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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

TEVE CHORINHO

Subiu mais um pouquinho: quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 15%

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,25 ponto percentual nesta quarta (18), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; ajuste deve ser o último do ciclo de alta

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
18 de junho de 2025
19:15 - atualizado às 18:42
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Ser conservador e investir em renda fixa indexada às taxas de juros está valendo a pena. Imagem: Montagem Seu Dinheiro / Agência Brasil/ Dall E / ChatGPT

Teve chorinho: o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou novamente a taxa básica de juros nesta quarta-feira (18), desta vez no valor de 0,25 ponto percentual. Com isso, a Selic passa de 14,75% para 15,00% ao ano, maior patamar nominal desde meados de 2006.

As expectativas do mercado para esta reunião estavam divididas entre manutenção e uma alta residual de 0,25 p.p., que acabou por ser a alternativa vencedora.

Esta deve ser o último aumento dos juros do atual ciclo de alta, mas a taxa deve permanecer neste nível por algum tempo. O comunicado do Copom fala em "interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado".

Para o colegiado, as expectativas de inflação ainda se encontram bastante desancoradas, o que justifica uma "política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado".

O que a alta da Selic representa para a sua reserva de emergência e os demais investimentos de renda fixa

O aumento da taxa básica deixa a renda fixa pós-fixada — aqueles investimentos cuja remuneração é indexada à Selic ou ao CDI — ainda mais rentável. E o nível atual de retorno deve se manter pelo menos até o fim deste ano.

É o caso dos títulos públicos Tesouro Selic; dos títulos bancários CDBs, LCIs e LCAs, quando indexados ao CDI; dos títulos de crédito privado como debêntures, CRIs e CRAs indexados ao CDI; e dos fundos que investem nesses tipos de papéis.

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Alguns desses investimentos estão entre os mais conservadores do mercado brasileiro, sendo inclusive indicados para a reserva de emergência.

Por exemplo, os títulos Tesouro Selic, negociados no Tesouro Direto; os fundos de taxa zero que investem em Tesouro Selic, do tipo Selic Simples; e os CDBs de grandes bancos com liquidez diária.

Além disso, os investimentos pós-fixados também atuam como portos seguros em momentos de alta aversão a risco, que recentemente passou por um alívio no Brasil, mas continua elevada.

Quanto rendem os investimentos de renda fixa conservadora com a Selic em 15%?

A mudança na Selic não altera a regra de remuneração da poupança, que continua pagando seu tradicional 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR).

Embora a TR tenda a aumentar ligeiramente com a alta na taxa básica, a elevação dos juros torna a caderneta menos atrativa que as demais aplicações de renda fixa pós-fixadas, já que as remunerações destas tendem a subir, enquanto a da poupança tem uma espécie de teto.

Com a Selic em 15,00% ao ano (e supondo um CDI um pouco inferior, de 14,90%, como costuma acontecer), as rentabilidades mensais e anuais líquidas das principais aplicações financeiras conservadoras ficam assim:

InvestimentoRetorno líquido em 1 mês*Retorno líquido em 1 ano**
Poupança0,67%8,36%
Tesouro Selic 2028 (via Tesouro Direto)0,88%12,19%
CDB 100% do CDI ou fundo Tesouro Selic de taxa zero0,90%12,29%
CDI bruto1,16%14,90%
(*) 1 mês, no caso da poupança, ou 21 dias úteis e mais de 30 dias corridos para os demais investimentos. Alíquota de IR de 22,5%, quando for o caso. (**) 12 meses, no caso da poupança, ou 252 dias úteis e mais de 360 dias corridos para os demais investimentos. Alíquota de IR de 17,5%, quando for o caso.

Parâmetros da simulação

  • Para o cálculo do retorno da poupança, foi considerada a TR média de maio de 2025 (0,1712%);
  • Para o cálculo do retorno do Tesouro Selic, foram considerados uma taxa de administração igual a zero, o spread de compra e venda (espécie de “pedágio” para a venda do título antes do vencimento) e uma taxa de custódia de 0,20% ao ano sobre todo o montante investido, que é o padrão da calculadora do Tesouro Direto. Atualmente, no entanto, existe uma isenção da taxa de custódia para valores aplicados de até R$ 1 mil, o que significa que a verdadeira rentabilidade do Tesouro Selic, nesses casos, é um pouco maior que a estimada na tabela.

Caso a Selic tenha de fato atingido o topo do ciclo, ela não ficará estagnada em 15,00% por muito tempo. O mercado já começa a precificar juros um pouco mais baixos a partir de 2026, o que significa que, para prazos um pouco maiores, a rentabilidade das aplicações conservadoras pode ser menor que a projetada na tabela.

Assim, para dar uma ideia melhor de como ficará a rentabilidade dos investimentos conservadores daqui para frente, vamos simular a aplicação para os prazos de um e dois anos utilizando as estimativas do mercado para a Selic e o CDI (DI futuro) para junho de 2026 (14,72%) e junho de 2027 (13,90%), respectivamente.

Repare que ambas as previsões já precificam uma Selic menor que a atual, estimando que o BC vai cortar a taxa básica de juros.

Vale frisar, no entanto, que essas projeções podem mudar a partir da decisão do Copom de hoje, bem como das sinalizações do Banco Central para as próximas reuniões. Além disso, as projeções para a poupança continuam considerando a TR de maio, que também pode mudar daqui para a frente.

InvestimentoRetorno líquido em 1 ano*Retorno líquido em 2 anos**
Poupança8,36%17,42%
Tesouro Selic 2028 (via Tesouro Direto)12,05%25,11%
CDB 100% do CDI ou fundo Tesouro Selic de taxa zero12,14%25,27%
LCI 90% do CDI13,16%26,40%
(*) 12 meses, no caso da poupança, ou 252 dias úteis e mais de 360 dias corridos para os demais investimentos. Alíquota de IR de 17,5%, quando for o caso. (**) 24 meses, no caso da poupança, ou 504 dias úteis e mais de 720 dias corridos para os demais investimentos. Alíquota de IR de 15,0%, quando for o caso.

Parâmetros da simulação

  • DI para junho de 2026 (simulação de 1 ano): 14,72% a.a.
  • Selic para junho de 2026 (simulação de 1 ano): 14,82% a.a.
  • DI para junho de 2027 (simulação de 2 anos): 13,90% a.a.
  • Selic para junho de 2027 (simulação de 2 anos): 14,00% a.a.
  • Para o cálculo do retorno da poupança, foi considerada a TR média de maio (0,1712%);
  • Para o cálculo do retorno do Tesouro Selic, foram considerados uma aplicação de R$ 100 mil, taxa de custódia de 0,20% ao ano, uma taxa de administração igual a zero e o spread de compra e venda (espécie de “pedágio” para a venda do título antes do vencimento).

Veja, na tabela a seguir, quanto você teria ao final de cada período caso aplicasse R$ 100 mil em cada um desses investimentos, nas circunstâncias da simulação anterior:

InvestimentoQuanto você teria após 1 anoQuanto você teria após 2 anos
Caderneta de poupançaR$ 108.358,49R$ 117.415,62
Tesouro Selic 2028R$ 112.045,86R$ 125.109,87
CDB ou fundo Tesouro Selic 100% do CDIR$ 112.144,00R$ 125.272,29
LCI 90% do CDIR$ 113.155,77R$ 126.399,49

Veja também: Por que a Selic está tão alta e qual a tendência para os próximos anos? Um papo com o economista Samuel Pessoa

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