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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Otimismo, muito otimismo

Com fome? Marfrig divulga projeções agressivas e ações disparam mais de 7%

A Marfrig deu a entender que os próximos trimestres serão bastante positivos, apresentando projeções que surpreenderam os analistas — e animaram o mercado

Victor Aguiar
Victor Aguiar
16 de maio de 2019
16:47 - atualizado às 18:50
Frigorífico Marfrig JBS BRF carne
A BRF ganhou o selo de "zero waste" na última sexta feira, o que anima o setor de frigoríficos; commodities também são destaque da bolsa - Imagem: Shutterstock

Os resultados trimestrais da Marfrig foram considerados neutros por analistas. No entanto, a empresa não deixou dúvidas: está com muita fome de resultados para o restante do ano. E essa agressividade foi bem recebida pelo mercado.

O frigorífico reportou, junto de seus resultados trimestrais, algumas projeções financeiras para o ano, dando a entender que o restante de 2019 será bastante forte. E, como resultado, as ações ON (MRFG3) da empresa dispararam nesta quinta-feira (16), fechando em alta de 7,87%, a R$ 6,85 — na máxima, chegaram a subir 9,45%, a R$ 6,95.

O comportamento dos papéis da Marfrig destoou do restante do Ibovespa. Num dia marcado pela tensão dos mercados em relação ao cenário político local, o índice fechou em queda de 1,75%, aos 90.024,47 pontos.

A Marfrig encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 4,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 203 milhões contabilizado há um ano. A receita líquida saltou 229%, para pouco mais de R$ 10 bilhões, e o Ebitda — o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — avançou 214% em termos ajustados, para R$ 571 milhões.

Mas o que fez os olhos do mercado brilharem foi o guidance do frigorífico para o ano. A empresa irá perseguir uma receita líquida consolidada entre R$ 47 bilhões e R$ 49 bilhões neste ano — o que, considerando o resultado dos três primeiros meses de 2019, implica em receitas médias de mais de R$ 12 bilhões por trimestre até o fim do ano.

A Marfrig ainda projeta uma margem Ebitda de 8,7% a 9,5% no resultado de 2019 — o que também supõe uma forte evolução nos próximos trimestres, já que, entre janeiro e março deste ano, esse indicador ficou em 5,7%.

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Por fim, a companhia estima um fluxo de caixa livre entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão no ano. No primeiro trimestre, a Marfrig registrou um consumo de R$ 1,4 bilhão de caixa.

A agressividade das projeções chamou a atenção dos analistas. O Bradesco BBI destaca que caso a estimativa para receita fique no centro da faixa informada — ou seja, R$ 48 bilhões —, a Marfrig irá superar as projeções do banco em 5%.

"Apesar de termos uma abordagem conservadora e não alterarmos nossas estimativas, destacamos que o novo guidance da Marfrig sugere uma forte melhoria no restante do ano", diz o Bradesco. "Acreditamos que as projeções da empresa podem incorporar um cenário de preços e volumes mais forte, dado o impacto do surto de febre suína na China".

O BTG Pactual segue linha semelhante — a casa também acredita que as projeções da Marfrig levam em conta um cenário em que a febre suína na China irá "transformar as coisas" nos próximos trimestres. O banco ressalta que uma geração de caixa de R$ 1,25 bilhão em 2019 — no centro das estimativas informadas pela empresa — implica numa geração de cerca de R$ 2,7 bilhões nos próximos trimestres.

Para o Itaú BBA, as estimativas divulgadas pela Marfrig ficaram acima das expectativas, uma vez que a casa projetava receita de R$ 45 bilhões neste ano. "Planejamos atualizar nossas estimativas para levar o guidance em consideração", diz o banco.

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