Ibovespa respira e sobe mais de 1%, mas dólar segue pressionado e chega a R$ 4,14
O Ibovespa se recupera das perdas recentes e opera em alta nesta segunda-feira (13), aproveitando-se do tom positivo visto nas bolsas globais; já o dólar segue pressionado e volta aos níveis de 11 de dezembro

Depois de seis baixas consecutivas, o Ibovespa dá sinais de que poderá finalmente ter uma sessão positiva. O principal índice da bolsa brasileira aproveita o bom humor visto lá fora e opera em alta nesta segunda-feira (13), recuperando parte do terreno perdido recentemente.
- Leia também [Patrocinado]: as três melhores ações para 2020
Por volta de 17h05, o Ibovespa avançava 1,42%, aos 117.143,87 pontos, perto das máximas do dia. O mercado acionário brasileiro vai apresentando desempenho superior ao das bolsas americanas: o Dow Jones sobe 0,20%, o S&P 500 tem ganho de 0,58% e o Nasdaq valoriza 0,89%.
Essa calmaria, no entanto, não foi vista no mercado de câmbio. O dólar à vista operou no campo positivo desde o início do dia e fechou em forte alta de 1,18%, a R$ 4,1418— um nível que não era atingido desde 10 de dezembro.
Em linhas gerais, o clima é de maior tranquilidade no exterior, com uma menor percepção de risco por parte dos agentes financeiros. No Oriente Médio, a leitura é a de que um conflito militar é cada vez menos provável, em meio à onda de protestos populares no Irã contra o líder supremo do país, Ali Khamenei.
Além disso, há otimismo quanto à assinatura da primeira fase do acordo comercial entre Estados Unidos e China — a cerimônia está prevista para quarta-feira (15). Por mais que o tema esteja longe de uma conclusão, a formalização do acerto tende a reduzir as tensões dos agentes financeiros no curto prazo.
Considerando essa dissipação nos riscos internacionais, os investidores mostram-se mais confortáveis para assumir posições nos mercados acionários — e o Ibovespa é particularmente beneficiado por esse contexto, considerando a sequência negativa das últimas sessões.
Leia Também
Dólar estressado
No câmbio, o dia é de valorização do dólar em escala global: o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta com as principais divisas do mundo — como o euro, a libra e o iene — avança 0,09% no momento.
O tom é o mesmo ante as moedas de países emergentes: o dólar ganha terreno em comparação com o peso mexicano, o rublo russo, o peso chileno, o rand sul-africano e o peso colombiano, entre outras. No entanto, o Brasil se destaca nessa lista, com o real apresentando um dos piores desempenhos nesta segunda-feira.
E o que explica esse salto no dólar à vista por aqui? Segundo Ricardo Gomes da Silva, operador de câmbio da corretora Correparti, o mercado mostra-se apreensivo com a agenda econômica recheada desta semana, em especial com os dados referentes à atividade no Brasil.
Nos próximos dias, serão divulgados os dados do IBC-Br, das vendas no varejo e do setor de serviços — informações que, segundo ele, ganharam relevância com a recente aceleração da inflação.
"Há a necessidade de manter a política monetária frouxa para estimular o crescimento, mas também há um processo de inflação recrudescente que se contrapõe", diz Silva, lembrando que, no exterior, também serão conhecidos os dados de PIB na China e outros indicadores relevantes nos EUA.
Por outro lado, o operador da Correparti destaca que o Ibovespa consegue ter uma sessão tranquila, o que indica que não há um movimento de cautela generalizada nos mercados brasileiros. "É uma semana mais tensa e devemos ter bastante volatilidade, ainda mais com a baixa liquidez do começo do ano".
Juros pressionados
A valorização do dólar à vista ainda resultou em pressão nas curvas de juros, que passaram por ajustes positivos nesta segunda-feira. Veja como ficaram os DIs mais líquidos hoje:
- Janeiro/2021: de 4,47% para 4,49%;
- Janeiro/2023: de 5,68% para 5,74%;
- Janeiro/2025: de 6,38% para 6,44%;
- Janeiro/2027: de 6,74% para 6,81%.
Top 5
Veja os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira:
- Via Varejo ON (VVAR3): +6,84%
- CSN ON (CSNA3): +6,26%
- Gerdau PN (GGBR4): +4,82%
- Vale ON (VALE3): +4,22%
- Bradespar PN (BRAP4): +4,20%
Confira também as maiores baixas do índice no momento:
- SulAmérica units (SULA11): -2,13%
- BB Seguridade ON (BBSE3): -0,99%
- CVC ON (CVCB3): -0,90%
- GPA PN (PCAR4): -0,81%
- Fleury ON (FLRY3): -0,51%
Itaú (ITUB4) tem lucro quase 14% maior, a R$ 11,1 bilhões, e mantém rentabilidade em alta no 1T25
Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio atingiu a marca de 22,5% no primeiro trimestre; veja os destaques
Ibovespa bate máxima histórica nesta quinta-feira (8), apoiado pelos resultados do Bradesco (BBDC4) e decisões da Super Quarta
Antes, o recorde intradiário do índice era de 137.469,27 pontos, alcançado em 28 de agosto do ano passado
Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?
Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?
Muito acima da Selic: 6 empresas pagam dividendos maiores do que os juros de 14,75% — e uma delas bateu um rendimento de 76% no último ano
É difícil competir com a renda fixa quando a Selic está pagando 14,75% ao ano, mas algumas empresas conseguem se diferenciar com suas distribuições de lucros
Trump anuncia primeiro acordo tarifário no âmbito da guerra comercial; veja o que se sabe até agora
Trump utilizou a rede social Truth Social para anunciar o primeiro acordo tarifário e aproveitou para comentar sobre a atuação de Powell, presidente do Fed
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão
O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas
Retorno da renda fixa chegou ao topo? Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 14,75%
Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (7), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; mas ajuste pode ser o último do ciclo de alta
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Selic chega a 14,75% após Copom elevar os juros em 0,5 ponto percentual — mas comitê não crava continuidade do ciclo de alta
Magnitude do aumento já era esperada pelo mercado e coloca a taxa básica no seu maior nível em quase duas décadas
Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte
Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas
Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump
Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão
Klabin (KLBN11) avança entre as maiores altas do Ibovespa após balanço do 1T25 e anúncio de R$ 279 milhões em dividendos
Analistas do Itaú BBA destacaram a geração de fluxo de caixa livre (FCF) e a valorização do real frente ao dólar como motores do otimismo
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, explica por que o Copom não vai antecipar seus próximos passos na reunião de hoje
O executivo, que hoje é chairman da JiveMauá, acredita em um aumento de meio ponto percentual nesta reunião do Copom, sem nenhuma sinalização no comunicado
CDI+5% é realista? Gestores discutem o retorno das debêntures no Brasil e destacam um motivo para o investidor se preocupar com esse mercado
Durante evento, gestores da JiveMauá, da TAG e da Polígono Capital destacam a solidez das empresas brasileiras enquanto emissoras de dívida, mas veem riscos no horizonte
Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora
No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual
Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?
Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço
Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal
Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil