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Ana Paula Ragazzi
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ANÁLISE

Quais das 20 empresas abertas em recuperação judicial têm chance de se reerguer?

Ações perderam seu valor e podem fazer a alegria do investidor se conseguirem de fato sair da crise

Ana Paula Ragazzi
Ana Paula Ragazzi
3 de janeiro de 2019
5:14 - atualizado às 16:45
Loja da Oi
Loja da Oi - Imagem: Wether Santana/Estadão Conteúdo

Muitas empresas brasileiras tiveram de recorrer a uma medida extrema para evitar (ou postergar) a falência: pedir recuperação judicial. É uma espécie de “colher de chã” que a legislação brasileira dá para companhias que precisam de um fôlego para conseguir sanar suas dívidas. Ou seja, ela quebrou, mas acredita que, se renegociar com os credores e fizer um plano para virar seu negócio, poderá voltar ao azul.

Conforme a B3, atualmente, 20 empresas estão nesse processo e têm ações negociadas no pregão: BR Pharma, Eternit, Fibam, GPC, Hotéis Othon, IGB, Inepar, Lupatech, MMX, Oi, OSX, Refinaria Manguinhos, PDG, Pomifrutas, Sansuy, Saraiva, Tecnosolo, Teka, Viver e Wetzel.

Com suas ações valendo migalhas, muitos investidores se perguntam se não valeria a pena comprar alguma delas na expectativa que a recuperação dessas empresas.

O questionamento é válido, mas a resposta não é simples. As estimativas apontam que apenas 7% das empresas são, de fato, capazes de saírem desse processo como novas. A bolsa brasileira ainda tem poucas histórias de sucesso para contar, confirmando esse potencial baixo. Os principais exemplos são no setor elétrico: o Grupo Rede e a Eneva (antiga LLX, do empresário Eike Batista), que cumpriram o processo em pouco mais de dois anos.

As que podem sair dessa

Nas conversas com gestores e investidores que estão acompanhando os processos de recuperação, Viver e Eternit são duas empresas que podem sair bem resolvidas desse processo.

Eternit

A Eternit não deu entrevista. A empresa pediu recuperação judicial em março deste ano e, apesar de todo o problema conhecido dos investidores do uso que ela ainda faz do amianto, que já é proibido e diversos países, incluindo o Brasil, surpreendeu todo o mercado.

Seu Dinheiro apurou que a Eternit chegou a ser fortemente questionada pelos bancos credores, que alegaram que ela não tinha “balanço” para pedir recuperação. Ou seja, do jeito que seus números estavam, ela teria condições de pagar suas dívidas. Mas, segundo apurou Seu Dinheiro, a Eternit fez o que todas as empresas deveriam fazer para terem boas chances de sobreviver à recuperação: protocolou o pedido sem, ainda, estar respirando por aparelhos.

Ela pediu na hora certa, ainda com recursos em caixa, que garantiriam o andamento da operação _ na recuperação, a empresa fica sem crédito na praça, por isso os advogados sempre ressaltam que a empresa não pode fazer esse pedido com o caixa zerado. Muitas delas deixam para o último momento para não entregar ao mercado que estão em crise.

A Eternit tinha uma operação de louças sanitárias dando prejuízo, por conta da crise econômica, mais um descasamento do fluxo de caixa em função dos problemas pelo uso do amianto _ apesar de ele responder hoje por uma fração dos negócios da empresa. A maior preocupação, na verdade, era com gastos judiciais por conta do uso do produto. A Eternit ainda discute judicialmente o uso do amianto, mas temia que algumas decisões pudessem levar credores a pedir vencimento antecipado de alguns contratos. Por isso, a empresa resolveu pedir a proteção da recuperação judicial.

O que a Eternit pretende é fazer o pagamento de suas dívidas, da ordem de R$ 350 milhões, sem nenhum desconto, apenas com um prazo mais dilatado. Ela propõe também vender ativos, uma vez que ao pedir a RJ ficou absolutamente sem linhas de créditos com os bancos e fornecedores. Mas a operação da Eternit já tem mostrado força: a empresa deve fechar o ano com um Ebitda positivo, mesmo sem ter vendido ativo nenhum até o momento. Ou seja, está conseguindo gerar caixa para suas atividades. A empresa também teve o mérito de atrair executivos, mesmo nessa dificuldade: Vitor Mallmann, ex-Ultra, é o diretor financeiro da empresa desde outubro.

Apesar de o amianto ainda ser uma questão, a empresa migrou sua atividade nos últimos anos, substituindo a fibra do amianto em suas telhas pela fibra plástica, menos rentável. Como ainda possui uma gigantesca mina de amianto, pretende continuar trabalhando o produto para a exportação. O amianto é o único produto indicado para certos itens, como revestimento de cápsulas espaciais e tanques de guerra. Por isso a empresa tem alguma esperança de poder esgotar sua mina.

Viver

A Viver foi a primeira construtora da bolsa a pedir recuperação judicial, vítima da crise no segmento imobiliário, com a queda na atividade econômica e o boom de distratos. Kataoka, do Galdino & Coelho, trabalhou nesse processo e diz que a empresa sofreu com a limitação de fontes de financiamento e o fluxo de caixa pressionado por distratos.

O processo foi mais demorado porque foi a primeira vez que se discutiu se o patrimônio de afetação entraria na recuperação ou não. Um tribunal de São Paulo disse que não e então a Viver teve de fazer um plano para cada uma das 16 sociedades de propósitos específicos (SPEs), que representam seus empreendimentos, e mais um plano consolidado. As sociedades que ficaram de fora passaram por negociações isoladas para acordos com credores. A empresa pediu RJ em setembro de 2017 e o plano foi aprovado um ano e dois meses depois.

A dívida da Viver que era de R$ 1,5 bilhão, está hoje ao redor dos R$ 40 milhões. E ela optou por mudar de foco: abandonou a atividade de incorporação e vai ser agora uma gestora de ativos imobiliários _ em vez de participar do lançamento e construção dos imóveis, vai atuar na aprovação de crédito, vistoria, registro de imóveis e assistência técnica.

A etapa final do processo de recuperação está ocorrendo agora e vai resultar num novo acionista relevante para a companhia, a Jive Gestão de Recursos, especializada em comprar créditos de empresas em dificuldades. A Jive entrou no lugar do Bradesco como o maior credor da empresa e vai ficar com 38% da companhia. Sim, a Viver foi entregue aos credores e a grande pergunta agora é se a Jive, que conseguiu muito sucesso na negociação de créditos podres, vai mesmo entrar numa nova atividade, de gestão de empresas. A outra opção seria buscar um comprador para sua participação. Procurada, a Jive não deu entrevista.

“Essa é, sem dúvida, uma empresa que tem condição de viver e se desenvolver nessa nova atividade, com novo foco. Outro ponto muito relevante do processo da Viver é que ela também conseguiu concluir e entregar as obras que estavam em construção enquanto ela enfrentava as dificuldades. Ou seja, efetivamente, a RJ solucionou o problema”, diz Eduardo Takemi Kataoka, sócio do Galdino & Coelho Advogados.

As que ainda estão tentando

No bolo das 20 empresas que estão na B3 e enfrentam a recuperação judicial tem, absolutamente, de tudo. Dois casos são recentes e ainda estão na fase inicial, de elaboração de um plano, o que também poderá acabar expondo a viabilidade dos negócios: a rede de livrarias Saraiva e a rede de hotéis Othon. As empresas foram procuradas, mas não deram entrevista.

MMX e OSX

Há ainda, duas "empresas X" do legado de Eike Batista, a mineradora MMX e o estaleiro OSX, que também não aceitaram solicitação para conversar sobre o assunto. Mas as coisas não parecem muito favoráveis para ambas. Conforme o último relatório sobre o andamento da RJ, a administração judicial do estaleiro OSX está verificando desde setembro alegações de credores sobre o descumprimento do plano para decidir se o processo de recuperação terá prosseguimento ou se será convertido em falência.

Essa empresa havia sido inicialmente pensada para atender à demanda da petroleira OGX. A MMX fez só agora uma redução de capital para absorção de prejuízos acumulados. O capital social da companhia estava em R$ 5,4 bilhões e os prejuízos acumulados somavam R$ 5.8 bilhões. Quatro anos depois de pedir a recuperação, a MMX diz entender agora que os prejuízos não são recuperáveis, dado que a companhia se encontra em crise econômico-financeira.

Farmacêuticas

A rede de farmácias BR Pharma teve seu plano de RJ homologado em novembro passado. Mas continua ouvindo a chiadeira de credores insatisfeitos. A E.M.S, Germed Farmacêutica e Nova Química apresentaram ao juiz da recuperação uma petição em que afirmam que o BTG, como principal credor, aprovou “sozinho” o plano de recuperação judicial apenas para atender a seus interesses e em benefício próprio.

Eles estão insatisfeitos com um deságio de 95% em seus créditos e um prazo de pagamento extenso, de 15 anos, para receber os 5%, o que consideraram abusivo.

Outros credores afirmam que essa era a única solução possível para que a empresa continuasse viva. O segmento de farmácias vive hoje um momento de queda nas vendas e acirrada competição _ regiões que antes eram praticamente dominadas pela BR Pharma são hoje zonas dessa disputa.

“Ninguém gosta de perder tanto dinheiro assim, mas talvez a outra única opção seria decretar falência”, resumiu uma fonte. Procurados, nem a BR Pharma nem o BTG quiseram comentar.

Teka

No Caso da Teka, de roupas de cama, mesa e banho, a o pedido foi feito em outubro de 2012. Nesses últimos seis anos o processo transformou-se em uma grande batalha judicial, com agravos para suspender efeitos do plano. Por conta disso, a empresa ainda não reconhece os efeitos do plano em suas demonstrações financeiras.

Em setembro, o presidente da companhia, Frederico Kuehnrich Neto, foi afastado e foi indicada uma gestora judicial para a empresa. Isso aconteceu porque a administradora judicial está analisando divergências de valores em períodos anteriores à data de ajuizamento da recuperação. Foi contratada uma empresa , chamada Taticca, para analisar e apurar essas divergências de valores referentes a bancos, fornecedores e dívidas trabalhistas. A Teka, teve prejuizos de R$ 16 milhões, em maio e junho, mas a empresa ressalta que o período foi de greve de caminhoneiros. A empresa não deu entrevista.

Fibam

A Fibam fabrica fixadores para a indústria automobilística, produção de eletrodomésticos, construção civil e equipamentos agrícolas. Entrou em RJ em 2014 e afirma que ainda não se recuperou da crise que afeta a economia brasileira. No último relatório de resultados, fala que vive com severas limitações de caixa e dificuldades de obter crédito que ainda hoje impactam sua capacidade operacional e produtividade.

Em função da falta de recursos para obter matéria- prima e insumos, o parque fabril está semiparalisado com alto índice de capacidade ociosa. No terceiro trimestre de 2018, a empresa teve prejuízo de R$ 2,5 milhões, 70% maior do que o R$ 1,5 milhão do trimestre anterior. Mas a Fibam diz que tem trabalhado na negociação com credores, venda de ativos e busca de investidores. Diz que inicia tratativas com fundos de investimento interessados em aportar capital e/ou participar de forma ativa na administração do negócio.
Wetzel

As coisas também não parecem bem na Wetzel, que produz peças fundidas e usinadas e de ferro e alumínio para caminhões e ônibus e produtos destinados aos segmentos de instalações elétricas. O pedido foi feito em fevereiro de 2016 e o plano, aprovado um ano e quatro meses depois, em junho de 2017. Conforme os últimos resultados, em setembro de 2018, o faturamento líquido da empresa foi de R$ 13,6 milhões, queda de 9,4% em relação a agosto. O relatório de setembro mostra que os índices de liquidez da companhia ainda não evoluíram, ou seja, mantém-se próximo ao pedido de recuperação. A Sansuy, indústria de plásticos, teve seu plano homologado em 2007 e continua sem histórico de lucros, como ela mesmo aponta em seus relatórios, quando coloca os fatores de risco para quem pensa em comprar suas ações.

Chegada de investidores

Há casos de companhias que finalmente conseguiram buscar um novo investidor e outras que ainda estão buscando _ ou seja, sempre tem gente interessada em olhar esses negócios. A Tecnosolo Serviços de Engenharia, em 2018, fez o segundo aditivo ao plano de recuperação judicial - a empresa entrou em RJ em 2012.

No último dia 21 de junho, a empresa informou que aceitou proposta da Atlantic Bank, holding da desconhecida no brasil SharkEnterprises, e que foi criada para atuar em sociedade com outras empresas. Pelo modelo anunciado, a Atlantic Bank vai virar sócia relevante da empresa, através de uma transferência de crédito de R$ 130 milhões, que antes estavam nas mãos do banco do Brasil. A Tecnosolo não deu entrevistas.

Entre as empresas que já foram em algum momento opções para os investidores, o último falto relevante divulgado pela construtora PDG foi um grupamento de ações. A Lupatech, que era uma fornecedora da Petrobras, aprovou no fim de novembro ajustes no cronograma de pagamentos de alguns credores. A Manguinhos também tem poucos fatos relevantes do processo, homologado em julho do ano passado. A Inepar está prestes a sair da recuperação judicial, iniciada em 2014. Reduziu as dívidas de R$ 4 bilhões para R$ 1 bilhão. A IGB, antiga Gradiente, acabou de conseguir um período extra de proteção contra execução de dívidas. E a Pomifrutas,antiga Renar Maçãs, apresentou um plano que prevê a deslistagem.

Sem data para acabar

Eduardo Takemi Kataoka, sócio do Galdino & Coelho Advogados, explica que a recuperação judicial costuma ter “fenômenos alongadores” . A lei diz que depois de fazer o pedido, a empresa tem seis meses para negociar e aprovar um plano. E, depois da homologação desse plano, ela fica no estado de recuperação por dois anos.

“Mas se você pensar bem, seis meses não parece ser um prazo viável para negociar, aprovar o plano, convocar a assembleia. Existem as burocracias e negociações sempre muito complexas que podem se estender por um prazo muito maior do que este”, diz. O melhor exemplo é o caso da Oi, claramente um ponto fora da curva, mas que seguiu as mesmas regras.

Oi

A Oi protocolou pedido de recuperação em junho de 2016, e só conseguiu aprovar o plano em dezembro de 2017. Não bastasse o tamanho da empresa e de sua dívida, que incluía a agência reguladora, a importância do serviço que presta, a quantidade de acionistas, ainda teve de lidar com um acionista do barulho, Nelson Tanure, empresário polêmico que procura oportunidade em empresas em dificuldades.
Ele entrou na Oi como acionista e quis dar as cartas no processo.

Muitas brigas depois, o fato mais novo da Oi foi ter dado andamento a um aumento de capital, de R$ 4 bilhões, em dezembro. Em um comentário distribuído a clientes, o BTG Pactual diz que a notícia é positiva para a empresa e que o que se espera é, de fato, a entrada dos recursos na tele . Alguns gestores, agora que as coisas na Oi parecem estar caminhando, têm voltado a olhar para a empresa. Mas o que veem ainda é pouca geração de caixa, com uma rede relativamente depreciada, já que ela pouco investiu nos últimos anos de dificuldades e um futuro que ainda não está claro. Uma opção seria a venda para a Tim, mas a troca de comando nessa empresa pode atrapalhar o processo. A Oi não deu entrevista.

