Hapvida (HAPV3) dispara na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas perda de beneficiários acende sinal de alerta. Vale a pena comprar as ações?
A companhia entregou resultado acima do esperado e mostrou alívio na judicialização, crescimento da base de clientes ainda patina. Veja o que dizem os analistas

Depois de um 2024 turbulento, a Hapvida (HAPV3) começou este ano mostrando que ainda tem fôlego.
No primeiro trimestre de 2025, a operadora de planos de saúde conseguiu surpreender o mercado com números robustos, com geração de caixa e redução da sinistralidade.
Não à toa, as ações da empresa operaram em forte alta no pregão desta terça-feira (13).
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Banco do Brasil, BRF, Cosan e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Os papéis HAPV3 fecharam o dia em alta de 11,30% e lideraram a ponta positiva do Ibovespa, negociados a R$ 2,66. Nas máximas do dia, a valorização superou a marca de 13%.
Desde o início do ano, a companhia acumula alta de 20% na B3 — mas ainda 50% abaixo dos patamares negociados na abertura de capital (IPO) na bolsa, em 2018.
O que deu certo (e brilhou) no balanço da Hapvida (HAPV3)
O BTG Pactual descreve o trimestre como “melhor do que o temido”, com destaque para a desaceleração encorajadora nas ações judiciais, forte geração de caixa livre e um índice de sinistralidade robusto (MLR), mas manteve tom cauteloso sobre o crescimento.
Leia Também
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
O principal alívio do resultado veio de uma frente que vinha tirando o sono dos investidores: os gastos com judicialização de beneficiários e as provisões para processos.
“Em nossa visão, os resultados do 1T25 foram animadores, especialmente porque as iniciativas da companhia para enfrentar a escalada judicial começam a gerar resultados concretos. Esses números devem ajudar a ancorar melhor as expectativas dos investidores”, disse o banco.
Enquanto isso, o Santander afirmou que "os números estão alinhados à estratégia da companhia de focar na verticalização, elevar preços, melhorar a rentabilidade e enfrentar o problema da judicialização".
O índice de sinistralidade (MLR), um dos principais termômetros do setor, também mostrou melhora, fechando em 67,6%, abaixo das projeções dos analistas.
Assim como outras operadoras (como Bradesco Saúde, SulAmérica e Porto Seguro), a Hapvida conseguiu entregar uma melhora atípica no indicador, mesmo diante de uma base comparativa desafiadora.
“Embora o recuo geral da demanda por serviços de saúde no setor possa ter ajudado, a companhia manteve bons indicadores de verticalização, evidenciando o esforço em controle de custos — sinal possível de sinergias com a NotreDame Intermédica”, avaliaram os analistas do Goldman Sachs.
Mas tem um porém (e ele é grande)
Apesar do alívio financeiro, a base de beneficiários encolheu. A Hapvida perdeu 70 mil vidas em sua carteira de planos de saúde no trimestre.
O número veio acima até das projeções mais pessimistas — o Goldman Sachs esperava uma perda de 45 mil —, com a operadora mostrando dificuldade em segurar crescimento orgânico num cenário ainda desafiador em São Paulo e nas demais praças onde atua.
“A perda líquida de 70 mil beneficiários de planos de saúde no trimestre foi o ponto fraco, reforçando nossa visão de que o crescimento da Hapvida será difícil em 2025, diante do cenário macro e competitivo desafiador”, escreveram os analistas do Goldman Sachs.
O banco norte-americano se manteve cético quanto à capacidade de crescimento da Hapvida em 2025, especialmente diante da competição mais intensa em São Paulo.
- Leia também: Squadra reforça o apetite pela ação da Hapvida (HAPV3). É o nascer de uma nova favorita no setor de saúde?
O que fazer com as ações da Hapvida (HAPV3)?
O BTG seguiu com recomendação de compra para as ações HAPV3, com preço-alvo de R$ 4,00. A cifra implica uma valorização potencial de 67% em relação ao fechamento anterior.
“Embora o valuation atual seja atrativo para quem busca valor, mantemos recomendação de compra, mas gostaríamos de ver uma retomada mais forte no crescimento orgânico em breve”, acrescentou o banco.
Por sua vez, o Santander destacou a “execução sólida da estratégia” da empresa e o avanço da verticalização, mas reconheceu que a perda de beneficiários e a margem abaixo do ideal pesaram.
Os analistas continuaram com recomendação outperform, equivalente à compra, com preço-alvo de R$ 3,60, alta potencial de 50%.
Já o Goldman Sachs viu “notícias positivas” na desaceleração na constituição líquida de novos depósitos judiciais e na sinistralidade, mas criticou o fraco desempenho comercial.
Apesar disso, o banco norte-americano segue otimista com a ação, com recomendação de compra. O preço-alvo é de R$ 3,80, o que renderia uma valorização de 58,9% frente ao fechamento passado.
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks