Assim como a maior parte do segmento de lajes corporativas, o fundo imobiliário Hedge Office Income (HOFC11) ainda não conseguiu apagar as perdas registradas durante a pandemia de covid-19 — quando as medidas de distanciamento social levaram ao fechamento de escritórios — e opera na B3 com um belo desconto em relação ao valor patrimonial das cotas.
E a diferença entre o preço pelo qual o fundo idealmente deveria ser negociado, considerando seu patrimônio, aumenta ainda mais nesta quinta-feira (11) e chega aos 72,8% após a gestão e os investidores sofrerem um baque duplo. Por volta das 14h, o HOFC11 caía 2,1%, cotado em R$ 24,43.
O FII havia recebido em março uma proposta para venda do Edifício Alameda, um dos imóveis do portfólio, por R$ 42,17 milhões. Mas o potencial comprador comunicou ontem (10) a desistência da negociação, segundo fato relevante enviado ao mercado.
A soma oferecida era 3,37% superior ao valor contábil atual do imóvel e geraria um lucro líquido de R$ 2,57 milhões para o fundo, ou cerca de R$ 0,67 por cota.
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Inquilino deve deixar imóvel do fundo imobiliário HOFC11
A perspectiva de deixar de realizar uma venda com lucro já não é agradável para os cotistas do Hedge Office Income, mas a situação torna-se ainda mais negativa ao analisar o que está por trás do fim da negociação.
O atual locatário do empreendimento — que representa 5,8% da área locável e 19% da receira imobiliária do FII — avisou no início da semana que irá rescindir o contrato de locação. A resilição e a desmobilização ocorrerão nos próximos 90 dias.
De acordo com a Hedge Investments, administradora do HOFC11, a rescisão representará uma queda de R$ 0,10 por cota nos resultados do fundo imobiliário após a efetiva desocupação. Mas destaca que, considerando as penalidades incluídas no contrato, "não há previsão de impacto no rendimento do FII em 2023".