Em busca de mais informações sobre a fraude, CVM assina novo acordo de supervisão no âmbito das investigações de Americanas (AMER3)
Contrato pode evitar ações punitivas ou reduzir penas em até 60% se a companhia colaborar com a investigação
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fechou um novo acordo de supervisão, no âmbito das investigações das fraudes de Americanas (AMER3). A decisão está relacionada à investigação da fraude descoberta em 2023 e foi celebrada pelo Comitê de Acordo Administrativo em Processo de Supervisão (CAS). Em troca de fim de ações punitivas ou redução de pena, os envolvidos no acordo fornecem informações sobre os fatos à CVM.
Com esse novo acordo, a CVM afirma que pode conseguir novas informações e ferramentas para a apuração e análise dos crimes, que foram primeiro revelados em 2023.
Esse acordo é semelhante ao firmado em setembro de 2023, também no contexto das investigações sobre a Americanas.
- VEJA TAMBÉM: BOLSA em alta: OPORTUNIDADE ou voo de galinha? O que você PRECISA saber - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
Para que serve um Acordo Administrativo em Processo de Supervisão?
A CVM não informou com quem este acordo mais recente foi firmado.
Esse tipo de contrato permite o fim de ações punitivas ou a redução de até um ou dois terços das penalidades.
Os acordos de supervisão podem ser propostos por pessoas físicas ou jurídicas que:
Leia Também
- Confessarem a prática de infração às normas legais ou regulamentares fiscalizadas pela CVM;
- Identificarem os demais envolvidos na prática da infração; e
- Fornecerem informações e documentos que comprovem a ocorrência da infração.
Ou seja, em troca de informações sobre as fraudes e crimes contábeis cometidos pela empresa, os envolvidos no acordo terão redução de pena.
Por volta das 16h (horário de Brasília), depois do anúncio do acordo, as ações da Americanas caíam 3,21%, negociadas a R$ 5,13.
- SAIBA MAIS: Investir com inteligência começa com boa informação: Veja as recomendações do BTG Pactual liberadas gratuitamente pelo Seu Dinheiro
Por que a Americanas está no meio de investigações?
Enquanto a série American Crime Story (“História de crimes americanos” em inglês) era exibida nos EUA nos últimos dois anos, no Brasil, o mercado financeiro assistiu à “Americanas’ Crime Story”.
No início de 2025, completaram-se dois anos desde que a varejista divulgou fraudes contábeis de mais de R$ 20 bilhões e dívidas que ultrapassam R$ 40 bilhões - um dos maiores escândalos já registrado no mercado de capitais brasileiro e que a levaram a pedir recuperação judicial
Nesse período de 24 meses, as ações da companhia acumularam uma queda de 99,5% na bolsa de valores.
- LEIA TAMBÉM: Quer se antenar sobre tendências, turismo e estilo de vida? Receba gratuitamente as newsletters do Lifestyle do Seu Dinheiro; cadastre-se aqui
A revelação das fraudes contábeis levou os acionistas da Americanas a aprovar medidas para buscar a responsabilização dos envolvidos, entre eles o ex-presidente executivo Miguel Gutierrez.
Em 2025, o Ministério Público Federal apresentou denúncia contra Gutierrez e outros 12 ex-executivos, acusando-os de participação na fraude bilionária.
As investigações apontaram crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, o ex-CEO e outros funcionários da empresa venderam cerca de R$ 287 milhões em ações antes da divulgação do rombo de R$ 25,3 bilhões nos balanços. Isso foi revelado em janeiro do ano anterior sob a justificativa de “inconsistências contábeis”.
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
Lucro da Moura Dubeux (MDNE3) salta 32,1% e vem acompanhado de dividendos; diretor diz que distribuição deve engordar
A construtora também está de olho no endividamento — encerrou o terceiro trimestre com o índice dívida líquida/patrimônio líquido em 13,6%, patamar “muito saudável” na visão do executivo Diogo Barral
Resultado fraco derruba a ação da Vamos (VAMO3) — mas para 4 analistas, ainda há motivos para comprar
Em reação ao desempenho, as ações chegaram a cair mais de 7% no início do dia, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa
Oncoclínicas (ONCO3) atinge meta de R$ 1 bilhão para seguir em frente com aumento de capital. Isso é suficiente para reerguer as finanças?
Com a subscrição de R$ 1 bilhão alcançada no aumento de capital, a Oncoclínicas tenta reverter sua situação financeira; entenda o que vem pela frente
Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço? Com previsão de lucro pressionado e ROE de um dígito, saiba se vale comprar as ações antes da virada
A conta do agro chegou — e continuará a pressionar: por que o Banco do Brasil deve ser o azarão da temporada de balanços outra vez?
CVM pressiona, credores cobram: Ambipar (AMBP3) adia balanço do 3T25 em meio ao enigma do caixa
Apenas alguns meses após reportar quase R$ 5 bilhões em caixa, a Ambipar pediu RJ; agora, o balanço do 3T25 vira peça-chave para entender o rombo
Braskem (BRKM5) tem prejuízo no 3T25, mas ação salta mais de 16%; entenda do que o mercado gostou
A companhia registrou prejuízo de R$ 26 milhões do terceiro trimestre depois de perdas de R$ 92 milhões no mesmo período de 2024, uma redação de 96%
Seca de dividendos da BB Seguridade (BBSE3)? Entenda o que levou o JP Morgan a rebaixar a ação para venda
Um dos pontos que entrou no radar dos analistas é a renovação do contrato de exclusividade com o Banco do Brasil, que vence em 2033, mas não é o único
11.11: o que prometem a Amazon e o KaBuM às vésperas da Black Friday
Varejistas apostam em cupons, lives e descontos relâmpago para capturar compras antes do pico da Black Friday
A engrenagem da máquina de lucros: Como o BTG Pactual (BPAC11) bate recordes sucessivos em qualquer cenário econômico
O banco de André Esteves renovou outra vez as máximas de receita e lucro no 3T25. Descubra os motores por trás do desempenho
Black Friday e 11.11 da Shopee: achadinhos de até R$ 35 que podem deixar sua casa mais prática
Entre utilidades reais e pequenos luxos da rotina, a Black Friday e o 11.11 revelam acessórios que tornam a casa mais funcional ou simplesmente mais divertida
A Isa Energia (ISAE4) vai passar a pagar mais dividendos? CEO e CFO esclarecem uma das principais dúvidas dos acionistas
Transmissora garante que não quer crescer apenas para substituir receita da RBSE, mas sim para criar rentabilidade
É recorde atrás de recorde: BTG Pactual (BPAC11) supera expectativa com rentabilidade de 28% e lucro de R$ 4,5 bilhões no 3T25
O balanço do BTG trouxe lucro em expansão e rentabilidade em alta; confira os principais números do trimestre
Valorização da Hypera (HYPE3) deve chegar a 20% nos próximos meses, diz Bradesco BBI; veja qual é o preço-alvo
Analistas veem bons fundamentos e gatilhos positivos para a empresa à frente
Desdobramentos da falência: B3 suspende negociações das ações Oi (OIBR3)
Segundo o último balanço da companhia, referente ao segundo trimestre, a empresa tinha 330 mil ações em circulação, entre ordinárias e preferenciais
MBRF (MBRF3): lucro recua 62% e chega a R$ 94 milhões no 3T25; confira os primeiros números após a fusão
Nas operações da América do Norte, os resultados foram impulsionados pela racionalização da produção e crescente demanda pela proteína bovina
Vale a pena investir na Minerva (BEEF3): Santander eleva preço-alvo e projeta alta de 25% com dividendos no radar
Analistas avaliam que queda de 14% após balanço foi um exagero, e não considera os fundamentos da empresa adequadamente