O dólar vai cair mais? Kinea reduz posição comprada na moeda americana, segue vendida em bolsa brasileira, mas mantém uma aposta de alta
A desaceleração da economia brasileira, os juros altos e o cenário político incerto levaram a gestora a manter a posição vendida na bolsa do Brasil — e, taticamente, também vendida em real
Uma imigrante chinesa precisa salvar o mundo sozinha, explorando outros universos e outras vidas que poderia ter vivido. Essa é a história de “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo”, um filme vencedor do Oscar em 2023 e que está sendo comparado pela Kinea Investimentos ao início do governo de Donald Trump.
A semelhança não está nas sete estatuetas que o filme levou, mas na história que explora o conceito de multiversos — múltiplas realidades paralelas existindo simultaneamente.
Baseada nessa visão, a gestora reduziu as posições compradas — aquelas que apostam na alta — do dólar.
“A ideia de ‘Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo’ nos faz lembrar do primeiro mês de governo de Donald Trump, tanto pela imprevisibilidade das ações quanto pela sensação de estarmos sendo puxados em múltiplas direções, com desfechos ainda incertos das políticas propostas”, escreve a equipe de gestão da Kinea.
- VEJA MAIS: 30 dias de Trump na Casa Branca; confira os melhores momentos
O multiverso de Trump leva a aposta na alta dos juros
Saber em que multiverso Trump está, nem a Kinea sabe, mas a gestora vê um cenário de aperto monetário à frente — e, baseada nisso, fez suas apostas.
“Com um possível processo virtuoso, em que Trump consiga, na verdade, derrubar tarifas globais ao tentar equalizar as tarifas de importação dos EUA; ou um processo vicioso, em outro multiverso, em que tarifas retaliatórias sejam implementadas em diversos países, em uma escalada que torne o comércio global mais caro e ineficiente”, diz.
Leia Também
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
E é por conta das incertezas com relação tanto a prazos quanto intensidade das tarifas, que a gestora reduziu as posições compradas em dólar.
Na contramão, a Kinea manteve as posições tomadas em juros nos EUA.
A aposta na alta das taxas se justifica: o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vem dando sinais de pausa do ciclo de afrouxamento monetário diante das preocupações inflacionárias e fiscais do país.
LULA CAI E BOLSA SOBE: Como a popularidade do presidente mexe com os mercados
O Brasil também tem seu multiverso
A Kinea diz que o multiverso em que o Brasil se encontra também é incerto. Por isso, a gestora manteve a posição vendida na bolsa brasileira e, taticamente, também vendida em real.
Segundo a equipe de gestores, o quadro indica “desaceleração econômica e altas taxas de juros, com efeitos nas contas públicas brasileiras, dentro de um cenário político incerto”.
A queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a Kinea, permitiria a ascensão de uma possível agenda fiscalista no Planalto — o que mereceria uma substancial revisão do preço dos ativos de risco no País.
“Por outro lado, e em outro multiverso, faltam 20 meses para a eleição e continuaremos a viver uma conjuntura complexa: com altas taxas de juros, uma economia em desaceleração e possível recessão, propostas fiscais e parafiscais, como a isenção de cinco mil reais para o imposto de renda, e um cenário externo que pode se tornar hostil a mercados emergentes caso tarifas e juros mais elevados na parte longa da curva se materializem”, diz.
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025