🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM JUNHO – CONFIRA +30 RECOMENDAÇÕES PARA ESTE MÊS – ASSISTA AGORA

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Mercado com os nervos à flor da pele

Investidores alternam altas e baixas nos negócios, sem saber se a economia global está em apuros ou se turbulência neste mês é passageira

Olivia Bulla
Olivia Bulla
16 de agosto de 2019
5:29 - atualizado às 6:33
Com isso, investidores tendem a manter elevados os prêmios de risco no Brasil -

A semana chega ao fim com o mercado financeiro trocando a recente volatilidade por uma dose extra de cautela. Os investidores ainda avaliam o que mais é necessário para aferir se a economia global está realmente em apuros ou se a turbulência nesta primeira metade de agosto vai ser passageira.

Por ora, a tempestade perfeita ainda não chegou, apesar de nuvens carregadas no horizonte. Os dados sobre atividade e emprego nos Estados Unidos ontem dissiparam o temor de recessão no país, mostrando que o consumo segue forte e o mercado de trabalho, aquecido, o que pode impedir que a fraqueza do setor industrial atrapalhe a economia.

Mas os sinais de recessão emitidos pela curva de juros norte-americana devem ser levados a sério. Tanto que bastou o rendimento (yield) do título de dez anos (T-note) cair abaixo de 1,50%, pela primeira vez desde 2016, e o juro projetado pelo papel de 30 anos (T-bond) renovar a mínima histórica, a 1,93%, ontem, para assustar novamente Wall Street.

Nesta manhã, porém, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta, embalando a abertura do pregão europeu - apesar de certo atraso no início da sessão em Londres. Na Ásia, o sinal positivo prevaleceu, com os ganhos liderados por Hong Kong (+1,00%), conseguindo se recuperar das perdas no começo dos negócios.

O Banco Central chinês (PBoC) fixou a taxa de referência do yuan acima de 7 por dólar pela sétima sessão seguida. O dólar, porém, mede forças em relação às moedas rivais, atento ao comportamento da T-note, que projeta juro mais alto nesta manhã, em 1,56%. Na commodities, o petróleo sobe mais de 1%, tentando se recuperar das perdas recentes.

O misto de sentimentos nos negócios reflete, principalmente, a troca de farpas entre Estados Unidos e China em torno da guerra comercial. O lado chinês pede que Washington remova todas as tarifa adicionais - e não simplesmente atrase algumas. Já Donald Trump afirmou que tem um telefonema agendado com o presidente chinês, Xi Jinping, em breve.

Leia Também

Sem saber quanto tempo irá durar mais a disputa, os investidores refazem as contas e avaliam os impactos na economia e nos lucros das empresas, sobretudo se a batalha for prolongada. Há quem diga que o mercado pode forçar Trump a fechar um acordo com Pequim, mas o presidente parece mais determinado em pressionar o Federal Reserve a seguir adiante com os cortes de juros, protegendo os EUA da desaceleração mundial.

Várias variáveis

O mercado financeiro não sabe se o nivelamento (flattening) da curva de juros ainda reflete os vários programas de afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) lançados pelo Federal Reserve após a crise de 2008 ou se os yields dos títulos não estão mais sendo sustentados artificialmente, apontando mesmo para uma recessão nos EUA em 2020.

Há também a hipótese de que a curva de juros dos EUA sinaliza apenas um aumento expressivo na demanda por Treasuries, em meio à busca por segurança. Ou seja, diante de tantos eventos inesperados e do acúmulo de preocupações com o cenário econômico, qualquer movimento expressivo de alguns ativos gera perdas em larga escala em outros.

Assim, os dados fracos de atividade na China e na Europa, as incertezas na economia global causadas pela guerra comercial e a perspectiva de um Brexit sem acordo entre Reino Unido e União Europeia (UE) tendem a manter a volatilidade dos mercados elevada. Além desses fatores externos, a crise na vizinha Argentina é um fator de pressão local importante.

Apesar dos avanços na agenda econômica endereçada pelo Congresso reduzirem a vulnerabilidade dos ativos locais, a turbulência internacional deve continuar provocando solavancos no mercado doméstico. Com isso, os investidores tendem a manter elevados prêmios de risco, principalmente na Bolsa brasileira, que perdeu ontem a faixa dos 100 mil pontos pela primeira vez em dois meses, e no dólar, que voltou a perder a marca de R$ 4,00, respeitando a atuação do Banco Central.

O problema é que o rali do mercado doméstico visto desde o fim do ano passado parece ter “esticado a corda” por demais, deixando os ativos locais agirem agora como uma gangorra. Esse vaivém adiciona um pouco mais de volatilidade ao cenário já volúvel vindo do exterior, exacerbando os movimentos por aqui.

Agenda dos EUA em destaque

A agenda econômica desta sexta-feira segue fraca no Brasil, o que desloca as atenções para o calendário norte-americano. Pela manhã, saem dados sobre a construção de moradias em julho (9h30) e a leitura preliminar deste mês do índice de confiança do consumidor norte-americano (11h). Logo cedo, merecem atenção os dados da balança comercial na zona do euro em junho.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ESPAÇO PARA CRESCER

Automob (AMOB3): BTG inicia cobertura com recomendação de compra e vê potencial de valorização de 45%

4 de junho de 2025 - 12:32

Empresa é líder em concessionárias, mas ainda tem baixa participação de mercado devido à alta fragmentação do setor. Para o BTG, é grande o espaço para crescer

SINAL VERDE

BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) ganham aval do Cade para fusão — dividendos bilionários e o que mais vem pela frente?

4 de junho de 2025 - 10:09

A Superintendência-Geral do Cade aprovou, sem restrições, a combinação de negócios entre os dois players do mercado de proteínas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje

4 de junho de 2025 - 8:13

Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira

DE VOLTA AO TOPO

Nvidia faz Microsoft comer poeira e assume posto de maior empresa dos EUA em valor de mercado

3 de junho de 2025 - 18:33

A terceira posição nesse pódio é da Apple: a fabricante de iPhones terminou a sessão desta terça-feira (3) avaliada em US$ 3,04 bilhões

DIVÓRCIO NA CASA BRANCA

‘Abominação repugnante’ — Elon Musk e Donald Trump, do ‘match’ político à lavação pública de roupa suja

3 de junho de 2025 - 16:33

Elon Musk detona projeto de Donald Trump menos de uma semana após deixar governo dos Estados Unidos

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) volta aos US$ 106 mil com dados de emprego nos EUA e ‘TACO Trade’, mas saques em ETFs acendem alerta

3 de junho de 2025 - 14:37

Criptomoedas sobem com dados positivos do mercado de trabalho dos EUA, mas saques em ETFs revelam fragilidade do rali em meio às tensões comerciais

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Lula e Trump contra o mercado: quando o melhor a fazer é vestir a carapuça

3 de junho de 2025 - 12:39

Lula tem se irritado com o mercado desde a eleição; Trump, em apenas cinco meses, já deixou os investidores totalmente desnorteados

DEPOIS DA TEMPESTADE

O tempo virou para o Bradesco — e agora é para melhor: Mais um banco eleva a recomendação para as ações. É hora de comprar BBDC4?

3 de junho de 2025 - 12:14

Lucro maior, ROE em alta e melhora na divisão de seguros embasam a recomendação de compra

VALUATION ESTICOU DEMAIS?

É hora de sair da bolsa dos EUA? S&P 500 está caro, alertam BofA e XP — e há riscos (ainda) fora do preço

3 de junho de 2025 - 11:53

Os patamares de múltiplos atuais do S&P 500, o índice de ações mais amplo da bolsa norte-americana, fizeram o Bank of America (BofA) e a XP acenderem a luz de alerta

DESEMPENHO PESOU

Queda da ação do Banco do Brasil (BBAS3) prejudica desempenho das carteiras recomendadas de maio; veja ranking

3 de junho de 2025 - 11:18

Ações do banco derreteram quase 20% no período, arrastadas por um balanço muito abaixo das expectativas do mercado

BOM PRA CACHORRO

Fusão Petz e Cobasi: Cade aprova negócio sem restrições; veja quais os próximos passos e o que acontece com os acionistas

3 de junho de 2025 - 8:33

A Superintendência-Geral do Cade emitiu parecer favorável à combinação de negócios das gigantes do mercado pet. O que esperar agora?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje

3 de junho de 2025 - 8:15

Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado

2 de junho de 2025 - 20:00

A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq

AINDA É EXCEPCIONAL?

Por que o mercado erra ao apostar que Trump vai “amarelar”, segundo a Gavekal

2 de junho de 2025 - 16:55

Economista-chefe da consultoria avalia se o excepcionalismo norte-americano chegou ao fim e dá um conselho para os investidores neste momento

FÔLEGO RENOVADO

Após o rali de quase 50% no ano, ação do Bradesco (BBDC4) ainda tem espaço para subir? UBS BB acredita que sim

2 de junho de 2025 - 15:53

Banco mantém recomendação de compra para BBDC4 e eleva preço-alvo para R$ 21. Saiba o que sustenta a visão otimista

ECOR3 AGORA É BUY

De “venda” à compra: Ecorodovias (ECOR3) recebe duplo upgrade de recomendação pelo BofA. O que está por trás do otimismo?

2 de junho de 2025 - 14:27

Com a mudança, os papéis ECOR3 saem de uma recomendação underperform (equivalente à venda) e aceleram para classificação de compra

DESTAQUES DA BOLSA

Nem só de aço vive a B3: Gerdau brilha, mas alta do petróleo puxa ações de petroleiras no Ibovespa

2 de junho de 2025 - 11:28

O petróleo ganhou força no exterior nesta manhã depois que a Opep+ manteve os aumentos de produção em julho no mesmo nível dos dois meses anteriores

O GATILHO QUE FALTAVA?

Trump pode ter dado o empurrão que faltava para Gerdau (GGBR4) saltar na B3 — e mercado ainda não percebeu o potencial, diz BTG

2 de junho de 2025 - 10:29

Para os analistas, a ação da siderúrgica está barata e pode encontrar justamente nesse movimento de Trump e no balanço do 2T25 o “gatilho necessário” para valorizar na B3

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje

2 de junho de 2025 - 8:23

Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Política monetária na Europa, Powell, Livro Bege e Payroll; confira os indicadores mais importantes da semana

2 de junho de 2025 - 7:03

Além dos indicadores de peso nos Estados Unidos e na Europa, investidores brasileiros devem acompanhar de perto o IPC-Fipe, o IGP-DI e a balança comercial

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar