É hora de comprar Hypera (HYPE3)? Ações lideram altas do Ibovespa após a empresa fechar acordo de leniência milionário; veja o que dizem os analistas
O otimismo do mercado veio após a farmacêutica colocar um ponto final nas investigações envolvendo a companhia que duraram cerca de seis anos
A Hypera (HYPE3) finalmente conseguiu se livrar das nuvens de risco tão tempestuosas que rondavam a companhia há anos. A sessão desta quarta-feira foi ensolarada para a empresa e as ações lideraram com larga vantagem as altas do Ibovespa.
O otimismo veio após a farmacêutica colocar um ponto final nas investigações envolvendo a companhia que duraram cerca de seis anos. As ações HYPE3 fecharam o dia com alta de 7,66% na B3, negociadas a R$ 41,76. Com isso, os papéis acumulam valorização quase 47% em 2022.
“Há anos, as ações da Hypera negociam com múltiplos descontados para a qualidade do negócio, justamente por conta desse risco envolvendo a companhia. Agora, com esse bode bem longe da sala, esperamos que as ações se aproveitem de um re-rating daqui para frente”, disse Ruy Hungria, especialista em bolsa na Empiricus.
Os papéis dispararam na bolsa brasileira, representando uma visão positiva do mercado e o fim das preocupações dos investidores com a governança da empresa.
Na máxima do dia, as ações HYPE3 alcançaram o patamar de R$ 41,95, o que representa um novo recorde histórico para o papel da farmacêutica.
O acordo de leniência com a CGU
Toda essa onda de otimismo ocorre porque a empresa celebrou um acordo de leniência — mecanismo de combate à corrupção celebrado entre infratores confessos e órgãos estatais — com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU).
Leia Também
O acordo tem como objetivo encerrar investigações relacionadas aos pagamentos ilegais de ex-executivos feitos a funcionários públicos e políticos entre 2013 e 2016.
A companhia se comprometeu a pagar R$ 110 milhões à vista e a seguir em frente com os programas de integridade e governança, que serão acompanhados pela CGU por 18 meses.
De acordo com a Hypera, o fundador da farmacêutica, João Alves de Queiroz Filho, é quem irá pagar o montante milionário.
Como os analistas enxergam a Hypera (HYPE3)?
“Dona de um negócio gerador de caixa, em pleno crescimento depois das últimas aquisições, com ótimos dividend yields e um múltiplo ainda bastante atrativo para a qualidade do negócio”, comenta Ruy Hungria sobre a Hypera.
Os analistas do JPMorgan seguem a mesma visão sobre a Hypera e acreditam que o acordo é positivo para a empresa e voltaram a recomendar a compra de HYPE3.
A casa estabeleceu um preço-alvo de R$ 45 por ação, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 16% em relação ao fechamento do último pregão, de R$ 38,79.
“Acreditamos que isso deve ser lido de forma positiva pelo mercado e saudamos particularmente as notícias, visto que o foco agora está mudando para as boas tendências operacionais”, disse a casa, em relatório.
Para os analistas, o acordo afasta os receios dos investidores sobre mudanças e impactos sobre incentivos fiscais, uma vez que concluiu-se que a Hypera não se beneficiou dos pagamentos feitos há seis anos e nem prejudicou o setor público.
A XP também vê a notícia como positiva e está otimista com o futuro da farmacêutica. Os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 48 por papel HYPE3, o que implica em um potencial de alta de 23,7% ante a cotação do último pregão.
“O comunicado retira uma carga significativa de incerteza quanto às obrigações da empresa, além de tornar a ação um ativo mais atrativo para investidores preocupados com a governança. Reiteramos nossa visão positiva sobre as ações pelas perspectivas de crescimento e lucratividade da companhia”, afirmaram os analistas.
Leia também:
- Elon Musk deu duas opções aos seus funcionários: venha trabalhar ou “saia da Tesla”
- Inflação ou agenda verde? Banco Central enfrenta dilema com choque das commodities; saiba mais
- Stone (STOC31) reduz poder de voto dos fundadores com saída de Eduardo Pontes do conselho
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
