FGC começa a pagar garantias dos credores da Portocred. Mas e a BRK Financeira?
Quem tinha investimentos em ativos da Portocred já pode dar os próximos passos para receber seu ressarcimento; já os credores da BRK Financeira, que quebrou no mesmo dia, ainda precisam esperar

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) iniciou, nesta segunda-feira (13), o pagamento das garantias aos credores da Portocred, instituição financeira que sofreu liquidação extrajudicial em meados de fevereiro.
A financeira tinha 12 mil credores, com depósitos elegíveis à garantia do FGC no valor total de cerca de R$ 521 milhões. Eles tinham investimentos em dois tipos de Letras Financeiras (LFs) e dois tipos de Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGEs). Segundo o fundo, 68,5% dos depositantes que têm direito à cobertura já se cadastraram para receber o ressarcimento no aplicativo do FGC.
Quem já está cadastrado pode agora proceder para os próximos passos. Primeiro, deve ser feita a identificação dos credores, com o envio de uma cópia do RG ou da CNH e a informação dos dados bancários, para a preparação do documento a ser assinado.
O pagamento das garantias relacionadas à Portocred será realizado em até 48 horas após o credor assinar o termo no app. O depósito será feito na conta informada, que deve ser de titularidade do credor, por meio de uma TED. "A segurança do processo é garantida pela exigência de assinatura digital e, também, pelo uso da biometria", diz o FGC.
O FGC orienta investidores e depositantes que ainda não terminaram de se cadastrar a checar se receberam o código para finalização do cadastro via e-mail ou SMS. Caso não tenha recebido, o usuário deve checar sua caixa de spam.
- Você investe em ações, renda fixa, criptomoedas ou FIIs? Então precisa saber como declarar essas aplicações no seu Imposto de Renda 2023. Clique aqui e acesse um tutorial gratuito, elaborado pelo Seu Dinheiro, com todas as orientações sobre o tema.
E a BRK Financeira?
No mesmo dia em que a Portocred quebrou, a BRK Financeira também teve a sua liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central. No entanto, o ressarcimento aos investidores que tinham títulos emitidos pela instituição ainda não começou.
Leia Também
O FGC diz que ainda aguarda o recebimento das informações consolidadas dos credores da BRK, que devem ser enviadas pelo próprio liquidante da instituição, para poder iniciar os pagamentos. O fundo não tem acesso direto a essas informações nas instituições financeiras associadas, pelas normas de sigilo bancário.
Por ora, os investidores com direito ao ressarcimento devem somente se cadastrar no app do FGC e continuar acompanhando o andamento do processo pelo site e pelas redes sociais do fundo. Pessoas Jurídicas devem se cadastrar pelo site do FGC.
A BRK Financeira tem mais credores na sua base com direito à garantia do FGC do que a Portocred. No total, são 42 mil investidores, que devem receber R$ 1,7 bilhão. Eles tinham, quando da liquidação da financeira, investimentos em 15 tipos de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), que costumavam ser muito distribuídos por plataformas de investimentos.
Segundo o fundo, o tamanho da carteira da instituição liquidada, bem como seu nível de complexidade são fatores que podem fazer com que umas demorem mais que outras para enviar os dados dos credores.
Início dos pagamentos da BRK Financeira vai demorar?
Não há um prazo definido na regulamentação para que o FGC efetue o pagamento das garantias. Ele só é realizado quando o fundo recebe os dados sobre os credores elegíveis, o que depende de o liquidante nomeado pelo Banco Central conseguir unificar as informações da instituição liquidada com aquelas enviadas por corretoras e distribuidoras, bem como as presentes na base de dados da B3.
Segundo o FGC, nas últimas liquidações, o tempo médio para o pagamento foi de cerca de um mês. Importante frisar que os juros recebidos como rendimento das aplicações financeiras podem ser contemplados pela garantia do FGC caso estejam dentro do limite de cobertura, de R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira. Mas entre a liquidação do emissor e o pagamento da garantia não há incidência de juros ou correção monetária.
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos
Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima
Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção
Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo
São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido
Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo
Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro
Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar
O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs
Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas
Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências
Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês
BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro
CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio
“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?
MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil
Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre
Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro
Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente
Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor
Petrobras (PETR4) emite R$ 3 bilhões em debêntures, com taxas que pagam menos que os títulos públicos — mas são consideradas atrativas
A renda fixa da Petrobras, com isenção de imposto de renda, tem apelo significativo neste momento, segundo avaliação da Empiricus
Subiu mais um pouquinho: quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 15%
Copom aumentou a taxa básica em mais 0,25 ponto percentual nesta quarta (18), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; ajuste deve ser o último do ciclo de alta
Acabou a isenção: como as mudanças propostas no imposto de renda dos investimentos podem mexer com os mercados
Investidores podem esperar mudanças nas taxas, nos prazos e nos retornos se propostas da MP 1.303/25, que estabelece imposto de 5% para isentos e alíquota única de 17,5% para demais investimentos, forem aprovadas
LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas devem perder isenção de IR e passar a ser tributadas; veja regras completas
Governo publicou texto da Medida Provisória com novas regras de tributação para investimentos que inclui tributação de 5% para títulos de renda fixa antes isentos
Estratégia dos gestores: títulos AAA e agro ficam em segundo plano; pitada de risco é bem-vinda para melhorar retornos
Enquanto investidores colocam cada vez mais fichas no crédito privado, gestores enfrentam cenário mais difícil para retornos acima da curva
O que esperar da renda fixa com o fim das altas na Selic e a possível tributação de isentos, como LCI e LCA?
No Touros e Ursos desta semana, Ulisses Nehmi, CEO da gestora de renda fixa Sparta, fala sobre estratégias e riscos diante de um juro tão alto e ameaças de tributação
Renda fixa em junho: Tesouro IPCA+ e debênture da Sabesp são destaques; indicações incluem títulos isentos como CRIs, LCAs e a nova LCD
Veja o que BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam comprar na renda fixa em junho
Não são só as LCIs e LCAs! CRI, CRA e debêntures incentivadas também devem perder isenção; demais investimentos terão alíquota única
Pacote de medidas para substituir o aumento do IOF propõe tributação de 5% em todos os títulos de renda fixa hoje isentos, além de alíquota única de 17,5% nas demais aplicações
Ainda vale a pena investir em LCI e LCA com o imposto de 5% proposto por Haddad? Fizemos as contas
Taxação mexe com um dos investimentos preferidos do investidor pessoa física; LCI e LCA hoje são isentas de imposto de renda