Queda na bolsa no mês de julho deixou retorno dos fundos imobiliários mais atrativo
Para analistas do Banco Inter, queda dos FII em julho foi apenas um ajuste; com juro baixo e preço menor, rentabilidade potencial cresceu

Apesar da valorização dos ativos de risco no mês de julho, quando o Ibovespa teve uma alta de mais de 8%, os fundos imobiliários tiveram um desempenho surpreendentemente negativo.
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) caiu 2,61%, num aparente movimento de correção em relação às altas dos meses anteriores. A queda foi maior entre os fundos de tijolo, aqueles que investem diretamente nos imóveis físicos.
O índice IFI-E, que reúne os FII com essas características e é calculado pelo Banco Inter, recuou 3,7% no mês. Já o IFI-D, índice de FII de papel, que só investem em fundos de fundos ou fundos de ativos de renda fixa atrelados ao mercado imobiliário, caiu 2,4%.
"Atribuímos essa performance negativa dos FIIs a uma acomodação do mercado após as altas sucessivas entre abril e junho e também ao movimento de novas ofertas que retomaram em julho e tendem a pressionar o valor das cotas dos fundos no período pré emissão", diz relatório do Banco Inter assinado pelos analistas Rafaela Vitória e Fabiano Ferrari.
Aliado à perspectiva de juros menores - o que acabou se concretizando com o recente corte da Selic a 2% ao ano -, o ajuste acabou contribuindo para deixar os retornos dos fundos imobiliários ainda mais atrativos.
Isso porque se os valores dos rendimentos que vêm sendo distribuídos normalmente permanecerem os mesmos, o retorno percentual será maior para os investidores que optarem por adquirir cotas com os preços mais depreciados.
Leia Também
Segundo o relatório, após o recuo nos preços das cotas em julho, o dividendo médio esperado passou a ser de 5% para os FII de tijolo e 6% para os FII de papel, uma diferença em torno de 4%, em média, em relação ao retorno real pago pelos títulos públicos atrelados à inflação com prazo de cinco anos, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B), hoje próximo de 1,6%.
Esses títulos têm retorno corrigido pela inflação, como os imóveis, mas são considerados conservadores por terem garantia do governo federal. Para justificarem o risco, investimentos no mercado imobiliário devem ser capazes de superar justamente a parte real da remuneração desses papéis, aquela que excede a inflação.
"Caso a taxa de juros se mantenha nesse patamar, há espaço para os fundos terem valorização com a redução do spread", acrescenta o relatório do Inter.
No ano, até o final de julho, o IFI-E ainda acumula queda de 17,2%, enquanto o IFI-D, menos volátil, cai apenas 9,7% No caso dos fundos de tijolo, os mais atingidos no mês passado foram os de agências bancárias, em razão da tentativa de renegociação não prevista de aluguéis entre o Santander e o fundo RBVA11, dono das suas agências, que contaminou o segmento.
O melhor desempenho ficou por conta dos fundos de galpões logísticos, beneficiados pelo impulsionamento do e-commerce pela pandemia e pelo conservadorismo dos contratos desse tipo de imóvel.
Fundos de shopping centers foram beneficiados pela continuidade do movimento de abertura dos shoppings, e fundos de lajes corporativas tiveram desempenho misto, sendo mais penalizados aqueles com alta vacância e pouca diversificação de inquilinos.
Cessar-fogo no radar dos investidores: Ibovespa se aproxima dos 140 mil pontos, enquanto dólar e petróleo perdem fôlego
O Irã sinaliza que busca um fim para as hostilidades e a retomada das negociações sobre seu programa nuclear
17 OPA X 0 IPO: Em meio à seca de estreias na bolsa, vimos uma enxurrada de OPAs — e novas regras podem aumentar ainda mais essa tendência
Mudança nas regras para Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) que entram em vigor em 1º de julho devem tornar mais simples, ágil e barato o processo de aquisição de controle e cancelamento de registro das companhias listadas
Dividendos bilionários: JBS (JBSS32) anuncia data de pagamento de R$ 2,2 bilhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Após o pagamento dos dividendos, há ainda uma previsão de leilão das frações de ações do frigorífico
Quatro fundos imobiliários estão em vias de dizer adeus à B3, mas envolvem emissões bilionárias de outros FIIs; entenda o imbróglio
A votação para dar fim aos fundos imobiliários faz parte de fusões entre FIIs do Patria Investimentos e da Genial Investimentos
É hora de comprar Suzano? Bancão eleva recomendação para ações e revela se vale a pena colocar SUZB3 na carteira agora
O Goldman Sachs aponta quatro razões principais para apostar nas ações da Suzano neste momento; veja os pilares da tese otimista
Méliuz (CASH3) levanta R$ 180,1 milhões com oferta de ações; confira o valor do papel e entenda o que acontece agora
O anúncio de nova oferta de ações não foi uma surpresa, já que a plataforma de cashback analisava formas de levantar capital para adquirir mais bitcoin
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado