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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
MERCADOS

Ibovespa começa mal em 2025 e dólar flerta com a estabilidade: como foram as primeiras sessões do ano aqui e lá fora

Em Wall Street, a bolsa de Nova York até derrapou no início do ano, mas conseguiu se recuperar a ponto de consolidar ganhos nas duas primeiras sessões de 2025

Carolina Gama
4 de janeiro de 2025
13:48 - atualizado às 19:30
ibovespa recorde histórico em real e em dólar
Imagem: Canva/Montagem - Maria Eduarda Nogueira

Se as primeiras sessões de 2025 forem um spoiler do que vem por aí no ano, a notícia para o investidor brasileiro não é das melhores: o Ibovespa começou mal, enquanto o dólar flertou com a estabilidade. 

O principal índice de ações da bolsa brasileira acumula perda de 1,46% nas duas primeiras sessões de 2025 e de 1,44% na semana. Além da baixa liquidez devido ao recesso, fantasmas já conhecidos voltaram a assombrar o mercado por aqui.

As incertezas fiscais seguem pesando sobre o Ibovespa em meio ao impasse com relação às emendas parlamentares — que ainda representam um desafio para o ajuste das contas públicas. 

Vindos lá de fora, velhos temores também insistem em dar as caras neste começo de ano: o ritmo de crescimento da China e a expectativa de que o governo de Donald Trump — que toma posse em 20 de janeiro — seja ainda mais protecionista ajudaram a minar o apetite pelo risco.

Para piorar a sensação de que 2025 pode não ser um ano fácil para a bolsa, na sexta-feira (3), o HSBC rebaixou a recomendação de ações brasileiras de neutra para venda, argumentando que considera o Brasil uma "armadilha clássica de valor".

Segundo o banco, o valuation da bolsa brasileira parece barato, com preço sobre lucro (P/E) projetado para 12 meses em 6,6 vezes, mas ainda assim "há poucas razões para isso mudar".

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"A decepção dos investidores com o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo criou um ciclo vicioso de taxas de juros mais altas, real mais fraco, inflação mais alta e expectativas de crescimento econômico mais lento", disseram os analistas do HSBC em relatório. 

As vencedoras e as perdedoras do Ibovespa no começo de 2025

Se o Ibovespa saiu atrás na largada de 2025, teve ação que esteve na ponta vencedora do principal índice da bolsa brasileira. 

Liderando o pelotão dos ganhos nas duas primeiras sessão do ano está a CVC (CVCB3), que logo na primeira sessão do ano entrou em leilão por variação máxima permitida depois de subir mais de 10% na quinta-feira (2). Na sexta-feira (3), o papel acabou fechando no zero a zero, o que garantiu um ganho acumulado de 8,7%. 

Confira as ações que mais subiram nas duas primeiras sessões do ano:

EmpresaTickerAcumulado de 2025
CVCCVCB38,70%
AzulAZUL45,93%
São MartinhoSMTO34,04%
Pão de AçúcarPCAR33,92%
PetrobrasPETR32,46%
Fonte: Broadcast

Entre as perdedoras dos primeiros pregões de 2025, a Usiminas (USIM5) aparece em primeiro lugar no pódio, com perda acumulada de 8,83%. 

A siderúrgica sentiu o efeito de um combo formado pela baixa do minério de ferro na sexta-feira (3), pelas dúvidas com relação ao crescimento econômico da China e pela alavancagem do próprio setor — que puxou para baixo outras gigantes metálicas como a Gerdau (GGBR4) e a CSN (CSNA3), com recuos de 4,52% e 7,34%, respectivamente, no acumulado do ano. 

Mas o pódio das maiores perdas de 2025 tem outras ações: 

EmpresaTickerAcumulado de 2025
UsiminasUSIM5-8,83%
CSNCSNA3-7,34%
MinervaBEEF3-6,48%
VivaraVIVA3-5,97%
YduqsYDUQ3-5,96%
Fonte: Broadcast

O dólar nos primeiros dias do ano

O dólar deixou muito investidor de cabelo em pé no final do ano passado, quando atingiu R$ 6,30 na máxima histórica do dia 19 de dezembro — e demandou uma série de intervenções do banco central por meio de leilões. 

Assim como o Ibovespa, o câmbio também sentiu o peso do descontentamento dos investidores com a questão fiscal brasileira, além de ter se fortalecido lá fora com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro. 

Neste início de 2025, no entanto, o dólar segue estável. Nas primeiras duas sessões do ano, a moeda norte-americana acumula alta de 0,03%. Na quinta-feira (2), fechou a R$ 6,1625 (-0,29%) e na sexta-feira (3) subiu a R$ 6,1821 (+0,32%) — na semana, as perdas foram de 0,18%

A estabilidade da moeda norte-americana nas últimas duas semanas contrasta com a expectativa de valorização nos próximos meses. 

Tanto a possibilidade de menos cortes de juros nos EUA quanto a de crescimento robusto na economia do país têm potencial para fortalecer o dólar. Soma-se a isso fatores que podem enfraquecer o real, entre eles, o receio do estrangeiro com investimentos brasileiros e a incerteza fiscal. 

TRUMP, Bitcoin, Embraer, Rebeca Andrade… O MELHOR do Seu Dinheiro em 2024

Ibovespa cai aqui, e as bolsas lá fora?

Em Wall Street, as bolsas de Nova York começaram o ano derrapando, mas conseguiram garantir ganhos nas primeiras sessões de 2025. 

O Dow Jones acumula avanço de 0,44%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 alçaram voos ainda mais altos: 1,61% e 1,03%, respectivamente.

Depois de terminarem a quinta-feira (2) em queda, os índices consolidaram ganhos na sexta-feira (3) de cerca de 1%, quebrando ciclo de quatro sessões consecutivas de perdas. A semana, no entanto, foi de perdas: -0,61% para o Dow, de -0,48% para o Nasdaq e de -0,51% para o S&P 500. 

Já o dólar manteve correção dos ganhos, terminando a sexta-feira (3) em queda contra rivais, mas em forte alta semanal. 

A Capital Economics projeta que a economia dos EUA e os mercados acionários por lá continuarão com performance superior a de pares, dando fôlego para o dólar ante outras divisas. 

Na renda fixa, os yields (rendimento) dos Treasurys subiram na sexta-feira (3), após o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Mike Johnson, assegurar reeleição ao cargo. 

O republicano é aliado de Trump e foi apoiado por ele na disputa. Johnson foi reeleito no primeiro turno de votação em uma disputa acirrada. Na contagem final, ele recebeu 218 votos; Hakeem Jeffries, um democrata de Nova York, obteve 215.

Segundo a Oxford Economics, a ponta longa dos yields tem atraído atenção diante da incerteza sobre o rumo da economia dos EUA, da possível efetivação das tarifas de Trump e dúvidas quanto à trajetória fiscal norte-americana.

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