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Jasmine Olga

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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO DO DIA

Commodities limitam queda, mas Ibovespa cede quase 1% com novos temores em torno da PEC dos precatórios; juros futuros disparam

Depois de subir mais de 1% no começo do dia, o Ibovespa voltou a apresentar fraqueza diante de ruídos em torno da PEC dos precatórios. O mercado de juros pesou no resultado final

Jasmine Olga
Jasmine Olga
22 de novembro de 2021
20:02 - atualizado às 21:53
Congresso Mercados Baixa
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Inflação acima da meta, projeções pessimistas de crescimento e uma nuvem de incerteza sobre o futuro fiscal do país não costumam ser elementos que sustentam um clima positivo nos negócios, ainda que pelas primeiras horas do pregão desta segunda-feira (22) o Ibovespa tenha tentado pegar carona no bom momento das empresas de commodities metálicas.

Nem mesmo a alta de quase 6% das ações da Vale, empresa de maior peso na carteira teórica do Ibovespa, conseguiu impedir que o índice voltasse a ceder com o peso das nossas incertezas fiscais e mais uma escalada dos juros futuros, já que os analistas continuam revisando para cima a projeção para a inflação em 2021 e 2022. Confira as taxas de fechamento do dia:

  • Janeiro de 2022: de 8,57% para 8,64%
  • Janeiro de 2023: de 12,17% para 12,34%
  • Janeiro de 2025: de 11,93% para 12,11%
  • Janeiro de 2027: de 11,83% para 11,96%

O dia reservou de tudo um pouco. Com a empolgação da confirmação de que Jerome Powell deve seguir como presidente do Federal Reserve, o banco central americano, o Ibovespa chegou a subir mais de 1,50%.

O pessimismo com a situação fiscal do país, no entanto, levou o principal índice da bolsa brasileira a fechar nas mínimas, em queda de 0,89%, aos 102.122 pontos. Após a alta recente, o dólar à vista caiu 0,27%, aos R$ 5,5936, mas chegou a avançar pontualmente.

Se na semana passada o mercado financeiro ficou mais “conformado” e recebeu de bom grado a notícia de que o Senado pretende facilitar a aprovação da PEC dos precatórios, fatiando o texto, hoje os investidores voltaram a ficar preocupados após a participação do secretário especial do Tesouro, Esteves Colnago, em comissão no Senado.

O secretário apresentou novos cálculos que mostram que a folga no teto de gastos deve ser maior do que a inicialmente prevista — R$ 106,1 bilhões ao invés de R$ 91,6 bi. Mas boa parte desse valor já se encontra comprometido, o que deixa apenas R$ 1,1 bilhão livre para que o governo cumpra promessas como o subsídio do gás de cozinha para as famílias mais carentes, o auxílio para compra de diesel para os caminhoneiros e outros gastos que possam aparecer em ano eleitoral.

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Isso sem falar na grande aposta do governo — o Auxílio Brasil. Ainda não há um consenso sobre o caráter temporário da medida, o que gera ainda mais incertezas sobre a origem dos recursos para financiá-la.

O Senado deve apreciar o tema na próxima quarta-feira, mas Colnago já avisou que, caso a PEC não seja aprovada, há risco de o governo declarar estado de calamidade próximo do 1º turno da eleição presidencial do ano que vem.

O começo da semana também reservou algumas novidades no noticiário corporativo:

Tirando do caminho

O feriado do Dia de Ação de Graças deixa a semana mais curta nos Estados Unidos, o que acelerou a decisão do presidente Joe Biden para o comando do Federal Reserve, uma resposta muito aguardada pelo mercado. 

Biden indicou Jerome Powell para mais um mandato à frente do Federal Reserve, com a promoção da diretora Lael Brainard ao cargo de vice-presidente. Em um primeiro momento, a notícia empolgou as bolsas globais, mas o ânimo arrefeceu conforme os discursos de Biden e Powell foram proferidos durante a tarde. 

Com o combate à inflação como tema central, os retornos dos títulos do Tesouro americano voltaram a disparar, indicando o temor de uma retirada dos estímulos monetários de forma mais rápida, levando a um aumento antecipado dos juros — o que acabou tirando o brilho das bolsas americanas e fez com que o Nasdaq e o S&P 500 fechassem em queda firme. 

Sobe e desce do Ibovespa

Quem conseguiu resistir à virada de tempo na bolsa foram as ações do setor de commodities, após o avanço de mais de 4% do minério de ferro - que voltou a ficar próximo dos US$ 100 por tonelada -, e do petróleo. 

A TIM acabou ficando de fora do top 5, mas também foi um dos principais destaques do dia. A sua controladora, a Telecom Italia, recebeu uma proposta de compra de US$ 12 bilhões da KKR. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
VALE3Vale ONR$ 67,595,56%
BRAP4Bradespar PNR$ 48,034,46%
USIM5Usiminas PNAR$ 12,612,94%
GGBR4Gerdau PNR$ 25,432,58%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 10,562,13%

A alta da inflação e dos juros mais uma vez pesou contra as empresas de tecnologia, bancos e varejo, ainda que a primeira metade do pregão tenha sido positiva para esses setores. Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVAR
BIDI11Banco Inter unitR$ 35,05-14,11%
BIDI4Banco Inter PNR$ 11,88-12,65%
LWSA3Locaweb ONR$ 13,66-9,24%
CASH3Méliuz ONR$ 3,68-7,30%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 5,49-6,79%

*Colaboração de Marcio Lórega, gerente de research do Pagbank

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