Sem clima para ampliar ganhos, mercados voltam a mergulhar no campo negativo
Após dias de ganhos expressivos, mercados globais põe o pé no freio, afetados pela segunda onda de covid-19 na Europa

Depois dos dias de ganhos expressivos, os agentes financeiros globais colocam o pé no freio. As razões para esse movimento também são velhas conhecidas: a segunda onda na Europa parece mais forte do que nunca e a economia global parece não se recuperar na velocidade desejada.
A volta dos ruídos políticos em Brasília deixa o mercado local apreensivo, mas o dia é recheado de balanços corporativos para serem digeridos - o que pode ajudar o Ibovespa a limitar as perdas e até mesmo tentar fôlego para se manter no azul.
Pausa no rali
Após seis altas consecutivas, a bolsa brasileira interrompeu a sequência positiva nesta quarta-feira. A razão para o azedume nos mercados foram as falas do presidente Jair Bolsonaro feitas na véspera.
O presidente foi insensível ao falar da situação do coronavírus - falando que o Brasil era um país de maricas - e mostrou desconforto com a possibilidade de sanções econômicas por parte do governo Biden, em retaliação às políticas ambientais ineficientes de seu governo, dizendo que 'quando a sáliva acaba, tem que ser pólvora'.
Para além disso, os investidores também pesaram uma possibilidade de prolongamento do auxílio emergencial - que tem grande impacto na já deteriorada situação fiscal do país -, após o presidente declarar "Se acaba o auxílio, como ficam quase 40 milhões de invisíveis, que perderam tudo?".
Com essa nuvem cinza em Brasília, o Ibovespa caiu 0,25%, aos 104.810 pontos. O dólar também foi pressionado, subindo 0,4%, a R$ 5,4161.
Leia Também
Vasculhando os números
O cenário externo negativo e o clima tenso em Brasília sem dúvida influenciam de forma negativa os mercados. Porém, os resultados do terceiro trimestre das empresas do Ibovespa podem limitar a queda. Confira aqui os principais números que devem mexer com o mercado hoje. Após o fechamento dos mercados, B3 e Sabesp são o destaque, com as divulgações dos números dos últimos três meses.
Coronavírus em pauta (de novo)
Se uma possível vacina animou os investidores nos últimos dias, hoje é a preocupação com a possibilidade de uma segunda onda e uma recuperação econômica mais lenta que dita o ritmo dos negócios.
A preocupação com uma recuperação econômica aquém da velocidade esperada é sustentada por dados fracos da economia europeia. A produção industrial da zona do euro e do Reino Unido frustraram as expectativas e vieram abaixo das estimativas.
Outro ponto de tensão que começa a pesar nos mercados é a transição de poder nos Estados Unidos, que se mostra cada vez mais complicada para o democrata e presidente eleito Joe Biden. No entanto, Biden segue tocando o processo e começa a anunciar os primeiros nomes do seu gabinete.
As altas recentes também deflagram um movimento de realização de lucros. Assim, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda durante a madrugada. Os índices futuros em Nova York e as principal praças europeias também operam no vermelho.
Agenda
O mercado aguarda com apreensão o volume de serviços do Brasil em setembro (9h). A expectativa é de que o índice avance 1,6% no mês ante agosto.
Nos Estados Unidos, dados da inflação são aguardados (CPI - 10h30), assim como um pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje