Discurso de Tebet empolga o mercado e Ibovespa sobe mais de 2%; dólar cai a R$ 5,35
O Ibovespa ainda acumula desempenho negativo em 2023, mas a forte alta desta quinta-feira (05) reduziu as perdas
No mundo do futebol, de tempos em tempos um novo quarteto fantástico ou trio invencível de ataque surge para dominar as manchetes e encher o peito dos torcedores de esperanças de que ali estão pessoas imbatíveis — e não é raro que tanta expectativa acabe gerando certa frustração em pouquíssimo tempo.
A Copa do Mundo já acabou e a bola só rola no Brasileirão em abril, mas tem um novo quarteto fantástico que promete dominar as manchetes. Pelo menos as do caderno de economia.
Foi assim que Simone Tebet, ministra do Planejamento, descreveu o “time” que irá comandar a economia do país pelos próximos em seu discurso de posse — “um quarteto a favor do Brasil”, composto por ela, Esther Dweck, ministra da Gestão, Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e Fernando Haddad, Ministro da Fazenda.
Nos últimos dias, os colegas de Tebet já haviam tomado posse de suas respectivas pastas, e trouxeram falas que tentavam conciliar o compromisso do governo com a questão social e a preocupação com a trajetória fiscal do país — sem muito convencimento.
Foi a emedebista que fez os olhos do mercado financeiro brilharem. Em seu discurso, Tebet lembrou que há divergência entre os membros da equipe econômica, mas que isso é saudável. Além disso, a nova ministra mostrou preocupação social, mas batendo na tecla de que o controle de gastos é o caminho.
O discurso pró-mercado da chefe do Planejamento se somou aos sinais dados ontem pelo novo governo de que temas caros ao mercado devem ser levados em consideração. Amanhã, uma reunião entre Lula e seus ministros traz expectativa de que a nova gestão, enfim, alinhará o discurso.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Com o petróleo se recuperando o rubor voltando ao rosto dos investidores brasileiros, a bolsa brasileira ignorou a queda em Wall Street. O Ibovespa subiu 2,19%, aos 107.641 pontos. O dólar à vista encerrou o dia em queda de 1,85%, a R$ 5,3518. A curva de juros passou por alívio.
| CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
| DI1F24 | DI Jan/24 | 13,70% | 13,75% |
| DI1F25 | DI Jan/25 | 13,14% | 13,22% |
| DI1F26 | DI Jan/26 | 13,06% | 13,19% |
| DI1F27 | DI Jan/27 | 13,08% | 13,23% |
Boletim Wall Street
Ainda na ressaca da ata do Federal Reserve divulgada ontem e na expectativa de que os ajustes de juros sigam ao longo de 2023, os principais índices em Wall Street tiveram mais um dia de cautela.
- Dow Jones: -1,02%
- S&P 500: -1,17%
- Nasdaq: -1,47%
Sobe e desce do Ibovespa
Os primeiros dias do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva foram de grande pressão para o mercado financeiro, mas a quinta-feira (05) surge como um respiro em uma semana conturbada para ativos de risco — uma boa notícia para setores mais sensíveis da bolsa, como consumo, varejo e tecnologia.
O temor de um governo gerido sem a preocupação com as contas públicas e com estímulos artificiais ao crescimento deu espaço para um discurso mais moderado de alguns ministros — além de uma percepção de que haverá uma unificação de trajetória, após falas conflitantes nos primeiros dias do mandato.
Os mercados brasileiros, que estiveram mergulhados em uma forte onda de pessimismo com a trajetória fiscal do país para os próximos anos, aproveitam o momento para realinhar suas expectativas. Isso não significa uma mudança de chave completa — mas apenas uma visão menos catastrófica como a dos últimos dias.
Redução da percepção de risco é uma boa notícia para a curva de juros, que operou hoje em forte queda. O movimento impacta diretamente os setores mais sensíveis aos movimentos da Selic na bolsa.
Assim, mesmo com a forte queda dos índices em Nova York e a perspectiva de que o Federal Reserve deve seguir elevando os juros em 2023, as empresas de tecnologia e varejo correram atrás do prejuízo recente e exibiram ganhos robustos.
Confira as maiores altas dessa sessão:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
| AMER3 | Americanas S.A | R$ 9,69 | 11,00% |
| AZUL4 | Azul PN | R$ 11,55 | 9,38% |
| LWSA3 | Locaweb ON | R$ 6,54 | 9,18% |
| BRFS3 | BRF ON | R$ 8,38 | 8,69% |
| GOLL4 | Gol PN | R$ 7,35 | 7,46% |
Na ponta contrária, um dos maiores recuos do dia ficou por conta da operadora de saúde Qualicorp (QUAL3). Nos últimos dias, as ações da empresa haviam avançado forte após a notícia de que a Rede D’Or (RDOR3) irá terceirizar a gestão da sua fatia na empresa e a nova indicação de conselheiros. Confira também as maiores quedas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
| SMTO3 | São Martinho | R$ 22,41 | -2,14% |
| QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 5,93 | -1,82% |
| LREN3 | Lojas Renner ON | R$ 18,70 | -1,53% |
| EMBR3 | Embraer ON | R$ 14,80 | -1,14% |
| ENGI11 | Engie units | R$ 41,35 | -1,01% |
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