Outro fator que pode fazer o processo empacar é se o plano tiver como ponto principal a venda de algum ativo. “Por diversas razões, a empresa pode não conseguir fazer a venda, e isso vai gerar a necessidade de fazer aditivos e modificações ao plano. Mas, de novo, não necessariamente quer dizer que o negócio está indo mal. Há ‘n’ fatores que podem contribuir para que uma recuperação dure bem mais do que esses dois anos e meio previstos na lei. E isso não exatamente depõe contra o negócio”, reforça Kataoka.

Esse foi o caso do carioca Grupo Peixoto de Castro, do segmento industrial, em RJ há quatro anos. O primeiro plano tinha como objetivo vender um valioso terreno da empresa no centro do Rio de Janeiro. Mas a crise imobiliária inviabilizou o processo. Depois de revisar o plano e o programa de pagamentos dos credores em 2016, tudo está nos conformes e a empresa espera sair da recuperação a qualquer momento, conforme já declarou em entrevistas recentes – o Grupo não deu entrevista para esta reportagem. Mas quem apareceu para "animar" o processo também aqui foi o empresário Tanure que, assim como na Oi, fez posição relevante na empresa após a entrada em RJ e iniciou uma relação conturbada com a família proprietária. Por enquanto a situação entre os acionistas está pacificada.

Acionistas raivosos

Acionistas querendo fazer barulho é também uma condição relevante de uma empresa aberta em recuperação judicial. A maior empresa do antigo Grupo EBX, de Eike Batista, a petroleira OGX, entrou em e saiu da recuperação em um período de quatro anos, em 2017 . Ao final do processo, foi entregue aos credores e transformada em Dommo Energia.

Mas o caso OGX foi histórico para o mercado e criou um grupo de acionistas minoritários querendo fazer de tudo para recuperar o dinheiro perdido no impressionante projeto de ascensão e queda da petroleira. Quem viveu tudo isso foi o executivo Paulo Narcélio que esteve à frente do processo de recuperação da OGX e deixou a empresa em novembro de 2017, quando ela saiu da RJ.

“Eu tive de manter um diálogo muito próximo e transparente com eles, até para esclarecer as condições reais da empresa”, diz. "Mas o fato de a companhia já ter uma dinâmica de transparência com as informações foi muito positivo para o transcorrer de todo o processo."

Narcélio diz ainda que uma outra questão relevante é o fato de que a liquidez das ações fica muito prejudicada e dificulta saber se o valor de tela da empresa reflete de fato o potencial do negócio. Segundo ele, o fato de estar na B3 deu à OGX a possibilidade de acessar novos créditos.

“A empresa está saudável, produzindo, acabou de renegociar com credores novos os termos de arrendamento de plataformas de operação. Mas a economia brasileira ainda não está respondendo de forma a facilitar a retomada dos negócios de vários segmentos”, avalia Narcélio.

E se o credor assumir a empresa?

O principal problema em investir em ações de uma empresa em recuperação judicial é que, em geral, a participação acionária vale muito pouco quando a empresa entra em recuperação. Nesses casos, quem passa a dar as cartas são os credores e não os acionistas. Em casos extremos, em que não há um ativo para vender que possa trazer alguma liquidez e a economia não reage, ajudando o negócio a se recuperar, a empresa poder ser totalmente entregue aos credores.

”Aí, para o acionista vira o pior dos mundos, uma empresa sem dono, com alguém que não quer exatamente fazer isso tomando a frente da operação”, resume um outro gestor.

Juliana Bumachar, sócia do Bumachar Advogados, avalia que chegar a esse ponto tende a ser o pior cenário. Na avaliação da advogada, a natureza do negócio pode dizer muito sobre se a companhia vai ter êxito ou não após o trauma da RJ.

Ela comparou a situação da Parmalat, um dos casos mais emblemáticos da história das empresas brasileiras, com a de construtoras. “O fato de a empresa estar em recuperação não vai interferir na decisão do cliente de comprar ou não um biscoito. No entanto, se for a compra da sua vida, um apartamento, que ainda vai ser construído. Será que nesse caso o cliente vai estar disposto a entregar os recursos para uma empresa em recuperação?”, questiona Juliana.

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