa hoje: Ibovespa cai pela quinta vez seguida pressionado por juros nos EUA e questão fiscal; dólar fecha no maior nível em 13 meses, a R$ 5,26
RESUMO DO DIA: A perspectiva de juros elevados por mais tempo nos Estados Unidos ganhou força mais uma vez e, combinada com a preocupação com o cenário fiscal doméstico, gerou mais lenha para a bolsa brasileira aumentar as cinzas. Pela quinta vez consecutiva, o Ibovespa terminou o dia no vermelho, com queda de 0,75%, aos […]
Bolsas hoje: Ibovespa recua com pressão de bancos e Wall Street no vermelho; dólar sobe a R$ 5,18
RESUMO DO DIA: O Ibovespa terminou a sessão desta segunda-feira (15) no vermelho, pressionado pelo desempenho dos bancos, que recuaram em meio à crescente aversão ao risco no mercado hoje. O principal índice de ações da B3 fechou o pregão em baixa de 0,49%, aos 125.333 pontos. Já o dólar à vista avançou 1,25%, aos […]
Leia Também
-
A bolsa está valendo menos? Por que esse bancão cortou o preço-alvo das ações da B3 (B3SA3) — e você deveria estar de olho nisso
-
Bolsa hoje: Nova York e Petrobras (PETR4) contaminam Ibovespa, que fecha próximo da estabilidade; dólar tem leve alta a R$ 5,25
-
Vai decidir quando? Oi (OIBR3) adia pela quarta vez assembleia de credores que votará plano de recuperação judicial — ações tocam mínima na bolsa