Mercado divide atenção entre indicadores e política
Agenda do dia traz dados de atividade nos EUA e na China, enquanto racha no PSL ganha novos contornos

A atenção do mercado financeiro continua dividida entre a série de indicadores econômicos relevantes, que traz hoje dados de atividade nos Estados Unidos e na China, e os eventos da geopolítica internacional, em meio aos protestos em Hong Kong e à contagem regressiva para o Brexit. Mas os investidores continuam se apoiando na perspectiva de novos cortes de juros, principalmente pelo Federal Reserve, e relegando o crescimento mais baixo.
Os índices futuros da bolsas de Nova York amanheceram na linha d’água, sem viés definido, com os investidores ponderando a safra de balanços, que não tem sido um catalisador para os negócios, e as perspectivas para a guerra comercial, que seguem incertas. Mas, após o anúncio de que o Reino Unido e a União Europeia chegaram num acordo sobre o Brexit, os índices passaram a operar no azul. O anúncio aconteceu antes da reunião entre autoridades programada para hoje e amanhã em Bruxelas
Na Ásia, a sessão foi mista. Nos demais mercados, o dólar está de lado, ensaiando uma recuperação após perder terreno para as demais moedas, na esteira da inesperada queda nas vendas no varejo norte-americano em setembro. O dado renovou as expectativas por mais um corte na taxa de juros dos EUA neste mês. Essa aposta foi reforçada ontem, após um integrado do Fed dizer que uma terceira queda nos juros do país é possível. Já o petróleo recua.
PSL x PSL
No Brasil, os ruídos políticos vindos de Brasília têm gerado certo incômodo no curto prazo, com o receio de que a briga entre o PSL e o presidente Jair Bolsonaro possa prejudicar o andamento da agenda do governo no Congresso pós-Previdência. Afinal, trata-se da maior bancada na Câmara, enquanto, no Senado, a votação da cessão onerosa abriu espaço para finalizar a reforma da Previdência. O segundo turno está previsto para o dia 22.
Mas o racha no PSL ganha novos contornos, colocando a pauta econômica em risco. A ala de deputados que apoiam Bolsonaro se mobilizou para trocar o líder do partido na Câmara, com 27 dos 53 parlamentares assinando um requerimento para tornar Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, o novo líder da bancada. Em seguida, o deputado Delegado Waldir, ligado ao presidente do partido, Luciano Bivar, apresentou uma nova lista, com 31 assinaturas para retomar a liderança.
Somadas, as duas listas continham 58 assinaturas, cinco a mais que o número de deputados do partido. Nos bastidores, atribuiu-se a movimentação a uma interferência direta de Bolsonaro, que teria se reunido com deputados ao longo dos últimos dias para discutir mudanças no comando da sigla. O atual líder do governo na Câmara é o Major Vitor Hugo e a única certeza após esse recente episódio é de que o partido segue rachado.
Leia Também
Dados de EUA e China em destaque
A China divulga, no fim do dia, dados de primeira grandeza, entre eles o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano. A previsão é de ligeira desaceleração a 6,1%, na comparação anual, após crescer 6,2% entre abril e junho, no menor ritmo desde o início da série histórica, em 1992.
Juntamente com os dados do PIB chinês, também serão conhecidos os números de setembro sobre a produção industrial, as vendas no varejo e os investimentos em ativos fixos. Pela manhã, merecem atenção os indicadores norte-americanos, com destaque para o desempenho da indústria nos EUA no mês passado, às 10h15.
A expectativa é se o número irá confirmar a contração da atividade no setor, apontada pelo índice ISM. A estimativa é de queda de 0,1%. Antes, às 9h30, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego, a construção de moradias em setembro e o índice sobre a indústria na Filadélfia neste mês. Às 12h, é a vez dos estoques de petróleo e derivados no país.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje