Allos (ALSO3) vende shoppings para fundo imobiliário da Hedge em transação elogiada por analistas; recompra de ações vem aí
A companhia, formada pela união de Aliansce Sonae e brMalls, desfez-se de dois de seus ativos por R$ 444 milhões

A reciclagem não é uma boa iniciativa apenas para o meio ambiente, mas também pode ser benéfica — e lucrativa — para empresas. Uma prova disso é a transação mais recente anunciada pela Allos (ALSO3).
A companhia, formada pela união de Aliansce Sonae e brMalls, comunicou na última terça-feira (3) a venda de dois ativos para o fundo imobiliário Hedge Brasil Shopping (HGBS11) por R$ 444,4 milhões e cap rate (taxa de capitalização) de 7,59%. No fim do dia, a empresa também anunciou uma recompra de ações.
A venda das participações impulsionou as ações da companhia no pregão desta quarta-feira (4). Por volta das 10h50, os papéis ALSO3 operavam em alta de 2,05%, cotados em R$ 21,95. As ações acabaram ganhando tração no final do dia, encerrando com avanço de 3,65%, a R$ 23,59.
A empresa desfez-se de 43% do Boulevard Shopping Bauru, que fica na cidade homônima no interior de São Paulo, por R$ 100,6 milhões, o que representa um cap rate de 9%.
Mas a cifra pode subir ainda mais, pois a Allos negociou um pagamento adicional, ou earn-out, que será calculado com base na receita operacional líquida (NOI) do empreendimento em 2024.
- Renda fixa não acabou: existem títulos exclusivos que são os prediletos dos milionários e estão pagando mais de 2% ao mês; saiba como investir
A transação também inclui toda a participação da companhia no shopping Jardim Sul, ou 60% do ativo, por R$ 343 milhões e cap rate de 8,25%
Leia Também
Vale destacar que o HGBS11 já é dono de 40% do shopping Jardim Sul — a fatia foi adquirida de outro FII da Hedge em julho deste ano. Com isso, o fundo passará a deter 100% do ativo localizado no bairro do Morumbi, na capital paulista.
A recompra de ações
Depois de anunciar a venda dos dois ativos, na noite desta terça-feira a Allos também apresentou um novo plano: a companhia vai recomprar ações.
De acordo com as informações preliminares, a companhia vai adquirir até 5% do capital em ações, ou até 26,6 milhões de ações ordinárias em circulação no mercado. A ideia é aumentar o retorno aos acionistas.
Esses papéis será recomprados dentro do programa da Allos, válido de 11 de outubro de 2023 até 10 de outubro do próximo ano.
Analistas consideram transação ‘agregadora’ e mantêm recomendação de compra para a Allos
De acordo com a Allos, os dois desinvestimentos reforçam sua capacidade “em realizar transações que gerem valor para o acionista, com a busca constante por oportunidades de otimizar a alocação de capital da companhia”.
E os analistas parecem concordar com essa visão. Para JP Morgan, os desinvestimentos são “um dos principais pilares” que justificam a preferência do banco de investimentos pela empresa na comparação com outros pares do segmento de shoppings.
“Adicionalmente, o cap rate desta transação é melhor que o de 8% no desinvestimento da Plaza Sul anunciado em setembro”, acrescentam os analistas.
TOUROS E URSOS - Por que o Ibovespa (ainda) não decolou? Uma entrevista exclusiva com Felipe Miranda
Já o BTG Pactual destaca que a Allos não pagará nenhum imposto sobre o ganho de capital com a venda, o que torna o negócio ainda mais “agregador”.
Além disso, os analistas afirmam que o movimento “reforça a estratégia de reciclagem da empresa, já que esses ativos não estavam entre os mais premium do portfólio da Allos.”
Ambos os bancos de investimentos recomendam compra para as ações ALSO3. O BTG estabelece um preço-alvo de R$ 26 para os papéis, com upside de mais de 18%, enquanto o JP Morgan é mais otimista e calcula uma potencial alta de 50%, com preço-alvo de R$ 33.
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA