🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Brasil sente impacto da “Primavera Latina”

Vitória da chapa de Cristina Kirchner na Argentina e maior manifestação popular no Chile desde a ditadura de Pinochet devem pressionar ativos brasileiros

Olivia Bulla
Olivia Bulla
28 de outubro de 2019
5:39 - atualizado às 8:14
Exterior também instável com protestos na Catalunha, Brexit e guerra comercial

A vitória de Cristina Kirchner nas eleições presidenciais da Argentina ontem, com a chapa em que era candidata à vice-presidência impedindo a reeleição de Mauricio Macri, sem a necessidade de um segundo turno, agita o início da semana no mercado financeiro. Os investidores esperavam que os próximos dias seriam apenas de expectativa pelas decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, ambas na quarta-feira, mas a turbulência na América Latina desde a última sexta-feira pode pressionar os ativos domésticos hoje.

Em reação, o Banco Central argentino apertou ainda mais o controle de capital, limitando a compra mensal de dólares no país para US$ 200 por pessoa. A decisão pode impactar no real brasileiro, com o dólar recuperando parte da queda de mais de 2% na semana passada, quando voltou ao piso de R$ 4,00. Também merece atenção o peso chileno, dias após 1 milhão irem às ruas de Santiago, na maior manifestação no país desde a ditadura de Augusto Pinochet, pedindo pela saída do presidente Sebastian Piñera e com gritos contra o neoliberalismo. Já no Uruguai a eleição presidencial terá segundo turno.

A derrota imposta ao candidato argentino pró-mercado nas urnas ontem e a revolta nas ruas da capital chilena fortalecem a onda de manifestações na América Latina, com um claro recado de que os ventos reformistas inclinados à centro-direita incomodam a região. Muitos já chamam a turbulência popular vista nesses países - além de Equador, Peru, Bolívia - como “Primavera Latina”, em alusão aos protestos no Oriente Médio e Norte da África no início da década.

E o investidor tende a mostrar maior aversão aos desequilíbrios políticos que vêm sendo observados na América Latina, vendo a região como um lugar mais hostil. O próprio presidente Jair Bolsonaro se disse preocupado com a “instabilidade democrática” nos países da região, citando também a vitória em primeiro turno de Evo Morales nas eleições bolivianas, que não foi reconhecida pelo Brasil, além da situação na Venezuela. Bolsonaro, aliás, disse que a “Argentina escolheu mal” e que não pretende parabenizar o presidente eleito no país, Alberto Fernández.

Exterior instável

Do outro lado do Atlântico, a Espanha também viveu um fim de semana de protestos, contra e a favor da independência da Catalunha, ao passo que o Reino Unido segue no imbróglio sobre a saída da União Europeia (UE) ainda neste mês. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pedirá hoje ao Parlamento a convocação de eleições gerais em 12 de dezembro. Em troca, ele se compromete em aceitar uma prorrogação do Brexit para janeiro de 2020, evitando, assim, uma saída sem acordo.

Diante desses sinais políticos frágeis, os mercados internacionais estão de lado, com os investidores cientes de que faltam cerca de 12 meses para as eleições presidenciais nos também Estados Unidos. O debate sobre quem irá ocupar a Casa Branca a partir de 2021 é permeado pelo processo de impeachment contra o Donald Trump, com os democratas retomando depoimentos sobre a investigação.

Leia Também

Porém, os índices futuros das bolsas de Nova York ensaiam ganhos nesta manhã, tentando embalar o início do pregão europeu - exceto Londres, que oscila no vermelho - após uma sessão positiva na Ásia. A temporada de balanços continua agitando os negócios, enquanto os investidores aguardam uma série de eventos de peso nesta semana (leia mais abaixo).

Além disso, o mercado financeiro se apóia no provável acordo comercial de primeira fase entre EUA e China, que deve ser assinado em meados do mês que vem. Relatos de que o texto está “basicamente completado” após consenso entre os dois países sobre os assuntos a serem incluídos nesta etapa tentam animar os negócios com risco. Mas o que se vê são oscilações estreitas do dólar e das commodities.

Apesar do tom menos hostil, há certo ceticismo quanto ao avanço das negociações nas próximas fases, que envolvem temas mais delicados, sobre propriedade intelectual, questão de patentes e subsídios do governo chinês ao desenvolvimento do 5G. O problema é que os EUA têm pouco a oferecer à China, em termos de produtos variados e de qualidade.

Já Pequim sabe que precisa da tecnologia para ultrapassar a “armadilha da renda média”, de modo a obter ganhos de produtividade e manter o crescimento econômico, assegurando, assim, a legitimidade e manutenção do partido comunista no poder - sem gerar revoltas populares nos moldes do que se tem visto na América Latina.

Dia de agenda fraca, mas semana é cheia

A semana começa com apenas uma das tradicionais publicações do dia no Brasil, a Pesquisa Focus (8h25), já que os dados consolidados da balança comercial em outubro serão conhecidos apenas na sexta-feira. Também hoje sai o índice de confiança do setor da construção civil neste mês (8h). Na safra de balanços, destaque para os números dos bancos Santander e Bradesco, nos próximos dias.

No exterior, o destaque do dia fica apenas para os estoques no atacado norte-americano em setembro (9h30). Hoje são esperados os resultados trimestrais de Alphabet e AT&T. A partir de amanhã são esperados os balanços de Apple e Exxon Mobil, entre outras.

Mas o ponto alto da semana fica mesmo com a “super quarta-feira”, que traz as decisões do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom), além dos números preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no trimestre passado. Na sexta-feira, novembro começa trazendo como destaque o relatório sobre o mercado de trabalho nos EUA (payroll), com números sobre a geração de vagas, o rendimento médio por hora e a taxa de desemprego em outubro.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Segredos da bolsa

Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB

12 de setembro de 2022 - 7:57

O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira

A SEMANA NA B3

Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice

10 de setembro de 2022 - 13:40

Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

FECHAMENTO DO DIA

Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14

9 de setembro de 2022 - 18:42

O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações

9 de setembro de 2022 - 7:36

O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa

FECHAMENTO DO DIA

BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20

8 de setembro de 2022 - 19:00

A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro

8 de setembro de 2022 - 7:47

Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão

FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23

6 de setembro de 2022 - 18:43

Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa

ACABOU A ESPERA?

Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda

6 de setembro de 2022 - 15:38

O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião

ANOTE NO CALENDÁRIO

Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro

6 de setembro de 2022 - 11:29

Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto

6 de setembro de 2022 - 7:43

Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia

FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15

5 de setembro de 2022 - 18:40

Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities

MÍNIMA HISTÓRICA

Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos

5 de setembro de 2022 - 13:55

O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro

PASSANDO A FAIXA

Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher

5 de setembro de 2022 - 9:14

Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje

5 de setembro de 2022 - 7:46

Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar