Mesmo com números fortes no 3T24, Lojas Renner (LREN3) lidera as perdas no Ibovespa hoje após balanço; o que explica a queda dos papéis?
Varejista de moda teve lucro líquido de R$ 255,3 milhões, uma alta de 48% em relação ao mesmo período do ano passado; veja o que fazer com a ação
Foi bom, mas poderia ter sido ainda melhor. Assim o mercado reagiu na sessão seguinte ao balanço divulgado ontem (7) pela Lojas Renner (LREN3), cujas ações chegaram liderar as perdas do pregão nesta sexta-feira (8), com recuo de 6,80%, a R$ 16,85, por volta das 14 horas. No fechamento, a queda foi de 6,14%, a R$ 16,97.
Já o Ibovespa caiu 1,43%, aos 127.829,80 pontos. No acumulado do ano, os papéis da varejista sobem 7%. A empresa vale R$ 16,29 bilhões na bolsa brasileira.
Apesar dos números fortes, as expectativas do mercado em relação ao 3T24 da Renner estavam muito altas, segundo os analistas do Itaú BBA, em relatório sobre o balanço.
Mas além do balanço, o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do teto da meta de inflação também pressiona as varejistas na bolsa nesta sexta.
As rivais C&A (CEAB3) e a Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, que também divulgaram seus resultados nesta semana, operaram em queda. As ações CEAB3 chegaram a cair 0,24%, a R$ 12,57, mas fechou em alta de 1,27%, a R$ 12,76. Os papéis GUAR3 caíam 4,60%, a R$ 8,08, fechando em queda de 1,53%.
VEJA MAIS: confira gratuitamente mais de 20 recomendações de onde investir em novembro
Leia Também
Os números da Renner no 3T24
De acordo com os resultados da Lojas Renner, a varejista de moda teve lucro líquido de R$ 255,3 milhões, uma alta de 48% em relação ao mesmo período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ficou em R$ 576,8 milhões, com alta de 59,1% em relação ao 3T23.
A receita líquida foi de R$ 3,39 bilhões, com alta de 9,5% no trimestre. Já a receita líquida no varejo cresceu 12,1%, para R$ 2,5 bilhões. As vendas nas mesmas lojas somaram R$ 3,39 bilhões, uma elevação de 11,5% ante o mesmo trimestre do ano passado.
O que dizem os analistas sobre os resultados?
Para os analistas do Itaú BBA, a Renner relatou forte crescimento do SSS (same store sales ou vendas nas mesmas lojas, em português), com expansão da margem bruta (+110 bps para o Varejo, em linha), alavancagem operacional e melhora no negócio de crédito.
“Mas acreditamos que o consenso tinha expectativas muito altas, especialmente no crescimento da receita”, afirma o BBA. “Alguns esperavam uma alta em torno de 13% ou mais para SSS. E o lucro líquido ajustado foi de R$ 193 milhões (12% a menos em relação à estimativa do BBA), mas com crescimento de 32,5% em relação ao ano anterior”.
Apesar das expectativas frustradas, os analistas do BBA ressaltaram, entre os destaques positivos, a melhoria no segmento de serviços financeiros, especialmente o Ebitda, que voltou a ser positivo após a redução nas perdas de crédito, com redução da inadimplência.
O banco manteve a classificação “outperform” para os papéis LREN3, equivalente a compra. O preço-alvo é de R$ 24 para a ação em 2025, o que indica um potencial de valorização de 33% sobre o preço do fechamento anterior do papel na bolsa.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Forte, mas sem muitas surpresas
Na avaliação do Santander, o 3T24 da Renner foi sólido e direto, mas sem grandes surpresas nos números operacionais. O banco destacou a evolução contínua da margem Ebitda de varejo e melhorias na Realize, o braço de serviços financeiros da Lojas Renner.
“Esperamos uma reação neutra, já que o forte desempenho já era amplamente esperado”, afirmam os analistas. “Embora a central de distribuição estabilizada em São Paulo e a estratégia bem-sucedida de coleções tenham impulsionado as vendas da Renner acima do crescimento do mercado, a dúvida agora é sobre a sustentabilidade desse ritmo no 4T24”.
Enquanto isso, o Santander mantém a classificação “outperform” para o papel da varejista, com preço-alvo de R$ 23, uma alta de 27% sobre o fechamento anterior.
De forma geral, os resultados vieram em linha com o esperado, na visão dos analistas da XP Investimentos. No entanto, os lucros acima do esperado foram ajudados por recuperação de créditos fiscais de R$ 38 milhões, que foi menor que os meses anteriores.
A corretora também ressaltou a queda de 50% na geração de caixa devido a maiores necessidades de capital de giro da companhia, mas ponderou que as margens foram sólidas e destacou a aceleração da receita no varejo, com alta rentabilidade.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
