JSL pode embolsar até R$ 926 milhões no IPO da Vamos com venda de ações e dividendos
A abertura de capital da Vamos, empresa de locação de caminhões e máquinas do grupo logístico, pode movimentar até R$ 1,276 bilhão, mas 73% desse dinheiro pode parar no bolso do controlador

A locadora de caminhões e máquinas Vamos, do Grupo JSL, pretende usar uma parte dos recursos captados de investidores via oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3 para pagar dividendos aos próprios acionistas.
A abertura de capital da Vamos na B3 pode movimentar até R$ 1,276 bilhão. A estimativa considera o preço máximo por ação definido na faixa indicativa, que varia de R$ 17 a R$ 21, e a venda de todos os lotes previstos na operação.
Mas desse total só R$ 350 milhões devem efetivamente ficar no caixa da empresa. Os outros R$ 926 milhões, ou 73% dos recursos, podem parar no bolso da JSL.
O grupo de logística pode conseguir até R$ 714,3 milhões com a venda de parte de suas ações na oferta. Após o IPO, a participação da JSL, que hoje é de quase 100%, pode ser reduzida para até 50,01%, o suficiente para se manter no controle.
A Vamos também pretende captar R$ 562 milhões com a emissão de novas ações. Só que uma parte desse dinheiro também vai parar no bolso da JSL. Isso porque a empresa pretende destinar R$ 211,4 milhões captados dos novos sócios para pagar dividendos que já foram declarados aos acionistas.
Em crescimento
Apesar dos pontos nebulosos, a Vamos tem pelo menos uma característica que costuma atrair investidores na bolsa: está em crescimento.
Leia Também
A empresa que nasceu como uma "costela" da JSL encerrou o ano passado com uma frota de 10.862 unidades, sendo 8.755 caminhões ou similares e 2.107 máquinas e equipamentos. A Vamos conta ainda com uma rede de 40 lojas, formada por 14 concessionárias de caminhões e ônibus da marca VW/MAN, 15 concessionárias de máquinas e equipamentos agrícolas da marca VALTRA e 11 lojas de seminovos.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 983,3 milhões em 2018, um aumento de 46% em relação ao ano anterior. Na mesma base de comparação, o lucro líquido da companhia cresceu 26%, para R$ 116,3 milhões.
Resta saber por que o controlador está vendendo parte relevante de suas ações no IPO se o negócio é tão bom e tem potencial de alta.
Cronograma
Pelo menos 10% das ações no IPO da Vamos devem ser vendidas a investidores no varejo, que possuem de R$ 3 mil a R$ 1 milhão. Se você se interessou, o período de reserva vai de 16 a 26 de abril e a definição do preço da ação está prevista para o dia 29.
Caso a ação saia no teto da faixa indicativa, a empresa pode chegar à bolsa valendo R$ 2,6 bilhões.
As ações da Vamos serão negociadas na B3 com o código "VAMO3". O Bradesco BBI é o coordenador-líder do IPO. Outras sete instituições atuam na operação: BTG Pactual, Santander, BofA Merrill Lynch, XP Investimentos, BB Investimentos, Caixa e Credit Suisse.
Fusão entre Marfrig e BRF inclui dividendo de R$ 6 bilhões — mas só terá direito à bolada o investidor que aprovar o casamento
Operação ainda deverá passar pelo crivo dos investidores dos dois frigoríficos em assembleias gerais extraordinárias (AGEs) convocadas para junho
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes
Warren Buffett não quer mais o Nubank: Berkshire Hathaway perde o apetite e zera aposta no banco digital
Esta não é a primeira vez que o bilionário se desfaz do roxinho: desde novembro do ano passado, o megainvestidor vem diminuindo a posição no Nubank
Você está buscando no lugar errado: como encontrar as próximas ‘pepitas de ouro’ da bolsa
É justamente quando a competição não existe que conseguimos encontrar ações com grande potencial de valorização
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) se unem para criar MBRF. E agora, como ficam os investidores com a fusão?
Anos após a tentativa de casamento entre as gigantes do setor de frigoríficos, em 2019, a nova combinação de negócios enfim resultará no nascimento de uma nova companhia
Méliuz (CASH3) consegue mudar estatuto e pode adotar bitcoin (BTC) como principal ativo estratégico da tesouraria
Os planos da plataforma para investir em criptomoedas começaram no dia 6 de março, quando anunciou que havia usado 10% de seu caixa para comprar bitcoin
Ibovespa melhor do que o S&P 500? Por que os gestores seguem vendidos em bolsa americana, segundo pesquisa da Empiricus
O levantamento mostrou que, pelo segundo mês consecutivo, a bolsa brasileira superou a bolsa americana em sentimento positivo dos gestores; descubra as razões
Agronegócio não dá trégua: Banco do Brasil (BBAS3) frustra expectativas com lucro 20% menor e ROE de 16,7% no 1T25
Um “fantasma” já conhecido do mercado continuou a fazer peso nas finanças do BB no primeiro trimestre: os calotes no setor de agronegócio. Veja os destaques do balanço
Americanas (AMER3): prejuízo de R$ 496 milhões azeda humor e ação cai mais de 8%; CEO pede ‘voto de confiança’
A varejista, que enfrenta uma recuperação judicial na esteira do rombo bilionário, acabou revertendo um lucro de R$ 453 milhões obtido no primeiro trimestre de 2024
Ação da Oi chega a subir mais de 20% e surge entre as maiores altas da bolsa. O que o mercado gostou tanto no balanço do 1T25?
A operadora de telefonia ainda está em recuperação judicial, mas recebeu uma ajudinha para reverter as perdas em um lucro bilionário nos primeiros três meses do ano
Banco Pine (PINE4) supera rentabilidade (ROE) do Itaú e entrega lucro recorde no 1T25, mas provisões quadruplicam no trimestre
O banco anunciou um lucro líquido recorde de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre; confira os destaques do resultado
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Queda de 90% desde o IPO: o que levou ao fracasso das novatas do e-commerce na B3 — e o que esperar das ações
Ações de varejistas online que abriram capital após brilharem na pandemia, como Westwing, Mobly, Enjoei, Sequoia e Infracommerce, viraram pó desde o IPO; há salvação para elas?
Serena (SRNA3) de saída da B3: Actis e GIC anunciam oferta para fechar o capital da empresa de energia renovável; ações sobem forte
A oferta pública de aquisição vem em meio ao processo de redução de dívidas da empresa, que atingiu um pico na alavancagem de 6,8 vezes a dívida líquida/Ebitda
Ação da Casas Bahia (BHIA3) sobe forte antes de balanço, ajudada por vitória judicial que poderá render mais R$ 600 milhões de volta aos cofres
Vitória judicial ajuda a impulsionar os papéis BHIA3, mas olhos continuam voltados para o balanço do 1T25, que será divulgado hoje, após o fechamento dos mercados
Balanço do Nubank desagradou? O que fazer com as ações após resultado do 1T25
O lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, um salto de 74% na comparação anual, foi ofuscado por uma reação negativa do mercado. Veja o que dizem os analistas
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Depois de negociar ações de pequenas e médias empresas brasileiras, BEE4 quer estrear na renda fixa no segundo semestre
Conhecida como ‘bolsa das PMEs’, startup busca investidores para levantar capital para empresas que faturam até R$ 500 milhões ao ano
Nubank (ROXO34) atinge lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, enquanto rentabilidade (ROE) vai a 27%; ações caem após resultados
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital do cartão roxo atingiu a marca de 27%; veja os destaques do balanço
Com bolsa em alta, diretor do BTG Pactual vê novos follow-ons e M&As no radar — e até IPOs podem voltar
Para Renato Hermann Cohn, diretor financeiro (CFO) do banco, com a bolsa voltando aos trilhos, o cenário começa a mudar para o mercado de ofertas de ações