Nem Trump para o Ibovespa: índice descola de Nova York e sobe 1,43% com a ajuda de “quarteto fantástico”
Na Europa, a maioria da bolsas fechou em baixa depois que o presidente norte-americano disse que pode impor tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas da UE — as fabricantes de vinho e champagne da região recuaram forte nesta quinta-feira (13)

Nem Donald Trump conseguiu parar o Ibovespa nesta quinta-feira (13) — e olha que o presidente norte-americano tentou. Logo cedo, o republicano disse que poderia impor tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas da Europa, uma ameaça que mais uma vez custou caro para a bolsa de Nova York.
Depois de renovar uma série de máximas intradia, o Ibovespa fechou a sessão com alta de 1,43%, aos 125.637,11 pontos. O principal índice da bolsa brasileira recebeu impulso da Petrobras (PETR4), da Vale (VALE3), dos bancos e da B3 (B3SA3).
Apesar das perdas do petróleo, as ações da Petrobras operaram em alta ao longo do dia: PETR4 subiu 1,00% e PETR3, 0,71%.
Já a Vale avançou 1,38% diante da perspectiva de que a China demandará mais produtos brasileiros com a política protecionista de Trump.
Os bancos, por sua vez, subiram em bloco graças à queda dos juros futuros, que aumentaram o apetite por ativos brasileiros. Itaú (ITUB4) teve alta e 1,62%, enquanto Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) subiram 1,75% e 1,12%, respectivamente.
Outro impulsionador do Ibovespa hoje foi a valorização de 10,48% das ações da B3, a operadora da bolsa brasileira, após decisão do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) livrar a empresa de uma tributação bilionária.
Leia Também
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia em queda de 0,15%, cotado a R$ 5,8002. Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a renovar máxima da sessão (R$ 5,8358) embalada pelas preocupações fiscais, com as tarifas de Trump e com o risco de recessão nos EUA.
- VEJA MAIS: Onde investir em março? Analistas recomendam as melhores ações, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas para este mês
Ibovespa sobe, Nova York sofre
Se o dia foi de ganhos expressivos do Ibovespa, o mesmo não se viu em Wall Street.
O S&P 500 terminou o dia recuando 1,39%, aos 5.521,52 pontos, entrando em território oficial de correção de mercado, baixando 10,1% do último pico.
O Dow Jones perdeu 538 pontos e fechou a sessão com queda de 1,30% — esse foi o quarto dia seguido de declínio do índice, que acabou ficando abaixo dos 41 mil pontos (40.813,57 pontos).
O Nasdaq Composite, por sua vez, recuou 1,96%, aos 17.303,01 pontos, com ações como Tesla e Apple operando em queda.
A implementação agressiva da política comercial de Trump vem abalando os mercados neste mês, com investidores preocupados com o risco de uma recessão no caminho da economia norte-americana neste ano.
Se continuarem como estão, o S&P 500 e o Nasdaq estão a caminho de amargar fortes perdas na semana — até agora já recuaram 4,2% e 4,8%, respectivamente. O Dow já caiu 4,6% até o momento e segue rumo ao maior declínio semanal desde março de 2023.
Na manhã desta quinta-feira (13), Trump foi à plataforma Truth Social para ameaçar taxar com 200% todos os produtos alcoólicos provenientes de países da União Europeia em retaliação à tarifa de 50% do bloco sobre o uísque.
"Isso será ótimo para os negócios de vinho e champanhe nos EUA", escreveu ele.
Mais tarde, Trump ainda comentou que não mudaria de ideia sobre um grupo mais amplo de tarifas definidas para serem implementadas em 2 de abril.
ONDE INVESTIR EM MARÇO: Dividendos | Selic e perspectiva ruim do mercado podem afetar carteira?
Bolsas na Europa sentem o golpe
O Ibovespa também descolou do movimento da Europa. A maioria das bolsas europeias sentiu o golpe e terminou o dia com perdas.
Em Londres, o índice FTSE 100 terminou com ganho marginal de 0,02%, a 8.542,56 pontos. O DAX, de Frankfurt, caiu 0,63%, para 22.532,98 pontos. Já o CAC 40, em Paris, perdeu 0,64%, fechando a 7.938,21 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve alta de 0,14%, a 12.821,30 pontos, enquanto em Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,61%, para 6.722,00 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em baixa de 0,80%, a 37.999,73 pontos.
As fabricantes de bebidas alcoólicas foram as que mais sentiram as ameaças de Trump. A Pernod Ricard caiu 3,97%, a Rémy Cointreau desvalorizou 4,67%, enquanto o Grupo Campari recuou 4,31%.
Em 2024, os EUA importaram cerca de US$ 5,4 bilhões em vinho da UE, incluindo cerca de US$ 1,7 bilhão em vinhos espumantes como champanhe, de acordo com dados do Census Bureau.
A gigante das bebidas Diageo, dona de marcas como Johnnie Walker e Guinness, no entanto, não perdeu tanto: recuou 0,2%.
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda