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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Brasil sente impacto da “Primavera Latina”

Vitória da chapa de Cristina Kirchner na Argentina e maior manifestação popular no Chile desde a ditadura de Pinochet devem pressionar ativos brasileiros

Olivia Bulla
Olivia Bulla
28 de outubro de 2019
5:39 - atualizado às 9:37
Exterior também instável com protestos na Catalunha, Brexit e guerra comercial

A vitória de Cristina Kirchner nas eleições presidenciais da Argentina ontem, com a chapa em que era candidata à vice-presidência impedindo a reeleição de Mauricio Macri, sem a necessidade de um segundo turno, agita o início da semana no mercado financeiro. Os investidores esperavam que os próximos dias seriam apenas de expectativa pelas decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, ambas na quarta-feira, mas a turbulência na América Latina desde a última sexta-feira pode pressionar os ativos domésticos hoje.

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Em reação, o Banco Central argentino apertou ainda mais o controle de capital, limitando a compra mensal de dólares no país para US$ 200 por pessoa. A decisão pode impactar no real brasileiro, com o dólar recuperando parte da queda de mais de 2% na semana passada, quando voltou ao piso de R$ 4,00. Também merece atenção o peso chileno, dias após 1 milhão irem às ruas de Santiago, na maior manifestação no país desde a ditadura de Augusto Pinochet, pedindo pela saída do presidente Sebastian Piñera e com gritos contra o neoliberalismo. Já no Uruguai a eleição presidencial terá segundo turno.

A derrota imposta ao candidato argentino pró-mercado nas urnas ontem e a revolta nas ruas da capital chilena fortalecem a onda de manifestações na América Latina, com um claro recado de que os ventos reformistas inclinados à centro-direita incomodam a região. Muitos já chamam a turbulência popular vista nesses países - além de Equador, Peru, Bolívia - como “Primavera Latina”, em alusão aos protestos no Oriente Médio e Norte da África no início da década.

E o investidor tende a mostrar maior aversão aos desequilíbrios políticos que vêm sendo observados na América Latina, vendo a região como um lugar mais hostil. O próprio presidente Jair Bolsonaro se disse preocupado com a “instabilidade democrática” nos países da região, citando também a vitória em primeiro turno de Evo Morales nas eleições bolivianas, que não foi reconhecida pelo Brasil, além da situação na Venezuela. Bolsonaro, aliás, disse que a “Argentina escolheu mal” e que não pretende parabenizar o presidente eleito no país, Alberto Fernández.

Exterior instável

Do outro lado do Atlântico, a Espanha também viveu um fim de semana de protestos, contra e a favor da independência da Catalunha, ao passo que o Reino Unido segue no imbróglio sobre a saída da União Europeia (UE) ainda neste mês. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pedirá hoje ao Parlamento a convocação de eleições gerais em 12 de dezembro. Em troca, ele se compromete em aceitar uma prorrogação do Brexit para janeiro de 2020, evitando, assim, uma saída sem acordo.

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Diante desses sinais políticos frágeis, os mercados internacionais estão de lado, com os investidores cientes de que faltam cerca de 12 meses para as eleições presidenciais nos também Estados Unidos. O debate sobre quem irá ocupar a Casa Branca a partir de 2021 é permeado pelo processo de impeachment contra o Donald Trump, com os democratas retomando depoimentos sobre a investigação.

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Porém, os índices futuros das bolsas de Nova York ensaiam ganhos nesta manhã, tentando embalar o início do pregão europeu - exceto Londres, que oscila no vermelho - após uma sessão positiva na Ásia. A temporada de balanços continua agitando os negócios, enquanto os investidores aguardam uma série de eventos de peso nesta semana (leia mais abaixo).

Além disso, o mercado financeiro se apóia no provável acordo comercial de primeira fase entre EUA e China, que deve ser assinado em meados do mês que vem. Relatos de que o texto está “basicamente completado” após consenso entre os dois países sobre os assuntos a serem incluídos nesta etapa tentam animar os negócios com risco. Mas o que se vê são oscilações estreitas do dólar e das commodities.

Apesar do tom menos hostil, há certo ceticismo quanto ao avanço das negociações nas próximas fases, que envolvem temas mais delicados, sobre propriedade intelectual, questão de patentes e subsídios do governo chinês ao desenvolvimento do 5G. O problema é que os EUA têm pouco a oferecer à China, em termos de produtos variados e de qualidade.

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Já Pequim sabe que precisa da tecnologia para ultrapassar a “armadilha da renda média”, de modo a obter ganhos de produtividade e manter o crescimento econômico, assegurando, assim, a legitimidade e manutenção do partido comunista no poder - sem gerar revoltas populares nos moldes do que se tem visto na América Latina.

Dia de agenda fraca, mas semana é cheia

A semana começa com apenas uma das tradicionais publicações do dia no Brasil, a Pesquisa Focus (8h25), já que os dados consolidados da balança comercial em outubro serão conhecidos apenas na sexta-feira. Também hoje sai o índice de confiança do setor da construção civil neste mês (8h). Na safra de balanços, destaque para os números dos bancos Santander e Bradesco, nos próximos dias.

No exterior, o destaque do dia fica apenas para os estoques no atacado norte-americano em setembro (9h30). Hoje são esperados os resultados trimestrais de Alphabet e AT&T. A partir de amanhã são esperados os balanços de Apple e Exxon Mobil, entre outras.

Mas o ponto alto da semana fica mesmo com a “super quarta-feira”, que traz as decisões do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom), além dos números preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no trimestre passado. Na sexta-feira, novembro começa trazendo como destaque o relatório sobre o mercado de trabalho nos EUA (payroll), com números sobre a geração de vagas, o rendimento médio por hora e a taxa de desemprego em outubro.

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