Rodolfo Amstalden: Os caminhos escolhidos por Elon Musk fizeram o dinheiro correr atrás dele e não o contrário
O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e do Twitter, teve biografia lançada recentemente e mostra que a motivação da sua vida nem sempre foi o dinheiro

Comecei a ler a biografia de Elon Musk, por Walter Isaacson.
Digo que "comecei a ler" pois, apesar de estar na página 113, tenho um longo caminho pela frente até chegar à derradeira página 616.
E mais: não devemos confundir a última página do livro com o último capítulo da saga de Musk no Planeta Terra (ou no Planeta Marte).
Aos 52 anos, Elon provavelmente colecionará ainda vários episódios dignos de nota.
Essa persistência transcendental em relação ao livro remete a uma crítica alimentada por parte do mercado editorial, de que biografias não deveriam ser escritas com a personagem ainda viva.
O próprio Isaacson parece ter seguido essa regra em diversas ocasiões, percorrendo a vida e morte de Albert Einstein, Leonardo da Vinci e Steve Jobs.
Leia Também
Super Quarta de contrastes: a liquidez vem lá de fora, a cautela segue aqui dentro
O melhor aluno da sala fazendo bonito na bolsa, e o que esperar dos mercados nesta quinta-feira (18)
No entanto, também logrou êxito com exceções, como nos casos de Os Inovadores e A Decodificadora.
Eu não vejo problema em retratar um Musk ainda vivo e bastante ativo; sob alguns aspectos, acho até mais interessante.
A leitura superficial é a de que o livro corre o risco de contar a história pela metade, mas já no início ele alcança bem mais do que isso, desvendando os traumas de infância, as neuroses e – sobretudo – a força motriz de seu protagonista.
Aprender sobre as formas de pensar e agir de alguém que está vivo – e pode interferir decisivamente, por exemplo, na Guerra da Ucrânia – me parece mais útil do que conversar com um túmulo.
- LEIA TAMBÉM: Rodolfo Amstalden: Como calcular o preço-alvo de uma ação? Entenda as ‘brechas’ do fluxo de caixa descontado
Musk: um dos homens mais ricos do mundo não teve como objetivo o dinheiro?
Para além do limite de páginas ou cronológico, o que mais me tem intrigado no livro é uma aparente descorrelação.
Como pode o homem mais rico do mundo ser (relativamente) desinteressado por dinheiro?
"Na Penn, Musk recebeu algumas ofertas de estágio de Wall Street, todas lucrativas, mas o mercado financeiro não o interessava. Ela achava que banqueiros e advogados não contribuíam muito para a sociedade. Além disso, não gostava dos alunos que conhecera nas aulas de administração. Em vez disso, se sentia atraído pelo Vale do Silício".
Em outro trecho do livro:
"Ela ficou impressionada com as ambições de Elon Musk. 'Diferentemente de outras pessoas ambiciosas, ele nunca falava em ganhar dinheiro', diz Justine. 'Ele deduziu que ou ia ficar rico ou ia falir, sem meio-termo. O que interessava eram os problemas que ele queria resolver'.”
- LEIA AINDA: Varejista pode valorizar até 3x com rali de fim de ano da bolsa (não é MGLU3 nem VIIA3); conheça
A trajetória cheia de riscos escolhida por Musk
Assim como outros mortais bilionários, Elon Musk aprecia McLarens, mas nenhuma das decisões relevantes em sua vida empresarial foi motivada por "ganhar mais dinheiro".
Ao contrário, aliás: sua trajetória de assunção de riscos adicionais pode ser interpretada como completamente estúpida para um sujeito que já estava com a vida ganha (USD 22 milhões aos 27 anos).
Outros mil indivíduos geniais que tentassem reproduzi-la provavelmente terminariam quebrados.
Todos nós podemos tentar ficar mais ricos pensando em dinheiro, e alguns até conseguirão.
No entanto, algo me diz que não há como integrar o topo da lista da Forbes seguindo um caminho puramente monetarista ou utilitarista.
Até certo ponto, correr atrás de dinheiro faz bem. Depois desse ponto, porém, o segredo está em fazer o dinheiro correr atrás de você.
A DINHEIRISTA – Crise nas Casas Bahia: Estou perdendo rios de dinheiro com ações VIIA3 (que viraram BHIA3). E agora?
Felipe Miranda: A neoindustrialização brasileira (e algumas outras tendências)
Fora do ar condicionado e dos escritórios muito bem acarpetados, há um Brasil real de fronteira tecnológica, liderando inovação e produtividade
O que a inteligência artificial vai falar da sua marca? Saiba mais sobre ‘AI Awareness’, a estratégia do Mercado Livre e os ‘bandidos’ das bets
A obsessão por dados permanece, mas parece que, finalmente, os CMOs (chief marketing officer) entenderam que a conversão é um processo muito mais complexo do que é possível medir com links rastreáveis
A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic
O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns
Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)
Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa
Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted
A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026
Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)
Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores
Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)
Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA
A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional
Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.
Felipe Miranda: Tarcisiômetro
O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.
A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)
Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada
Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham
Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando
Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)
Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump
Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?
Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.
BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação
As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário
O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje
Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA
Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo
Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse
A ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje
Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA
Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados
Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump
Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?
Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.
Tony Volpon: Powell Pivot 3.0
Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana