‘Efeito Sabesp’ faz JP Morgan elevar preço-alvo da ação da Equatorial, mas recomendação neutra para EQTL3 é mantida
Banco eleva de R$ 35 para R$ 42, mas reforça que a compra da empresa de saneamento já está precificado na ação
A aquisição de 15% da Sabesp (SBSP3) foi um bom negócio para a Equatorial. Pelo menos esta é a visão do JP Morgan.
O bancão norte-americano elevou o preço-alvo de EQTL3 de R$ 35 para R$ 42, projetando uma alta de 17,8% para a holding de energia elétrica.
No entanto, os analistas da instituição reforçam que a aquisição já está de algum modo embutida no valor atual das ações. Dessa forma, eles mantêm a recomendação neutra no papel.
Além do “efeito Sabesp”, o JP Morgan justifica a elevação do preço-alvo pelos bons resultados da empresa no 2T24 e pelo crescimento da demanda maior do que o estimado para o segundo semestre.
- Nem Itaú (ITUB4), nem Nubank (ROXO34): a ação deste banco de investimentos small cap que pode saltar até 32%, segundo o BTG Pactual
Equatorial: é boa, mas não é a principal escolha do JP Morgan
Na projeção dos analistas, a Equatorial oferece uma taxa de retorno interno (TIR) de 10,8% retorno com dividendos (dividend yield) de 1,6%. O cálculo tem como base a perspectiva de distribuição de 25% do resultado aos acionistas.
Dentre as concessionárias integradas de serviços públicos do Brasil, o banco considera que a holding tem um dos múltiplos menos atrativos, dado o seu bom histórico, potencial de execução e perfil de crescimento.
Leia Também
Em relatório recente, o JP Morgan avalia que as distribuidoras de energia elétrica brasileiras oferecem um potencial de valorização de 18,4% e uma TIR de 11,1%, com um risco relativamente menor.
Nesse contexto, as escolhas do JP Morgan no segmento de energia são Energisa (ENGI1) e Copel (CPLE6).
- Leia mais: Entenda por que a alta da Selic em 2024 pode não ser “má notícia” para o mercado brasileiro
Negócio da Equatorial é sólido e diversificado; aquisição de parte da Sabesp é estratégica
Apesar da recomendação neutra em EQTL3, o JP Morgan reforça que a empresa tem uma gestão de primeira classe e que opera em um ambiente favorável para aumentar suas receitas e expandir seus negócios.
“A Equatorial obteve muito sucesso em aquisições no segmento de distribuição, seja de energia elétrica ou de saneamento. O sucesso vem de um profundo entendimento do modelo regulatório no Brasil, da disposição de entrar em concessões desafiadoras e assumir riscos que outros players considerariam muito altos. Esta abordagem deu resultado em todas as aquisições de distribuição da empresa”, comentam os analistas em relatório.
Equatorial também tem o negócio bem diversificado: além da distribuição de energia elétrica, a empresa está presente no mercado de energias renováveis e no setor de saneamento, com a aquisição estratégica de 15% da Sabesp.
As ações de SBPS3 foram compradas pela Equatorial a R$ 67 no começo deste mês, o que o banco americano considera “extremamente atrativo”. Isso porque o JP Morgan antevê a ação da Sabesp cotada em R$ 125 até o fim de 2025.
Para financiar a operação, de valor total de R$ 6,9 bilhões, a Equatorial lançou mão de um aumento de capital de até R$ 2,5 bilhões, além de um empréstimo-ponte de R$ 5,6 bilhões.
- O empréstimo-ponte é um tipo de financiamento de curto prazo, usado principalmente em negociações que são sensíveis ao tempo e precisam ser fechadas de forma quase imediata.
Somando-se a isso, a empresa vendeu sua linha de transmissão SPE 07 por R$ 800 milhões, com um retorno sobre o investimento de 7,2%; e ainda possui outras sete projetos de transmissão que podem trazer uma receita total de R$ 1,1 bilhão, com valor patrimonial potencial estimado em R$ 6,3 bilhões.
Esta venda de ativos poderia ser usada para quitar o financiamento da aquisição da Sabesp, na visão do JP Morgan. Dessa forma, segundo o banco, não seria necessária uma captação adicional de recursos.
Quer se aprofundar no assunto? Leia nossas outras reportagens:
- Privatização da Sabesp (SBSP3) é concluída e Equatorial (EQTL3) tem que pagar a conta: presidente da companhia diz ter mais ativos prontos para vender e levantar recursos
- A Sabesp (SBSP3) continua uma pechincha? Saiba o que fazer com as ações após a privatização; Itaú BBA também dá dica sobre outro papel
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
