Ações da Embraer (EMBR3) caem 11% em uma semana e JP Morgan diz que o pior ainda está por vir
O banco norte-americano acredita que, no curto prazo, a fabricante brasileira de aeronaves continuará volátil, com ações sendo usadas como referência para o risco tarifário
Uma tempestade envolvendo as tarifas anunciadas por Donald Trump sobre o Brasil pode impedir a Embraer (EMBR3) de continuar voando, apesar do otimismo recente com a fabricante brasileira de aeronaves, alerta o JP Morgan.
O papel EMBR3 já sente os efeitos das tarifas de 50% anunciadas pelo presidente norte-americano sobre exportações brasileiras para os EUA na quarta-feira (9). Na última semana, as ações da companhia caíram 11,01%, encerrando uma sequência de sessões positivas.
Em relatório, o banco norte-americano estima que, no pior cenário, o impacto das tarifas poderia derrubar o lucro operacional anualizado da Embraer em até 41%, caso a medida entre em vigor em 1º de agosto como planejado.
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Os analistas Marcelo Motta, Jonathan Koutras e Seth Seifman acreditam que o cenário ainda não está totalmente refletido no preço das ações da companhia, que atualmente precifica uma tarifa de apenas 20%. Essa projeção reflete o cálculo da própria fabricante, que indicou que uma tarifa de 10% já reduziria seu lucro operacional (Ebit).
Com a depreciação recente desde o anúncio das tarifas, os analistas projetam que ainda pode haver uma correção adicional de até 30% no papel, caso o mercado passe a precificar integralmente o impacto da tarifa máxima.
No curto prazo, o JP Morgan prevê que as ações da Embraer sigam voláteis, com investidores usando os papéis como uma espécie de "proxy" (referência) para medir os riscos tarifários.
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Na sessão desta segunda-feira (14), as ações da Embraer encerram com queda de 0,89%, cotadas a R$ 73,64. Já o Ibovespa (IBOV) também recuou 0,65%, aos 135.298,99 pontos.
O que já está no preço das ações da Embraer?
Segundo o JP Morgan, as ações da Embraer já refletem um impacto equivalente a uma tarifa próxima de 20%, alinhada às estimativas internas da fabricante de aeronaves.
No cenário mais pessimista projetado pelos analistas, uma tarifa de 50% implicaria em perda anualizada de até US$ 338 milhões no Ebit, o que representa cerca de 41% do lucro operacional esperado.
O banco norte-americano também aponta divergências entre investidores quanto à extensão real das tarifas.
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Investidores estrangeiros enxergam como improvável a aplicação integral da tarifa, citando negociações anteriores envolvendo EUA, México e Canadá. Já os investidores brasileiros demonstram mais preocupação, considerando o risco suficiente para reduzir posições ou operar vendidos nas ações da Embraer.
Outro fator relevante para os analistas é o risco relacionado à companhia aérea Azul (AZUL4), que atravessa um processo de recuperação judicial nos EUA (Chapter 11).
Como a Azul é cliente da Embraer, possíveis provisões relacionadas aos contratos de serviços podem pressionar os resultados do segundo trimestre da fabricante, previstos para 5 de agosto.
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