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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
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Como investidor, eu devo me preocupar com o Brexit?

No próximo domingo (23), a escolha pelo Brexit completa três anos, mas o processo ainda se arrasta, e a saída do Reino Unido da Unidão Europeia foi adiada para outubro; mas qual o impacto que isso pode ter no seu bolso?

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
24 de junho de 2019
5:30 - atualizado às 16:51

No próximo domingo, 23 de junho, e escolha dos britânicos pela saída do Reino Unido da União Europeia completará três anos. O Brexit, como o processo foi apelidado, é um dos atuais fatores de risco para a economia mundial e põe em xeque ideais da UE.

A questão vem se arrastando devido à dificuldade de os britânicos chegarem a um consenso de como a saída deve ser executada, e já custou o cargo da primeira-ministra Theresa May. Mas será que o Brexit pode afetar de alguma forma os seus investimentos? Eu falo disso no vídeo a seguir:

Confira a transcrição do texto do vídeo sobre o Brexit

A saída do Reino Unido da União Europeia, mais conhecida como Brexit, foi aprovada em 23 de junho de 2016, mas três anos depois ainda causa incertezas. Independentemente dos termos do divórcio, o esperado é que ele tenha impactos negativos para a economia mundial, pelo menos num primeiro momento. Mas será que você, investidor brasileiro, precisa se preocupar? Saída do Reino Unido da União Europeia: e eu com isso?

O processo de separação do Reino Unido da União Europeia vem se arrastando por falta de acordo no Parlamento Britânico. As sucessivas derrotas sofridas pela primeira-ministra Theresa May na tentativa de aprovação de um acordo para o Brexit levaram a adiamentos na data de saída e também à renúncia da premiê. Inicialmente programado para o dia 29 de março de 2019, o Brexit agora foi adiado para 31 de outubro. May deixou o cargo de líder do Partido Conservador no dia 7 de junho, mas permanece como primeira-ministra até que o novo representante seja eleito pelo parlamento.

A questão relativa à fronteira entre as Irlandas é o principal pomo da discórdia, já que a Irlanda do Norte faz parte do Reino Unido, mas a Irlanda não. A Escócia também pode ser fonte de dor de cabeça. Apesar de a maioria dos escoceses ser a favor de permanecer no Reino Unido, eles também prefeririam ficar na União Europeia.

O imbróglio em si já é suficiente para causar tensão nos mercados, porque é fonte de muita incerteza a respeito do que pode acontecer com a economia da Europa. O impacto econômico do Brexit tende a ser negativo de qualquer forma, contribuindo para a temida desaceleração no crescimento mundial prevista para esse ano.

Mas o tamanho do impacto pode variar. Existe a possibilidade de uma saída branda, no caso da aprovação de um acordo que manteria o Reino Unido próximo da União Europeia em termos comerciais, ou de uma saída dura, sem acordo, que imporia barreiras comerciais à terra da Rainha. Os britânicos precisariam, nesse caso, renegociar todos os seus acordos internacionais individualmente. Esse seria o pior cenário.

E quais consequências o Brexit pode trazer para os seus investimentos? Inicialmente, as empresas exportadoras brasileiras tendem a ser prejudicadas, principalmente as do setor agrícola. Também pode haver um incremento no desemprego por aqui. Só num segundo momento é que o Brasil talvez conseguiria negociar acordos comerciais favoráveis com o Reino Unido, principalmente no caso de um Brexit duro, beneficiando essas empresas.

Mas como o Reino Unido não está na lista dos principais parceiros comerciais do Brasil, o maior impacto tende a ser no cenário internacional. O Brexit é um dos fatores que levam os investidores a temerem uma desaceleração econômica, e se não houver acordo, seu peso é maior ainda. Num primeiro momento, é de se esperar que o dólar se valorize, e que as bolsas fiquem mais voláteis. Mas, não havendo pressão inflacionária à vista, os juros devem permanecer baixos, mantendo os ativos de risco atrativos em um prazo mais longo.

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