Ibovespa amplia ganhos com sinais do Fed, mas dólar mostra cautela antes do Copom
O Ibovespa exibe um ligeiro viés positivo, andando em linha com as demais bolsas globais. O dólar, por outro lado, segue pressionado, aguardando a decisão de juros do BC
A sessão desta quarta-feira (17) é mais amena nos mercados acionários globais, com um viés positivo tomando conta das principais bolsas do mundo — um clima que dá sustentação ao Ibovespa. O câmbio, contudo, continua sob pressão: o dólar à vista opera em alta, mostrando certa cautela dos investidores antes da decisão do Copom.
Por volta de 15h15, o Ibovespa avançava 3,01%, aos 96.318,85 pontos, aproveitando o clima positivo visto lá fora: na Europa, as principais praças tiveram ganhos moderados; nos EUA, o Nasdaq sobe 0,76% e o S&P 500 tem alta de 0,29% e o Dow Jones valoriza 0,10%.
No câmbio, o dólar à vista subia 0,18% no mesmo horário, a R$ 5,2432, engatando a quinta sessão consecutiva de valorização ante o real — no exterior, a divisa americana apresenta comportamento relativamente estável em relação às demais moedas de países emergentes.
- Eu gravei um vídeo para explicar um pouco melhor a importância da decisão do Copom para os mercados e falar mais da dinâmica da sessão desta quarta-feira. Veja abaixo:
Os sinais de recuperação econômica vistos nos EUA, somados aos pacotes de auxílio à atividade que podem ser lançados pelo governo americano, continuam mantendo o bom humor nas bolsas globais. Contudo, incertezas quanto a uma segunda onda do coronavírus no mundo reduzem o ritmo de ganhos dos mercados acionários.
Na China e no restante da Ásia, há o temor de que a Covid-19 poderá ter um novo pico — medidas de reabertura econômica começaram a ser implantadas mais cedo no continente e, assim, há a percepção de que o relaxamento no isolamento social poderá provocar uma ressurgência nos casos da doença.
O clima melhorou nas bolsas neste início de tarde: há pouco, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou ao Congresso dos EUA que a instituição ainda tem recursos disponíveis para continuar ajudando a economia do país.
Leia Também
A fala ocorre um dia após Powell sinalizar que os estímulos econômicos por parte do BC americano seriam reduzidos assim que a atividade começasse a se estabilizar — o que provou certa turbulência nos ativos na sessão passada.
A nova declaração, contudo, serviu para acalmar as dúvidas dos investidores e permitiu que as bolsas voltassem a ganhar força, inclusive no Brasil.
De olho no Copom
Por aqui, as atenções estão voltadas ao Copom, que decidirá o futuro da taxa Selic após o fechamento dos mercados — um novo corte de 0,75 ponto é dado como certo pelos investidores, mas ainda não há consenso quanto aos próximos passos da autoridade monetária.
Por mais que o BC tenha sinalizado, na última reunião, que o corte de hoje seria o último do atual ciclo, muitos acreditam que a fraqueza mostrada pela economia brasileira e as pressões inflacionárias praticamente inexistentes abrem espaço para que a Selic continue sendo reduzida em 2020.
Nesse cenário, o diferencial de juros entre EUA e Brasil diminuiria ainda mais, já que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) já disse que não pretende cortar ainda mais as taxas. E, em linhas gerais, quanto menor essa diferença, maior é a pressão sobre a taxa de câmbio.
Sendo assim, o dólar à vista segue em alta nesta quarta-feira, com os investidores mostrando cautela em relação aos próximos passos do BC em relação à Selic e aos inúmeros fatores domésticos de risco. Já a bolsa avança, em meio à percepção de que a migração da renda fixa para a variável será ainda mais intensa com os juros mais baixos.
No mercado de juros futuros, o tom é de relativa estabilidade: os DIs mais curtos precificam um corte de 0,75 ponto na Selic — e com espaço para mais reduções neste ano:
- Janeiro/2021: de 2,10% para 2,09%;
- Janeiro/2021: de 3,09% para 3,03%;
- Janeiro/2023: de 4,17% para 4,10%;
- Janeiro/2025: de 5,77% para 5,69%.
Top 5
As ações da Eletrobras aparecem entre os destaques positivos do Ibovespa, tanto as ONs (ELET3) quanto as PNBs (ELET6) — segundo o jornal O Globo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha para fazer a privatização da empresa ainda neste ano. Veja abaixo as cinco maiores altas do índice:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| ELET3 | Eletrobras ON | 31,99 | +11,00% |
| YDUQ3 | Yduqs ON | 34,44 | +7,59% |
| ELET6 | Eletrobras PNB | 32,93 | +7,09% |
| CYRE3 | Cyrela ON | 22,27 | +6,35% |
| BTOW3 | B2W ON | 106,24 | +6,16% |
Confira também as maiores baixas da sessão:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| BEEF3 | Minerva ON | 13,63 | -2,15% |
| GOLL4 | Gol PN | 18,90 | -1,36% |
| CSNA3 | CSN ON | 11,22 | -0,71% |
| EMBR3 | Embraer ON | 9,02 | -0,33% |
| CVCB3 | CVC ON | 19,71 | -0,30% |
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
