Após renovar máxima no dia, Ibovespa perde os 134 mil pontos, mas fecha em alta de 0,77% com ajuda da Moody´s; dólar cai a R$ 5,4448
O principal índice da bolsa brasileira chegou mirar a marca dos 135 mil pontos, com renovações consecutivas de máximas intradia, mas perdeu um pouco do fôlego perto do fim das negociações

Nadar contra a correnteza é perigoso e cansativo — o melhor mesmo é encontrar uma rota mais suave. No caso do Ibovespa, a elevação do rating do Brasil pela Moody´s e o avanço das ações da Petrobras (PETR4), com a alta do petróleo, ajudaram o principal índice da bolsa brasileira a atravessar a arrebentação de Nova York, renovar máximas intradia e fechar a quarta-feira (02) em alta.
No início da noite de ontem (01), a agência de classificação de risco elevou a nota do Brasil de Ba2 para Ba1 e manteve a perspectiva positiva — deixando o Brasil a um degrau do investment grade, o selo de bom pagador que ajuda a atrair mais investimentos.
A melhora do rating — a segunda em cinco meses pela Moody´s — ajuda o Ibovespa a renovar máximas intradia e mirar a marca dos 135 mil pontos. Durante boa parte da manhã, só Weg (WEGE3) operava em queda, de forma moderada (-0,30%), de um total de 86 papéis da carteira.
“A Fitch já havia elevado o rating do Brasil para BB em julho de 2023, com perspectiva estável, e reafirmado a mesma classificação em junho de 2024. A S&P Global elevou o rating do Brasil em dezembro de 2023 para BB, com perspectiva estável. No entanto, a última vez que a Moody's revisou a nota do Brasil foi apenas em abril de 2022. Apesar disso, acreditamos que a elevação pela Moody's foi surpreendente", disse o Citi em relatório.
Ainda assim, os ganhos do principal índice de ações da B3 foram limitados pela queda das bolsas norte-americanas durante boa parte da sessão. Nova York operou com perdas são provocadas pelas tensões no Oriente Médio — com a chuva de mísseis lançada pelo Irã sobre Israel no dia anterior, mas se recuperou no fim do dia, terminando no azul.
Por aqui, o Ibovespa avançou 0,77% aos 133.514,94 pontos. Na máxima do dia, o índice da bolsa brasileira chegou aos 134.921,66 pontos.
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Petrobras pega carona no petróleo e ajuda o Ibovespa
Os futuros do petróleo ganham tração no mercado internacional, chegando a avançar 3%, muito por conta da escalada das tensões entre Irã e Israel.
Mais cedo, o embaixador de Israel nas Nações Unidas (ONU) defendeu que seu país imponha uma resposta dolorosa ao ataque iraniano de ontem — Teerã lançou quase 200 mísseis em direção ao território israelense em retaliação à morte de líderes do Hamas e do Hezbollah.
O mercado de petróleo também opera de olho nos níveis de produção futuros. Segundo a Reuters, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) se reúne amanhã e não deve recomendar mudanças na atual política de produção, permitindo um aumento gradual a partir de dezembro.
Fato é que esse avanço do petróleo no mercado internacional reduziu a diferença dos preços praticados pela Petrobras no mercado interno em relação aos comercializados no Golfo do México — a referência dos importadores brasileiros — de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Com isso, o eventual espaço para redução de preços no Brasil ficou menor.
As ações PETR4 terminaram o dia com alta de 1,27%, enquanto as PETR3 avançou 1,19%.
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Na contramão, dólar cai
O dólar à vista foi na contramão do avanço do Ibovespa e operou em queda depois de a melhora no rating do Brasil ter alimentado o apetite dos investidores por ativos considerados mais arriscados como as ações.
De acordo com analistas, a desvalorização da moeda norte-americana por aqui também é justificada pelo retorno, ainda que tímida neste momento, dos investidores estrangeiros diante dos novos estímulos da China e das perspectivas monetárias divergentes — corte de juros nos EUA e alta da Selic.
O dólar à vista fechou o dia com baixa de 0,35%, a R$ 5,4448, com as perdas limitadas pela pressão externa da alta dos yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro dos EUA e da moeda norte-americana ante seus principais pares após dados de emprego divulgados mais cedo por lá.
De acordo com a ADP, o setor privado dos Estados Unidos criou 143 mil empregos em setembro — acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam geração de 125 mil postos de trabalho neste mês.
O dado é um esquenta para a sexta-feira (04), quando o governo norte-americano divulga o relatório oficial de emprego, chamado payroll, que baliza as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central do país).
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